Lisboa – Altos
funcionários da Casa Militar da Presidência da República,
descartam a hipótese de se avançar com a
apresentação pública de um relatório detalhando as causas da queda
do helicóptero no Huambo por alegadamente ostentar
dados que “deixam mal”, a imagem do general, Manuel
Hélder Vieira Dias Junior “Kopelipa”, chefe daquela instituição
presidencial.
Fonte: Club-k.net
Regime recusa assumir negligencia
Há argumentação é sustentada em
pareceres de técnicos que terão concluído que as autoridades
poderiam salvaguardar o vidas humanas
naquele acidente, caso não fossem negligencias registradas
nos preparativos da viagem.
O helicóptero Allouette III, estava a disposição da Casa Militar tendo sobrevoado do Huambo para a cidade do Kuito, proveniente do Lobito, província de Benguela por instruções que se fizeram baixar em nome do General “Kopelipa” manifestando o interesse de sobrevoarem com os jornalistas com o objectivo de filmarem a linha do Caminho de Ferro de Benguela (CFB), para ser publicitada como ganhos da paz, no âmbito da visita do Presidente José Eduardo dos Santos a província do Moxico.
Por força das orientações do Chefe da Casa Militar, o helicóptero Allouette III acabaria por sobrevoar fora do controle/conhecimento da Força Aérea Nacional. Uma das negligencias registradas pelos técnicos que trabalharam nas apurações dos factos que precipitaram o acidente foi o facto de o helicóptero ter sobrevoado sem ter no seu interior o aparelho de telecomunicação que permitisse o piloto a entrar em contacto com as autoridades aeroportuárias ou FAN. Terá sido em função desta negligência que as autoridades levaram quase um dia para socorrer as vitimas.
A queda do helicóptero registrou-se as 14 horas do dia 27 de Março, na localidade de Lunundo entre as margens do rio Cutato, a 70 KM do Huambo e as buscas iniciaram às 17 horas daquele mesmo dia a partir das localidades de Chitato, município do Chinguar, província do Bié, e de Chiumbo e Sanguengue, município do Catchiungo, província do Huambo. Porem, somente no dia seguinte após 19 horas de busca é que as vitimas foram resgatadas.
Até ao por do sol daquele mesmo dia, os integrantes encontravam-se ainda todos vivos. O piloto, Alcides Valdemiro ainda foi a tempo de fazer uma chamada telefônica para os seus familiares mas em conseqüência do pânico acabaria por ficar estático tendo recuperado os sentidos no momento do resgate por intermédio de um disparo de arma de fogo (próximo ao seu ouvido) que a equipa de salvação efetuou para despertá-lo.
O repórter de imagem da TPA, Feliciano Saiminho
“Mágico”, que no momento da queda do helicóptero se encontrava a
filmar acabou por falecer na noite daquele dia. O mesmo aconteceu com o
técnico de bordo, Manuel André.
A equipa de socorro alcançou o local por intermédio do jornalista Alexandre Cosse que divulgou as coordenadas onde se encontravam através do facebook. No momento da queda do aparelho o mesmo se encontrava sentado na parte de trás a escutar musica tendo, na hora do embate, sido sacudido para fora. O mesmo recuperou os seus aparelhos eletrônicos para de seguir pedir socorro.
Com excepção de Alexandre Cosse , os
restantes integrantes teriam ficado entalados no helicóptero
para minutos depois terem podido sair do aparelho.
Os integrantes do helicóptero, segundo conclusão dos técnicos da Casa Militar, teriam sobrevivido se a aeronave levasse consigo o rádio de telecomunicação para interagir com os radares aeroportuários facilitando o rápido resgate dos integrantes do aparelho.
Logo após o resgate os mesmos foram transportados para o hospital militar regional e de seguida transportados para Luanda. Por decisão da Casa Militar, os jornalistas foram enviados para receber tratamento médico na África do Sul. Ao mesmo tempo, a Força Aérea Nacional foi instruída para assumir publicamente que o aparelho estava sob sua alçada e não da Casa Militar.
Sem comentários:
Enviar um comentário