sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Meu amor sem folhas, mas sempre novo em folha

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Meu amor sem folhas, mas sempre novo em folha

As folhas caídas do deleite do teu leito, esparsas, comadres do teu alaúde, comparsas das ameias do medievo castelo de areia facetado ao aludido, desfilavam sons épicos que se incrustavam na margem da tua ainda disfarçada anorexia.

Aprecio o teu insondável alaúde, sinto-o sonoro aprofundando o meu ainda mal estudado cérebro, mas admiravelmente extasiado.

Sim… é eternamente verdade que navegamos no tempo mas não o encontramos, deslizamos desencontrados, aluados, alaudados.

O nosso amor foi feito, eleito, é o efeito aveludado do nosso alaúde pelas almas que já foram e irão, mas ninguém, seja quem for o ousa propor. Porque nunca o possuirão.

Olha-te… relembra-lhe os sons. O alaúde vivência-nos, toca-nos, desponta-nos como na leveza planetária dos Lamentos Imortais. E lá convivem estátuas de vaginas. Há o culto à deusa vagina sem mulheres. Noutro planetário sempre a contradição. Existe o culto do pénis, mulheres não.

Nos confins do Universo existe o alaúde sonhado. A questão é determinar quem e como lá chegar.

E parei a onda marítima e nela me acostei. E a reverberação alaudista sintonizou a memória das vagas que despertaram precocemente o sem tempo:

Deitei-me em cima do teu fim-de-semana desareado. A areia roubaram-na para os canteiros de obras. Roubam-nos tudo… até o nosso coração ficar sem partido. O meu corpo sonhava com um areal demasiado atraente, quente do sol que senti, sem ti. Um estranho impulso corria-me para a ainda transparente água. Os humanos ainda não a alcançaram.

Mergulhei desmedidamente e de mergulhando, cada vez mais próximo estava o fundo. Esforcei-me, reabri os olhos ávidos de biliões de crianças que jamais verão o futuro. Sentei-me e amarinhei-me no fundo marinho para sempre. Enquanto meditava que é nos silêncios ondulatórios que nascem as reflexões. Perdi a coragem, nunca mais regressei à superfície, e por lá fiquei.

A minha alma não é gentil, distancia-se, mas céus e terras entretanto permanecem. Continuam adentro de mim a cada instante recordando o suave alarido sonante. Aguardando o não feito, mas sempre que o façam na luta diária do abrir portas que me enlouquecem. No solitário andar entre indigentes, agentes desfolhantes, errantes.

É algo que não fica, algo que vai. Como as notas suaves, melodiosas de um alaúde. É querer sempre andar, mas ficar amiúde. No cruzar aqui e acolá com gente e não olhar. Convicta de que sou a melhor mas sem virtude.

Gil Gonçalves










quarta-feira, 29 de outubro de 2008

PetroNEWS Luanda


PetroNEWS Luanda. SOCORRO, HELP!

Tá-se mal, muito mal. Este Governo está mesmo muito apagado. Hoje, agora, das 08:55 às 11:00 e depois das 12:30 às 13:30 horas, estarreceu-nos com estes apagões revolucionários. Mas, isto não afecta o nosso ânimo. Apesar destas contrariedades mínimas continuaremos, levaremos as consequências da Revolução e a defesa do proletariado mundial até á grande vitória final. Da fome… claro.

É impossível trabalhar! É a versão do subprime angolano.

Pois, o sistema da energia eléctrica colapsou, depois de gastos biliões de dólares. E a água?! Onde está ela? A energia eléctrica e a agua só nos palácios deles. E agora são tantos, tantos, como no glorioso tempo do PCUS, não é?!

Dizem-me que o Laurent Nkunda, general dissidente da RDC é o culpado disto. Virou-se para a Colónia Perdida de Luanda.
E muitas Somálias e Darfures ergueremos, edificaremos. Porque é esta a missão que os nossos antepassados feiticeiros nos legaram. «Ide, e levai a destruição do feitiço de Kalunga por toda a África. No fim ela libertar-se-á, mas nós não».

