Mas isto é geral, prática anormal em toda a Luanda. Os incêndios devidos a curtos-circuitos são constantes. Parece existir um prazer mórbido em destruir. Há sim um gozo pela destruição, porque depois são apanhados a rirem. E tudo numa boa. Estes bantus ainda não têm noção do que são leis de convívio social. Ainda seguem escrupulosamente os ensinamentos do maravilhoso, saudoso, Poder Popular.
Angola só se vira para a especulação imobiliária. É o paraíso mundial de tudo o que é especulador. Fantástico o número de empresas de construção civil e de negociatas imobiliárias para meia dúzia de novos-ricos. É simplesmente impossível… é uma aberração incurável. Angola é o país do abandono de trabalho e de passaportes perdidos dos chineses. Como é monstruoso verificar isso diariamente nas páginas do Jornal de Angola.
Até agora ainda ninguém veio a público explicar o motivo de tanto despedimento. Parece claro que só existe uma explicação: invasão dos lugares deixados à força pelos angolanos para os estrangeiros desempregados. Angola teima em não querer sair das trevas.
Exceptuando a recolha do lixo que é exemplar, pelo menos no asfalto da capital, em Angola e em Luanda as únicas coisas que funcionam são a demolição de casebres e um Governo quase com cem membros. E os fiscais do Governo da Província de Luanda que espoliam selectivamente, por exemplo, são ávidos por óculos dos vendedores das ruas.
Para quê não confessar que Luanda vive no contínuo caos económico e social!
Em Janeiro de 2010, a actividade marxista-leninista no derrube da nossa energia eléctrica foi breve, porquê? É fácil de explicar: deveu-se às olimpíadas da laranja CAN 2010, para que os estrangeiros vissem as capacidades do nosso Politburo em construir estádios de futebol e organizar futebóis.
A questão é que dar pontapés na bola qualquer um os dá, agora construir e organizar uma universidade, ler um livro… isso são coisas muito complicadas… de deitar dinheiro para o lixo. Com estádios de futebol, sem universidades e energia eléctrica, e com a nova Constituição, sem arborização e com o fumo dos carros e dos geradores, Luanda é uma cidade irrespirável, envenenada. Luanda é sem dúvida uma cidade do Inferno, onde a incompetência está sempre em primeiro lugar.
Com esta receita que parece saída da feitiçaria, Luanda sobrevive reduzida no pó. O nosso insigne ministro da Indústria, Manuel Vicente, afirmou muito recentemente que vai diversificar a economia com a edificação de diversas fábricas nos também mais diversos sectores económicos. Como é que isto é possível sem energia eléctrica?! É sórdido ver bancos dependentes do funcionamento de geradores. Claro que o serviço prestado é mau e duvidoso porque regra geral não garantem os cinquenta ciclos exigidos pela corrente alterna.
É a impune lavagem de dinheiro do desenvolvimento económico que faz com que Angola mais pareça estar sem governo. E o nosso PIB sobe, está sempre a subir. Sem oposição, o dinheiro usurpado gasta-se em vão. É a prova elementar de que em Angola para alguns, sempre os mesmos, o dinheiro não lhes custa a ganhar. Sem oposição, é espoliar, é espoliar, sem fartar. Não, não é um país, é um palácio, um templo perdido.
Não sabe?! Mas o MPLA não sabe que está a reduzir Luanda e Angola a pó?!
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