A “Revolução de Jasmim” já tem quem lhe chame a Revolução do Facebook, dos Twitters, do e-mail e dos blogues.
Pretoria (Canalmoz) - As manifestações populares que derrubaram o homem forte da Tunísia, Ben Ali, que governava há 24 anos e fora “eleito”há cerca de ano e meio com uma esmagadora maioria de cerca de 90% de votos, foram impulsionadas pelos jovens, habituados ao uso da Internet, refere a Voz da América num trabalho de Paulo Oliveira.
“Daí colocar-se a questão de se saber se a revolta cibernética possa ser um modelo para o mundo árabe”, questiona a VOA.
A revolução a que as Forças Armadas aderiram estando neste momento a opor-se a forças leais ao presidente deposto pelo Povo, já tem nome. Chamam-lhe a “Revolução de Jasmim”. Mas há quem a classifique como a Revolução do Facebook, dos Twitters, do correio electrónico e dos blogues que durante semanas mobilizaram os protestos através da Tunísia contra o regime autocrático do presidente Ben Ali.
Em Moçambique, em caso semelhante, o levantamento popular, na óptica do Governo foi promovido por sms.
As manifestações nacionais na Tunísia forçaram o até então presidente Ben Ali a exilar-se na Arábia Saudita.
Nas ruas da capital tunisina, jovens como Marouen Gara, não tem dúvida sobre a nova arma para a mudança – o espaço cibernético, refere a Voz da América.
Segundo a VOA, Gara disse tratar-se de uma revolução da Internet. Os bloggers evitaram os censores tunisinos e evitaram os media controlados pelo estado para protestarem sobre a ausência de democracia na Tunísia. Pela internet conseguiram-no, não apenas dentro do país como através do mundo.
O governo autoritário de Ben Ali tinha muito pouca tolerância para com a liberdade na Internet, tendo encerrado muitos sites e detidos vários bloggers.
Mas jovens tunisinos como a jovem Dalhoumi, que se encontra num ciber café em Tunis, encontrou forma de enviar as mensagens. Refere Dalhoumi que as autoridades tentaram inicialmente bloquear os vídeos dos celulares das mortes de manifestantes em Dezembro, que deu inicio a uma revolta nacional.
As mensagens circularam ao redor do mundo ligando tunisinos na diáspora ao que se passava dentro do país.
Um técnico de software que vivia em Paris, deslocou-se a Tunis e participou nas monumentais manifestações que levaram ao abandono de Ben Ali.
Segundo o técnico esta foi a primeira revolução cibernética do mundo, no mundo da Internet em África.
A revolução da internet na Tunisia, se assim se poderá chamar, ainda prossegue. Que lições se poderão retirar para o resto do mundo árabe, permanece uma questão em aberto. E para o resto de África?
(Redacção / VOA) 2011-01-18 12:12:00
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