Gil Gonçalves
Imagem: http://www.elpais.com/fotogaleria/Hierve/Congo/5908-

terça-feira, 28 de outubro de 2008

A origem da grande depressão de 2008 (VI). Novela


Não tenhamos ilusões: entre nós, não há nem neo-liberalismo nem capitalismo regulado, temos, sim, um capitalismo de bairro, onde só se sentam à mesa amigos, fiéis e cúmplices, quer sejam nacionais ou estrangeiros, com uma mão invisível a comandar tudo, a partir da bolinha de cristal...
In Justino Pinto de Andrade, citado em
Wilson Dadá no Morro da Maianga


As treze horas passaram, a fome apressou-se. Abri a arca e escolhi a sardinha portuguesa para assar. Estava a retirá-las da embalagem quando me lembrei que não havia luz. Recoloquei-as no lugar. Abri o frigorífico e optei por barras de queijo com presunto, a que juntei algumas azeitonas e fatias de pão. Fui à despensa e deparei-me sorridente com as olímpicas garrafas do maravilhoso vinho Dão. Seleccionei uma Dão Meia Encosta tinto.

Acabei de comer e esvaziei o resto do Meia Encosta. Senti pouco depois uma agradável sonolência. Levantei-me e fui ver a filmoteca. Havia muitos filmes em CD. Procurei um que me agradasse. Lembrei-me novamente que não havia luz. Acendi um cigarro e fui para a varanda contemplar a rua.

A rua estreitava-se ladeada por inúmeras vivendas. O prédio onde me encontrava marcava o início da rua. Havia outro em frente com o chão esburacado junto a uma caixa de iluminação, onde jazia um cabo eléctrico. Um monte de terra proveniente do buraco escavado ocupava um terço da via. Grande parte do asfalto necessitava de conservação. Via-se pouca gente, apenas algumas crianças jogando basquetebol e tentando acertar numa circunferência metálica improvisada.

Bocejei duas vezes. Senti sono e fui sentar-me no sofá da sala. Não sei o que a minha esposa e filhos estariam agora a pensar de mim. Tenho que lhes enviar um e-mail o mais rápido possível... Tratarei disso mais tarde. – Pensei.
Adormeci profundamente. Despertei com o som do telemóvel, estas máquinas chatas que inventaram. Para dormir o melhor é desligá-las. Só pode ser o Elder, quem mais há-de ser?
- Alô! Alô!
- Sim, boa tarde. – Disse a voz do outro lado.
- Boa tarde, quem fala? – Interroguei.
- Meu amigo branco, é o Malcolm X.
- Malcolm X (!)
- Sim, o jovem que esteve consigo esta manhã. Tenho uma coisa para lhe oferecer. Diga-me onde posso encontrá-lo.
Caramba… com esta não contava. Encontrar-me ou fazer amizade com um bandido não estava nos meus planos desta aventura. Mas se ele me quisesse fazer algum mal… assaltar-me, teve essa oportunidade e não o fez. Decidi arriscar mas com muito cuidado. Lembrei-me da localização que o Elder me deu.
- Estou aqui junto à Liga Nacional Africana.
- Já sei, fica ao pé do Zé Pirão.
- No início da rua tem um buraco com um cabo eléctrico solto.
- Daqui mais ou menos a uma hora estou aí.

Dentro desse período de tempo começaria a escurecer. Não sei o que os vizinhos pensariam de mim. Um europeu acabado de chegar a fazer amizade com um bandido. Meto-me em cada alhada. E o nome dele… Malcolm X.

Lembrei-me dos vários CDs que trouxe sob os mais variados assuntos que pesquisei na Internet e neles gravei. Um deles tinha esta personagem. Conhecia-o não com suficiente profundidade. Olha… a luz chegou, óptimo. Liguei o computador e coloquei o CD na bandeja. Carreguei no botão à direita e o CD desapareceu como numa morgue. Procurei nos arquivos e lá estava. Teclei imprimir e preparei as folhas aguardando pelo angolano. Quando ele chegasse decerto me ligaria a anunciar a sua presença.
Dito e feito, já estava no local combinado.

