segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

ATINGIMOS O ZERO (Fim)


Há também outros, sempre documentários diários. Não sei para que é a servidão de qualquer acontecimento mundial, este ser obrigatoriamente comentado pelo Papa vaticinador do Vaticano. Mais parece um comentador desportivo da nossa Rádio 5. E como é fácil ludibriar as massas sim e não católicas garantindo que a jovem Susanna Maiolo que o atacou sofre de perturbações mentais. Porquê escamotear a verdade? O que realmente aconteceu? Que amargura vive nessa mulher? Que atrocidades lhe fizeram?

Que loucuras globais, que mistérios se escondem nos políticos nas actuais políticas mundiais que nos governam tal e qual como num asilo de loucos? Isto não é a globalização mundial, é a loucura global, total, totalitária. Caminhamos como que hipnotizados para o suicídio da massiva globalização. E ninguém consegue submergir deste mergulho, desta escuridão.

É imperioso realizar transformações sociais profundas para resgatar as populações à dignidade sem promessas falsas. É que a feitiçaria anda a monte. Está tão disseminada por esta Angola descontrolada que se não for parada assistiremos, contribuiremos definitivamente para o golpe final da nação angolana, para gáudio dos especuladores nacionais e da conjura nacional e internacional. É que os jovens aderem massivamente aos comités clandestinos da especialidade da feitiçaria.

Como estão abandonados pelo Politburo, que perde o tempo em estádios e na devassidão faraónica, a juventude abandonada, desempregada, sem futuro, espoliada dos poços de petróleo, sem fundo de desemprego – isto é a continuação do marxismo-leninismo – não tendo outra visão de vida, atira-se de corpo e alma para a feitiçaria. No fundo é a sobrevivência de Angola que se joga nos bastidores dos estádios de futebol. É o CAN 2010 da feitiçaria. E quase cinquenta anos depois o ministro das Obras Públicas, mais um general, Higino Carneiro, atesta quase com orgulho: «Não temos quadros.» Foi certeiro… como as nossas universidades que não merecem tal nome.

Dinheiro do Estado é para uso pessoal e para enriquecimento ilícito. Para universidades pessoais para formação exclusiva de quadros da corrupção. O dinheiro que se gastou nos estádios se fosse investido numa universidade de referência, os préstimos seriam os desejados. Mas como ainda nos sujeitamos aos caprichos pessoais de um chefe supremo, continuaremos subjugados pela FAMÍLIA e desempregados estrangeiros.

E enquanto descarrilados no comboio da paz, o futuro desestabilizado acontece, perece. Convém lembrar que a continuação da imposição da chefia e seus chefitos é tribalismo. Não formam quadros porque têm medo de perderem o poder. Havendo quadros devidamente formados manter-se-á a mesma perdição da subjugação da militância do sempre o mesmo partido com os mesmos políticos que sem inovação permanecem na utilíssima mesquinhez.

É um imenso prazer reinar em palácios rodeados de aparatos militares e outros esbanjamentos luxuosos, enquanto nas cercanias andrajosos arrastam-se na vã tentativa da obtenção de uma moeda ou de uma bênção. A África e particularmente Angola regridem para o tempo da caça aos escravos e dos irresponsáveis e incompetentes.

E nenhum é preso, nem demitido porquê?! Porque são marxistas-leninistas, foras-da-lei. Destruidores de povos e de nações. Promovedores de intempéries, de hecatombes. Como é possível este lixo da História ainda sobreviver? Porque as democracias fedorentas alentam-nos, dividem os despojos com os abutres. É terrificante ver intelectuais acomodados no sistema que já desistiram da luta. O marxismo-leninismo não pode triunfar.

E reforçam-se reinaugurando as estruturas do poder popular e dos comissários do povo para melhor responderem às características revolucionárias do processo em curso. Assim esmagarão qualquer tentativa golpista da reacção interna e externa.

E a igreja segue com a história que lhe é característica. Fingindo que luta contra a opressão, sempre camuflada do lado deste governo que continua genuinamente colonial. De facto se a igreja estivesse interessada há muito que Angola seria independente. Convém a manutenção dos escravos nos currais.

Quanto mais analfabetos melhor, não chateiam, bebem, dormem hipnotizados, abandonados, queimados pelos álcoois religiosos.

Sem comentários: