Pretória
(Canalmoz) – O Fundo Monetário Internacional (FMI) deveria ter retido o
desembolso previsto no valor de 130 milhões de dólares ao governo de Angola,
até que as autoridades justifiquem na totalidade e publicamente uma
discrepância de 32 mil milhões de dólares nas contas públicas de Angola,
anunciaram a Human Rights Watch e o Revenue Watch Institute numa carta ao FMI
publicada nos últimos dias.
O
conselho de administração do FMI reuniu-se a 28 de Março de 2012, em
Washington, para discutir a última avaliação do progresso de Angola ao abrigo
de um empréstimo no valor de 1,4 mil milhões de dólares conhecido como Acordo
Stand-By.
O
FMI já havia desembolsado a maioria dos fundos quando a enorme lacuna na
contabilidade referente ao período entre 2007 e 2010 foi revelada num relatório
de Dezembro de 2011.
“É
extremamente preocupante que o governo de Angola tenha gasto 32 mil milhões de
dólares sem prestar as devidas contas”, afirmou Arvind Ganesan, Director do
Programa de Negócios e Direitos Humanos da Human Rights Watch.
“As
autoridades angolanas têm de explicar na totalidade e publicamente o que
fizeram com aqueles milhares de milhões em dinheiro dos contribuintes antes de
receberem mais um tostão que seja do FMI”, afirmou na altura o responsável da
organização defensora dos direitos humanos. (Redacção)
Sem comentários:
Enviar um comentário