Malcolm X trazia um embrulho que mostrava o formato de uma garrafa. Disse-me:
- Amigo branco, trago-te uma prenda, uma garrafa de uísque.
Agradeci-lhe e disse-lhe que não era necessário tal incómodo. Ao que ele replicou:
- Não é incómodo nenhum, não me custou nada… roubei-a.
A vida dá cada volta. Não há dúvida que estou mesmo metido numa grande alhada. – Meditei.
Devia ter vinte e poucos anos. Era um pouco forte, altura média, cabelo rapado. Vestia um blusão negro, onde se liam: BLACK POWER e MALCOLM X. Parecia-me bastante preocupado:
- Vamos para aqui… mais discretos. Tenho que me esconder… podemos sentar-nos atrás destes carros.
Atrás deles havia um pequeno degrau que se estendia até à entrada do prédio. E por norma surge sempre a pergunta que nós mais velhos fazemos aos jovens.
- Trabalhas?
Respondeu a rir, a troçar.
- Trabalho?! Onde é que isso existe?! Arranjas-me trabalho?!

Gil Gonçalves
Imagem: http://thereport.amnesty.org/prt/Regions/Africa/Angola

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Um país faz-se com livros, com futebóis e petróis não


E o nosso petróleo beberemos. Os nossos diamantes comeremos. Nas torres e condomínios, cagaremos. E aos nossos arcos, flechas e tangas voltaremos.

- Lwena!
- Diga!
- Querida, prepare-se, porque isto está a ficar tão mal, tão mal, que para sobrevivermos, iremos para um rio aí algures no Norte. Lá ancoraremos e construiremos a nossa casinha. Reviveremos as… Aventuras de Tarzan e Lwena.
- Ya! Vá você, não conte comigo!

Como é possível num país analfabeto existirem muitos, muitos doutores?!

E a seguir ao subprime, elabora-se outra conferência berlinense, e repartem-se as sobras despojadas da africana inclemência. Na África angolana não há viver, há sofrer.

Esta gente contenta-se com pouco, diz um português.
Com pouco?! Mas, eles já não têm nada. Esclarece outro português.


Olho encimada e vejo mais alto
Um céu, uma montanha que todos os dias
Quero alcançar
Depois sinto que ainda não sou capaz
Falta-me o equilíbrio, a harmonia da tolerância
Uma infinidade de carinhos. Como procurar
A equidade nos seres humanos e dificilmente a encontrar
Perversos na noite negra, cada vez mais escura

Saio do subdesenvolvimento construindo estádios de futebol
Um país faz-se com livros, com futebóis não
Um país de futebolistas, cheio de pés, vazio de cabeças
A bola é redonda, as mentes quadradas, obtusas
Encostam muralhas no meu cérebro para bloquear as suas funções
Injectam-me informação contrariada, para que me mova ao contrário
As explosões das granadas musicais, das festas, farras da surdez neurónica, patológica

Idiotas de mentes fechadas, que nunca se abrem

Carreguei e descarreguei muito sal para a Europa
Muita liberdade para alguns, pouca, insignificante para nenhuns
Que restou dos russos e cubanos, comunismo para mais alguns anos

Gil Gonçalves

Os Banqueiros da Nossa Fome. (II)


17.09.2008 - 14h34 - kualker, Blabla
Qual brutal crescimento da população, qual brincadeiras com comida, o que se produz dá e sobra largamente para tornar obesa toda a população mundial, o assunto é outro. Por exemplo 85 000 000 000, só hoje na American Internacional Group (AIG), dados…para engordar meia dúzia, convenhamos que é comida que se farta, mais 135 000 000 000 ontem FED, BCE e Banco de Inglaterra, para espalhar por mais meia dúzia de Bancos, fora o resto que se deu nos últimos meses e aí têm a população mundial farta e anafada...por favor não digam disparates...morre-se de fome porque meia dúzia quer, não por questões exotéricas e filosóficas, por que se QUER é premeditado e nós os ditos Ocidentais, os tais do 1º mundo, vamos pagar caro, ai vamos muito caro, caríssimo este crime. (ponto)
In
Público última hora

Somos muito aguados, incompreensivelmente a água escasseia. Como os esfomeados revoltados queriam destruir o que construímos, carregamos-lhe com a polícia de choque e muita pancadaria levaram, e mais castigos lhes demos. Obrigamo-los a construírem grandes tanques de água para regarem as nossas fazendas. Com imenso exército de esfomeados, não nos dificultou o recontratar escravos e escravas, pois que os haviam em abundância.

