quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Luanda, desactivação eléctrica e brutal falta de água no mês de Dezembro 2010



Bom, pelo menos ainda temos um governo com alguma credibilidade. Porque se compromete a fornecer-nos energia eléctrica no Natal e ano-novo.

Eis que regressámos ao ciclo da «banana podre não tem futuro.»
Ontem, 11Jan10, escureceram-nos das 22.21 às 23.04 horas. Não satisfeitos, recrudesceram-nos a escuridão, 12Jan10, das 00.48 às 04.00 horas.

De salientar, que como desejo de boas-festas, impuseram-nos durante cinco dias um corte de água que até agora ninguém explicou. Mas como não se pode explicar o inexplicável… é no que dá a miragem do poder eterno.

Seguem os cortes, apagões, verificados durante o mês de Dezembro:

23Dez 16.49-23.36 18Dez 09.34-09.57 16Dez 17.53-18.11 11Dez 06.48-20.26, 20.37-20.53 09Dez 19.39-19.54 08Dez 09.18-17.00 02Dez 20.52-21.41

Com tal número de construções clandestinas, prédios, condomínios, etc, da nomenclatura, sem nenhum plano, sem regras, tipo: eu sou a lei, eu estou aqui para mandar, destruo o que quero e me apetece, enfim, tudo à toa. Não há energia eléctrica nem água que resistam ao caudal da anarquia imposta pelos mandatados e abençoados por Deus nesta inglória terra angolana.

E como nunca é demais insistir, no bom sentido:
O maior erro que a EDEL-Empresa de Distribuição de Electricidade de Luanda, cometeu, foi o abandono da manutenção interna dos edifícios na coluna montante. Quando os fusíveis fundem, o que é frequente devido às normas selvagens de convivência instituídas, qualquer curioso vai logo lá tentar repará-los. As consequências disso são abundantes: desequilíbrios de fases que geram incêndios e mortes, e o cambalacho de colocar empresas privadas que facturam exorbitantemente pelo serviço que deveria ser garantido, prestado pela EDEL.



1 comentário:

Calcinhas de Luanda disse...

Que tal à boa maneira informática fazer-se um "reset" e tentar chamar muitos dos que foram mandados embora no período 1974-1977?
Um pouco de humildade não faria mal.
As regras seriam outras é claro. Aquilo também não era sistema que prestasse, mas o que agora vigora...
Como faz falta um "Mandela" para Angola!