A Revista
norte-americana Forbes considerou José Eduardo dos Santos como o segundo pior
presidente em África, logo a seguir ao seu homólogo da Guiné Equatorial,
Teodoro Obiang Nguema.
A revista Forbes lembra que o chefe de
Estado angolano, José Eduardo dos Santos, chegou ao poder 1979, depois da morte
natural do seu antecessor Agostinho Neto, e para seu descrédito tem conduzido o
país como se gerisse a sua própria empresa. No artigo assinado por Mfonobong
Nsehe, pode ler-se que a governação do Presidente se tem pautado por casos de
nepotismo, onde o primo ocupa o cargo de vice-presidente e a sua filha é a
mulher mais poderosa em Angola.
A Forbes destaca ainda que, segundo a
Agência Internacional para o Desenvolvimento, o país é extremamente rico em
recursos naturais, sendo o segundo maior produtor de petróleo na África
Subsariana e ocupa o quarto lugar no ranking mundial na produção de diamante
bruto.
Todavia e apesar dos recursos existentes
no país, 68% da população vive no limiar da pobreza, a educação é gratuita, mas
sem qualidade, 30% das crianças estão subnutridas, a esperança média de vida é
de 41 anos e o desemprego elevado.
O artigo avança que em vez de partilhar
o crescimento económico de Angola com a população, José Eduardo dos Santos
conduz uma política de intimidação, sobretudo nos meios de comunicação
social e canaliza os fundos do Estado para contas pessoais ou de
familiares. A Forbes dá ainda o exemplo de que a família do chefe de Estado
controla o sector económico no país, e que a sua filha serve-se do poder do pai
para comprar activos em empresas portuguesas, como é o caso da ZON Multimédia,
Banco Espírito Santo e Banco Português de Investimento, entre outros.
De referir que o relatório publicado na
revista norte americana classifica o presidente Robert Mugabe do Zimbabué, o
rei Mswati II da Suazilândia e o presidente do Sudão, Omar Al-Bashir, na
terceira, quarta e quinta posição respectivamente.
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