E reproduziram-se muitos escravos e escravas que aproveitámos para guardarem as vacas e ovelhas que já lhes tínhamos perdido a conta. Nunca ninguém ousou enriquecer tanto como nós. E depositámos nos bancos estrangeiros o petróleo, diamantes, e as jóias das províncias. E especulámos tanto, tanto nos fundos de investimento, que a certa altura parecíamos os donos do Mundo. Contratámos cantores e cantoras forasteiros, pagos com barris petrolíferos, para delícia dos nossos ouvidos. E ficámos muito poderoso, e aumentámos muito mais as nossas riquezas.

Teimámos em manter a nossa milenar maldade. E tudo quanto quisemos conseguimos. Não privámos a nossa alma maldosa de trabalhos demoníacos. E esta foi a nossa maior alegria. E olhámos para todas as más obras que fizemos nas nossas vidas. E tudo era maldade, grande malvadez de espírito. E vimos que havia grande proveito para os que nos rodeavam. Então passámos à contemplação da maldade. Seguimos e imitámos todos os outros antes de nós. Faremos pior que eles. E isso deu-nos grande contentamento. Então vimos que a maldade governa o mundo, e que isto excede as trevas.

Os olhos do maldoso pairam em todo o lado. As trevas dos loucos acompanham-nos. Pelo que, dissemos nos nossos corações diabólicos. Porque procurámos mais a maldade? Então dissemos sem coração, que também isto não é novidade. Porque sempre haverá mais lembrança dos maldosos, que se sentem felizes em ver os que governam a morrerem de fome. E que no futuro total esquecimento haverá dos que não têm nada para comer. Pelo que abençoamos esta vida e tudo o que roubámos. E vimos que isto não nos foi trabalhoso. Porque nunca fizemos nada de útil.

Sentimo-nos muito alegres ao sabermos que depois de nós, não deixaremos nada. Destruiremos tudo para que os nossos seguidores não gozem o que nos pertenceu. Quem sabe se não serão daqueles pobres bondosos, que não gostam de riquezas? E que depois a distribuirá?! Isto é que é grande maldade. Olhámos para a maldade do nosso coração, e ele disse-nos: não dêem essa esperança a alguém que ficará com os vossos bens, em que não trabalhou debaixo do solo. Porque, um maldoso trabalha sem sabedoria e ciência. Também isto não é contrariedade. Porque, que restará a um homem que trabalhou honestamente durante a sua vida? E existe alguma grande fortuna ganha honestamente? Exceptuando as lotarias e quejandos claro! Porque, todos os dias, os que roubam os miseráveis esfomeados, o seu coração não descansa.

Não dormem, porque ocupados onde farão os próximos roubos. Também isto não é novidade. Não é mau para o homem que come e bebe, e que goza a sua alma do mau trabalho que fez!?. Tudo isto vem da mão do subprime. Quem pode comer ou gozar melhor do que nós? Quem quiser comer terá que roubar. Porém, a polícia espreita para disparar, porque quem tem fome, não tem direito a comer. Porque ao homem que é mau, dá o subprime maldade. Ao faminto dá-lhe o trabalho de procurar comida nos caixotes do lixo. Mas, isto vai ficar tão medonho, que dificilmente se recolherá comida nas lixeiras. Esperem que eles amontoem e armazenem para depois lhe tirarmos. Isto é o dom da eternidade.
Gil Gonçalves

