A maneira como os bancos começaram a instalar-se em Luanda depois do advento da paz em 2002, com centenas de agências a abrir quase à maneira da proliferação de células cancerosas, invadindo espaços com características próprias, transfigurando-os de fio a pavio até eles serem idênticos ao invasor e assumirem todas as suas funções de predadores, fez-nos pensar numa tirada de Thomas Jefferson, em 1808, vejam bem: «Creio que as instituições bancárias são mais perigosas para as nossas liberdades do que exércitos inteiros prontos para o combate.
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Ora o que acontece pelo momento é que, cada vez mais, o país continua a ser invadido por uma avalanche de agências de um grande número de instituições bancárias, angolanas e internacionais. Vieram porque os lucros são fabulosos. Vieram para aceder a eles. E o que neste momento nos espanta é que um dos mais opulentos bancos portugueses, dos últimos a instalar-se em Angola, o BESA, esteja a dar sinais por demais claros de se encontrar à beira da falência. Pedem mil dólares para abrir conta e não têm dinheiro para retribuir aos seus clientes. Dizem que estão à espera de dinheiro de Portugal. Muito inquietante. Lembram-se da falência do Lheman Brothers e da crise mundial que se seguiu. E se o BESA falir agora, em Angola, que tipo de crise nos será reservada? É simplesmente aterrador.
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