quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Sobreviventes comemoraram 18º aniversario dos mártires da repressão marxista em Angola


Namibe - O acto aconteceu de forma discreta, expontanea e em simultâneo nas cidades do Namibe e do Tombwa, então Porto Alexandre, das 16 ás 17H00 do dia 5 de Janeiro.

Fonte: Club-k.net

Com a participação de algumas personalidades provenientes da Africa do Sul, Portugal, que depois de terem passado as festas de fim de ano na cidade do Lubango e no Namibe (Mucuio), juntaram-se na tarde desta quarta-feira, aos amigos, familiares e sobreviventes da chacina de 5 de Janeiro de 1993, perpetrada pelo regime marxista-leninista angolano, exigindo certidão de óbito a favor das viúvas e órfãos, de igual modo, um funeral condigno as vítimas que no Município do Tombwa, os restos mortais ainda adormecem na vala comum, de fronte ao antigo cemitério, a entrada da cidade.

A homenagem aos martires do 5 de janeiro no Namibe acontece na ressaca dos mártires da repressão colonial da baixa de Kassanji, comemorada no passado dia 4 de Janeiro. ela forma cívica e discreta em que decorreu a cerimonia, admite-se ter havido pouca chance para as autoridades governamentais aperceber-se do cenario. Testemunhas oculares dizem que as autoridades locais terão sido apanhadas com as calças nas mãos.

Vestidos de roupas azul e branco, de forma expontanea, dirigiram-se aos locais indicados pelos organizadores que escolheram dois lugares na cidade do Namibe, para a deposição de flores, sendo um, nas mediações do tribunal e palácio do povo e outro lugar, por detrás do cemitério municipal, junto do prédio dos serviços de informações e segurança do estado, localizado no bairro Mandume.

Na cidade do Tombwa, igualmente foram escolhidos dois lugares, sendo um no monumento Alexandrense, de fronte a delegação das finanças, onde durante muitos anos, trabalhou o malogrado Pedro Tchijamba, um dos cento e sessenta e seis (166), cidadãos assassinados no contentor por asfixia, pelo regime marxista, naquele Município piscatório do Tombwa.

Seicentos e setenta é o numero de cidadão civis, assassinados na província do Namibe, durante sete dias de genocídio, que teve lugar as 7 horas do dia 5 de Janeiro de 1993,com o pretexto de expulsão do partido do galo negro das cidades.

Alguns nomes das vitimas da maquina assassina de 5 de Janeiro de 1993
Município do Tombwa: Pedro Tchijamba-Delegado Municipal das finanças, Albino Tchingalule-director da escola do III Nível, Santos-funcionario das finanças, Maurício-director de Saúde, José Manuel Verdete-responsavel doprojecto anti-desertificação, Ngulawa- (testemunha de Jeova) empresário, Kayeke-Responsavel da delegação do registo civil, Júlio Camutraly. Gilberto Geraldo Barros, residente em Luanda ~e um dos sobreviventes do contendor assassino.

Namibe: Agostinho Munana-subdirector da escola do II Nível e outros. O património empresarial daqueles que não se identificavam com o marxismo, fazendas agrícolas, transportes e residências, foram alvos de destruição, a mando do Governador Matias da Silva, medidas extensivas a expulsão e baixa de categorias, a todos quanto, não se identificavam com o regime.

Uma circular reproduzida pelo governo e assinada pelo então Governador Joaquim da Silva Matias, determinava assim.

Empresários nascentes atingidos pela destruição maciça de seus bens (viaturas, lojas, residências, autocarros, camiões).

Ngulawa, Marcelino Pedro, Alberto Manuel, Freitas Nongava, Gabriel Hélio Chicoca, Armando Chicoca, Joni da Silva, Pedro Javala, Kandimba e outros.

Amândio Wandanjoy e outros, continuam excluídos de exercer qualquer cargo no Governo, o Velho Belchior Jamba, um dos quadros de carreira da administração do estado desde o tempo colonial, não resistiu a humilhação do regime que acelerou a sua morte, quando, segundo fontes naquela província, poderia ainda dar o seu melhor.

A discriminação naquela Província continua na flor da pele, a s autoridades do Governo falam da reconciliação nacional, mas longe de a praticar.

Projectos futuros dos sobreviventes e família das vitimas
Tratando-se de repressão que dizimou mais de seiscentas vidas humanas, quando já as leis em Angola, preconizavam a liberdade de expressão e porque o acto foi praticado pelas autoridades governamentais a mando do então governador Joaquim da silva Matias, conforme documentos, fotos e vídeos existentes, tal como o governo central reconheceu o martírio da baixa de kassanje, proceder o mesmo reconhecimento na província do Namibe, portanto, dia 5 de Janeiro, como sendo o dia dos mártires da democracia naquela província litoral sul de Angola.

Atendendo que as famílias, mesmo passados 18 anos ainda não realizaram os óbitos de seus ente queridos, que seja criada uma comissão de exéquias fúnebres, exumação, para um funeral condigno e respectivo registo de óbito para o reconhecimento dos órfãos, viúvas, com vista a dar sequencia a outros procedimentos que impõe, como é os casos de inventários orfanológicos outros.

As famílias, no caso de não-aceitação pelas entidades competentes, vaio accionar mecanismos junto do tribunal Internacional, uma vez Angola subscrito democrático e de direito.

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