Crónica da Colónia Perdida de Luanda. Governo Apagado


Neste capítulo, o do substrato filosófico, o neofascismo não se diferencia do fascismo histórico, a diferença deles (mesmo se ambos falam em governar "a bem da Nação") está no modus operandi, nas formas que assumem. Embora o regime angolano use ainda muita da "tecnologia" do fascismo histórico (o caso Ernesto Bartolomeu, o terrorismo intelectual do tipo editorial contra o OPSA, a partidarização da administração, a pressão contra a imprensa privada, a apetência para a truculência pura, as escutas telefónicas e outras) a tendência é procurar formas mais sofisticadas de autoritarismo, tornando-o menos do aparelho do Estado e mais dos mecanismos da sociedade.
In Nelson Pestana (Bonavena)
www.fpdangola.blogspot.com


Onde há muitos bancos, proliferam banqueiros e muitas desgraças. E não há nenhuma diferença entre capitalismo e comunismo. Ambos são destruidores.

O subprime chegou-nos na electricidade. Bwéréré, bwéréré de apagões. O Governo dos apagões apagou-nos desde sexta-feira, 24 de Outubro, das 21:40 às 03:00 horas. 06:25 às 19:40. 03:12 às 22:00. 13:30 às 14:45, e das 18:00 às 23:00. Então não é mesmo um Governo desligado, do subprime apagado!?

É isso! Governo empossado, Governo apagado. Ya! Só pode ser, são eles, os maninhos da UNITA que estão a derrubar mais os postes da alta tensão, aqueles que não transportam a luz. É isso! A guerra da luz voltou mais travez, às trevas. Então é… Governo sem luz, Governo escuro. E a água só subiu nas eleições. Agora tá defícil, mémo lá no rés-do-chão.

E insistimos, continuamos na certeza que somos o único país do mundo que não é, nunca será devastado pela grande depressão. O Governo português também dizia o mesmo, a Espanha, o Brasil… bwé deles… juravam que a economia deles não tinha dessas coisas. Essas ilegalidades, esses documentos falsos, essa grande pobreza mental e irresponsável. Bom, não sei se sabem… é que a nossa economia é fantasma.

E sempre no secretismo, sempre tudo MUITO SECRETO! É… sempre em memória do PCUS, Partido Comunista da União Soviética. Gloriosos apagões revolucionários. Mas, a revolução prossegue a sua marcha imparável, rumo ao Homem Novo, à Nova Vida. E a revolução triunfará. E os apagões são apenas uma pequenina falha mínima na nossa luta rumo ao socialismo científico.

E informados continuaremos pelos iluminados da Santíssima Trindade: a TPA, Televisão Pública de Angola, JA, Jornal de Angola, RNA, Rádio Nacional de Angola e o arcanjo LAC, Luanda Antena Comercial.

Gil Gonçalves

Apocalypse Now! Angola salva banco BPI


Angola salva BPI de segundo trimestre seguido com prejuízos
Lucros do BPI até Setembro foram de 34,4 milhões de euros, à custa da actividade de Angola que teve uma ‘performance’ positiva. Mas em Portugal, o banco teve prejuízos de 65 milhões de euros.

Maria Teixeira Alves

O BPI registou um lucro de 34,4 milhões de euros no final do terceiro trimestre deste ano, o que correspondeu a uma queda de 86,2% em termos homólogos, ainda assim ‘amortecida’ pela actividade em Angola, no BFA.

Mesmo assim, no quadro de crise financeira internacional, o banco liderado por Fernando Ulrich considera que cumpriu os objectivos. Num momento em que a rentabilidade deixou de ser a primeira das prioridades, o melhor do BPI, nos primeiros nove meses, foi mesmo a sua estrutura de capitais e a sua liquidez. Aliás, Fernando Ulrich definiu a gestão do BPI em quatro prioridades: capital, liquidez, controlo dos riscos e enfoque nos clientes. O rácio de solvabilidade chegou aos 11,5% sendo o ‘core capital’ de 7% (que se elevará em 1,2 pontos percentuais quando venderem os 49,9% do BFA à Unitel). Uma das vantagens do BPI é ter totalmente coberto o seu fundo de pensões cujo desvio fora do corredor está já nos 130 milhões, mas já foi contabilizado no rácio de capital.

