Lisboa - As eleições legislativas em Cabo-Verde, a decorrer no princípio de Fevereiro, contam agora com a mão invisível de Angola. Círculos do poder manifestam o seu desconforto ao apoio recente que o MPLA concedeu ao presidente do PAICV, José Maria das Neves, na sua última visita à Luanda, há cerca de três meses. A sede do MPLA em Luanda, por susposta instruções do seu presidente, entregou a José Maria das Neves, que é actualmente o primeiro-ministro cabo-verdiano, ajuda financeira no valor de cinco milhões de dólares.
Fonte: Club-k.net
Política de ajudar a manter governos dóceis
As eleições legislativas estão marcadas para 06 de Fevereiro próximo, tendo a campanha eleitoral iniciado a 20 de Janeiro passado. Concorrem às eleições quatro partidos políticos, nomeadamente o PAICV, vencedor das duas últimas eleições; o MpD, o maior partido da oposição que governou Cabo Verde na década de 90; a UCID, representada apenas por dois deputados dos 72 deputados da actual legislatura; e o PTS, sem assento parlamentar, que concorre em apenas cinco dos 13 círculos eleitorais do país.
A “mão invisível do MPLA” neste processo eleitoral é vista como parte dos esforços do Presidente José Eduardo dos Santos em manter e expandir a sua esfera de influência em África, através do apoio a governos que sejam dóceis e manipuláveis pelos desígnios expansionistas de Angola.
Por outro lado, Cabo-Verde passou a ser um paraíso privilegiado para investimentos e guarda de fundos “roubados” aos cofres do Estado angolano, como é o caso recente dos 40 milhões de dólares que o ex-chefe do Estado-Maior General do Exército angolano, General Francisco Furtado, escondia na Ilha, de cuja é originário.
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