quarta-feira, 18 de abril de 2012

Relatório sobre queda de helicóptero no Huambo deixa mal general “Kopelipa”



Lisboa –  Altos funcionários da  Casa Militar  da Presidência da República,  descartam  a hipótese de  se avançar   com a  apresentação pública de um relatório detalhando  as causas da queda do   helicóptero no Huambo   por alegadamente ostentar dados que “deixam   mal”,  a imagem do general, Manuel  Hélder Vieira  Dias Junior “Kopelipa”, chefe daquela instituição presidencial.

Fonte:  Club-k.net
Regime recusa assumir negligencia
Há argumentação   é sustentada  em pareceres de técnicos que terão  concluído  que as  autoridades poderiam    salvaguardar o   vidas humanas  naquele acidente,  caso não fossem  negligencias registradas nos  preparativos da viagem.

O   helicóptero Allouette III, estava a disposição da Casa  Militar tendo sobrevoado do Huambo para a cidade do Kuito, proveniente do Lobito, província de Benguela por instruções que se fizeram baixar em nome do General “Kopelipa”  manifestando o interesse de sobrevoarem com os jornalistas com o objectivo de filmarem  a linha do Caminho de Ferro de Benguela (CFB), para ser  publicitada como ganhos da paz, no âmbito   da visita do Presidente José Eduardo dos Santos a província do Moxico.

Por força das orientações do Chefe da Casa Militar, o   helicóptero Allouette III acabaria por  sobrevoar  fora do  controle/conhecimento da Força Aérea Nacional.  Uma das negligencias registradas   pelos técnicos que trabalharam nas apurações dos factos que precipitaram o  acidente foi o facto de o  helicóptero  ter sobrevoado sem ter no seu interior  o aparelho de telecomunicação que  permitisse o piloto a entrar em contacto com  as autoridades aeroportuárias ou FAN. Terá sido em  função desta negligência que  as autoridades levaram  quase um dia  para socorrer as vitimas.

A queda  do helicóptero  registrou-se as 14 horas do dia 27 de Março, na localidade de Lunundo entre as margens do rio Cutato, a 70 KM do Huambo e as  buscas iniciaram  às 17 horas daquele mesmo dia a partir  das  localidades de Chitato, município do Chinguar, província do Bié, e de Chiumbo e Sanguengue, município do Catchiungo, província do Huambo. Porem, somente no  dia seguinte após 19 horas de busca  é que as vitimas foram  resgatadas.

Até ao por do sol daquele mesmo  dia, os integrantes encontravam-se  ainda todos vivos.  O  piloto, Alcides Valdemiro ainda foi a tempo de fazer uma chamada telefônica para os seus familiares mas em conseqüência do pânico acabaria por ficar estático  tendo recuperado  os sentidos  no momento do resgate por intermédio de um disparo de arma de  fogo (próximo ao seu  ouvido) que a equipa de salvação efetuou para despertá-lo.
O repórter de imagem da TPA, Feliciano Saiminho “Mágico”,  que no momento da queda do helicóptero se encontrava a filmar  acabou por falecer na noite daquele dia. O mesmo aconteceu com o técnico de bordo, Manuel André.

A equipa de socorro alcançou  o local por intermédio do jornalista Alexandre Cosse que divulgou as  coordenadas onde se encontravam através do facebook. No momento da queda do aparelho o mesmo se encontrava sentado na parte de trás a escutar musica tendo, na hora do embate,  sido sacudido para fora. O mesmo recuperou os seus aparelhos eletrônicos  para de seguir pedir socorro. 
Com excepção de Alexandre Cosse , os restantes  integrantes teriam ficado  entalados  no helicóptero para minutos depois terem  podido sair do aparelho. 

Os integrantes do helicóptero, segundo conclusão  dos técnicos da Casa Militar, teriam sobrevivido se a aeronave levasse consigo o rádio de telecomunicação  para interagir  com os  radares aeroportuários  facilitando   o rápido resgate dos integrantes do aparelho. 

Logo após o resgate os mesmos foram transportados para o hospital militar regional e de seguida transportados  para Luanda. Por decisão  da Casa Militar, os  jornalistas foram enviados para receber tratamento  médico  na África do Sul.  Ao mesmo tempo, a Força Aérea Nacional  foi instruída para  assumir  publicamente  que o aparelho estava sob sua alçada e não da Casa Militar.


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