O crescimento do crédito foi financiado totalmente pelo crescimento dos depósitos. O custo do risco do crédito fixou-se nos 0,21% e a carteira de acções foi fortemente reduzida para 100 milhões de euros. O fundo de pensões também reduziu a exposição a acções de 60% para 20%. Já em termos de liquidez, o BPI tem as necessidades todas asseguradas até ao fim de 2009.

Sobre os resultados, o terceiro trimestre confirmou o que se esperava em ternos do mercado interno e a evolução da operações em Angola.

De facto, no terceiro trimestre, o BPI conseguiu diluir o impacto da conjuntura financeira internacional, muito à custa dos resultados da actividade em Angola, no BFA, que no final do ano será repartida com a angolana Unitel. Já na actividade doméstica, o banco liderado por Fernando Ulrich não conseguiu proveitos suficientes para compensar as perdas de 177 milhões de euros com a participação no BCP.

O lucro de 34,4 milhões de euros revela as perdas do BPI ao longo do ano, com a participação que chegou a ser de 10% no BCP. Em menos-valias realizadas com a venda da participação (que hoje é já inferior a 1%), o BPI registou 77,3 milhões de euros e em imparidades da menos-valia potencial, do que ainda ficou em carteira, 99,7 milhões. Mas mesmo sem o efeito BCP a crise bateu-lhe à porta, pois os lucros recorrentes caíram 15,3%.

Em Portugal, o BPI teve prejuízos de 64,9 milhões e, mesmo que não houvesse o fantasma BCP, tinha registado uma queda dos lucros em Portugal de 41,8%. No entanto, o BPI conseguiu captar mais 22% de clientes nacionais. Os depósitos subiram 24,6% e o crédito aumentou 6,8%, diminuindo assim o rácio de transformação que hoje está nos 139% (embora inclua o crédito titularizado).

Ao nível do produto bancário (margem, comissões e ‘trading’), a vida não correu bem ao BPI, pois registou uma queda de 18,2%. A margem financeira caiu 3,4%, enquanto as comissões também caíram, 8% na banca comercial e 22,4% na banca de investimento.

Pode dizer-se que o pior do BPI foi a actividade de gestão de activos e o ‘trading’. No primeiro nove meses, perdeu 24,8% dos seus recursos em fundos de investimento e PPR, e 25,9% das comissões que eram geradas nesta área. Mas Angola surpreendeu com 99,3 milhões de euros de lucros. O crédito subiu 37% e os recursos de clientes 77%. O produto bancário cresceu 22%.
In http://diarioeconomico.com/edicion/diarioeconomico/edicion_impresa/financas/pt/desarrollo/1178676.html

domingo, 26 de outubro de 2008

Apocalypse Now! Golpe genial


A mi me dá igual que el imperio norteamericano se hunda, en realidad tiene lo que se merece; el problema es que son tan astutos, que nos arrastrarán en su caída. Obama y MaCain son mas de lo mismo, y ambos son títeres del capital. Mucho me temo, que la "jugada" está encaminada a quedarse con el capital chino y el de los paises productores de petróleo, y lo han planeado minuciosamente; de hecho ya controlan el mundo económico al haber conseguido que su moneda sea divisa de pago internacional. Alguien sabe cuantos dólares circulan por el mundo?

The Money Masters" video de google..mas claro el agua! Y hay bastantes mas sobre el tema. Es interesante saber que ambos candidatos tienen entre sus "consultores" personas que trabajan para P Morgan y para Golden Sachs. Todo está bien amarrado, planeado y organizado hasta el último detalle.

In EL MUNDO

Apocalypse Now! Angola, e as falsas perspectivas


A bóia angolana
A crise já chegou à economia real em Portugal e a edição de hoje deste jornal é um bom exemplo disso – a Galp decidiu travar os investimentos em novos mercados e também na área dos centros comerciais há um congelamento de novos projectos.

Pedro Marques Pereira

Em caso de dúvidas sobre a dimensão da retracção económica que nos espera, é preferível ter o dinheiro à mão do que gastá-lo em aventuras, parecem pensar. O problema desta postura é que a travagem do investimento privado ameaça tornar-se no principal contributo para que as profecias mais negras se cumpram.

