sábado, 3 de dezembro de 2011

Angola aposta forte no progresso de Cabinda - Vai construir (o que é obra!) mais... picadas


O Governador angolano na colónia de Cabinda, Mawete João Baptista, mostrou ao mundo que os colonialistas vão apostar no progresso.

Falando em Cabinda, afirmou que o programa do governo que visa a abertura de picadas em toda a extensão da colónia (ele, como Salazar fazia em relação a Angola, chama-lhe província), com destaque para os municípios do interior, demonstra a vontade do executivo em responder os apelos das populações visando o seu bem estar social e a sua inclusão social e segurança na sua mobilidade.

Mawete João Baptista apontou que é objectivo do Governo colonial criar cada vez mais as condições necessárias para as populações, sobretudo as que vivem em áreas de difícil acesso, para que se sintam também incluídos nos programas ajuizados pelo governo, nomeadamente, na saúde, na educação e no ensino, na água potável, na energia e em especial terem uma segurança total para o exercício das suas actividades no campo.

“Nós estamos gratos por esse esforço que corresponde com a alegria das populações nessas áreas”, disse Mawete João Baptista, para mais adiante sublinhar que a abertura das picadas inoperantes há mais de 30 anos, no caso de Alto Sundi - Sanda Massala (Belize), Quissamano - Necuto (Buco-Zau) e o melhoramento (asfaltagem) da estrada que liga a Comuna de Dinge (Cacongo) e a de Necuto (Buco-Zau), permitem hoje garantir o exercício cabal da administração do estado.

O repovoamento das aldeias abandonadas há muito tempo com a edificação de casas de construção definitiva são igualmente programas que o governo da colónia promete levar a cabo para o bem estar das populações da região em algumas localidades do interior.

Mawete João Baptista indicou ainda que o governo vai continuar a abertura de outras picadas ao longo de toda a fronteira com os dois países vizinhos os Congos Brazaville e RDC por formas a permitir que haja um melhor controlo das populações e da segurança.

“As nossas aldeias vão poder ser visitadas e beneficiar de programas do governo para seu bem-estar social. Teremos melhor segurança e evitaremos elementos que antes se aproveitavam para se instalar nessas aldeias isoladas devido a falta de estradas ou picadas onde preparavam acções contra as nossas populações já não o farão”, exortou o governador da colónia.

Apesar de mais de 70% das exportações angolanas de petróleo terem origem na sua colónia de Cabinda, o máximo que o regime colonial do MPLA dá ao povo são umas picadas por onde vão passar, é claro, os milhares de militares que lá tem e que – como força de ocupação – visam neutralizar qualquer tipo de resistência.
Orlando Castro
Jornalista (CP 925)
A força da razão acima da razão da força
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