Obviamente, a escolha de não investir para aproveitar os saldos dos tempos que atravessamos não resulta apenas de um sentimento primário de insegurança, mas de dificuldades muito concretas: a principal é que não está fácil levantar dinheiro no mercado, nem sequer para refinanciar créditos já concedidos, quanto mais para novos gastos. Sobretudo numa altura em que o mundo financeiro, ainda abalado pela crise imobiliária que continua a alastrar nos Estados Unidos, olha agora com preocupação crescente para os castelos de produtos derivados construídos sobre os créditos concedidos às empresas. E se as empresas portuguesas já estavam descapitalizadas antes desta crise, maior preocupação passaram a ter com os custos.

Apesar das nuvens escuras, Portugal até tem condições para sofrer menos do que muitos outros países. O que é preciso é aproveitar as oportunidades. E Angola continua a ser uma das prioritárias. Primeiro, porque continua a ser um dos países que mais cresce em todo o mundo. E apesar de ir previsivelmente sofrer um abrandamento, com a queda brusca do preço do petróleo – a sua principal fonte de rendimento –, continua a ser um dos principais destinos do investimento chinês, como também se explica neste jornal, através dos projectos que Stanley Ho prepara, tanto para Angola como para toda a África que fala português.

A verdade é que, por muito grave e prolongada que esta crise se revele no Ocidente, os chineses vão continuar a consumir e a investir. Podem não chegar para impedir uma crise mundial, como muitos esperam, mas chegarão com elevado grau de probabilidade para suportar a economia angolana e os negócios das empresas que ali estejam. Talvez não sejam suficientes para assegurar as taxas de crescimento do PIB esperadas pelo Governo português. Mas poderão salvar as contas de muitas empresas e a travar uma recessão mais profunda.
http://diarioeconomico.sapo.pt/edicion/diarioeconomico/opinion/editorial/pt/desarrollo/1178032.html

Os Papas. Santo Anacleto


Santo Anacleto teve um destino singular: desdobrado em duas pessoas distintas. Cleto e Anacleto, havia duas festas no Martirolégio Romano, respectivamente a 26 de abril e 13 de julho. O engano, que passou também pelo célebre cuidadoso Barnénio, parece ter sido de um copista que teria visto abreviado em alguma lista dos papas o nome de Anacleto por Cleto, julgou dever reinserir o nome apagado de Anacleto sem excluir a abreviação. Baseando-se nos estudos do Duchesne, a orientação o atual e que Anacleto e Cleto sãoo uma só pessoa: por isso a Congregação dos Ritos em 1960 aboliu a festa de 18 de julho, deixando só a de 26 de abril.

Mais severos ainda foram os compiladores do novo calendário: "A memória dos santos Cleto e Marcelino, introduzida no Calendário romano no século XIII, esta cancelada. Ignora-se o dia da deposição de são Cleto, que não parece tenha sido mártir; igualmente discutida a deposição de são Marcelino, que morreu no ano 304, quando a perseguição de Diocleciano estava no auge do seu rigor." Embora não tenha sido mártir, Anacleto, de origem ateniense, foi papa de 79 a 90, torna-se benemérito por ter edificado uma memória, isto é, um sepulcro, a são Pedro, junto ao qual ele mesmo foi sepultado.

O caso de são Marcelino é exatamente o contrário, pois tentaram fazer dele e de são Marcelo uma única pessoa. Sobre sao Marcelo já falamos no dia 16 de janeiro. O Martirolégio Romano lembra de são Marcelino, além de 26 de abril também em 25 de outubro, comemorando "o natal de são Marcelino, papa e mártir, o qual sob Maximiano, juntamente com Cláudio, Cirino e Antonino, pela fé em Cristo foi decapitado...".

Na realidade, parece que está fora de dúvida que a qualificação do martírio foi reconhecida a são Marcelino por finalidades apologéticas: no século V difundia-se uma lenda de origem donatista que caluniava a sua memória, dizendo que ele teria cedido a perseguição, "entregando" os livros sagrados, e tinha sido por isso um "traidor". Já Santo Agostinho havia reagido contra a calúnia, mas como as fofocas continuavam, com um recurso que está bem longe da nossa sensibilidade moderna, mas que então era perfeitamente compreensível, admitiu-se a "queda" de são Marcelino, que depois teria se redimido, enfrentando o martírio: efeitos da opinião pública! Nada mais sabemos ao certo nem de sua morte, nem de sua vida, senão que foi papa entre 296 e 304-305 e foi sepultado no cemitério de Priscila, perto do mártir Crescêncio.
http://www.novageracao.org.br/index2.php?m=ora&p=st_4_26

X-Files. Recentes Pegadas do Yeti no Nepal


X-Files. Recentes Pegadas do Yeti no Nepal
Equipe japonesa diz ter encontrado 'pegadas do yeti' no Nepal
Agência AFP

TOQUIO - Uma equipe de cientistas japoneses anunciou nesta segunda-feira ter descoberto pegadas do legendário Yeti, nome ocidental para uma criatura que supostamente vive na região do Himalaia, entre o Nepal e o Tibete.

- Medem 20 centímetros de comprimento e parecem-se com as dos humanos - disse à AFP Yoshiteru Takahashi, líder do Projeto Yeti Japão.

Takahashi retornou com os sete membros de sua equipe, depois de uma terceira tentativa de rastrear a criatura metade homem metade macaco, cuja lenda povoa por décadas a imaginação de aventureiros ocidentais e montanhistas.

A equipe esteve por 42 dias no cume Dhaulagiri IV, de 7.661 metros de altura, mas não conseguiu filmar a criatura.

- Regressaremos logo que pudermos, até filmarmos o yeti - disse Takahashi.

Yeti é o nome ocidental que derivaria do tibetano yeh-teh. Segundo a lenda, seria descendente de um rei macaco que se casou com uma ogra. É conhecido também como abominável homem-das-neves.

Alguns dizem que é um parente do bigfoot (pé-grande), outra criatura misteriosa, que viveria nos Estados Unidos.

Até hoje, ninguém conseguiu uma prova da existência do yeti, embora muitos rumores tenham sido registrados.

O registro visual mais famoso até hoje ocorreu com o explorador Anthony Wooldridge em 1986. Ele estava acampado nas montanhas localizadas no norte da Índia quando teria visto o yeti a alguns metros do acampamento. Segundo ele, o yeti teria ficado imóvel por 45 minutos.

Depois de examinado o local ficou comprovado, no entanto, que a criatura avistada seria apenas uma pedra coberta de neve. Anthony Wooldridge admitiu que havia se enganado.
http://jbonline.terra.com.br/extra/2008/10/20/e201025667.html

Mistérios da Medicina. Um Inesperado Poder da Música.


Cientistas descobrem um inesperado poder da música

Portal Terra

SÃO PAULO - Mais de sete mil corredores de uma meia-maratona que ocorreu em Londres, no Reino Unido, no início de outubro, estavam sob o efeito de um poderoso estimulante para aumentar a performance: a música pop. Pesquisadores identificaram que algumas trilhas sonoras podem ser até mais poderosas e eficientes para o desempenho de atletas do que substâncias ilegais que são encontradas com freqüência em exames antidoping.

Segundo Costas Karageorghis, consultor de psicologia do esporte da Universidade de Brunel, na Inglaterra, e autor da pesquisa, para avaliar os competidores, uma canção foi tocada eventualmente durante o percurso de 20 km por 17 vezes. Quando a intensidade física começa a diminuir é o momento em que os efeitos se tornam mais eficazes, de acordo com o especialista. Por isso, os participantes não escutaram a canção constantemente.

Em entrevistas ao final da corrida, os competidores consideraram o procedimento muito divertido e inspirador. Apesar da forte chuva e do vento, Karageorghis identificou que a música traz uma motivação extra aos atletas, mesmo que alguns não esteja participando do evento de forma coesa.

- A necessidade psicológica de obter algo satisfatório estimulou os competidores a criar um elo comum com a meia-maratona - considera.

O pesquisador constatou ainda que a música também é uma ótima maneira de regular o humor, tanto antes como durante as atividades físicas.

- Muitos atletas se apegam à música como se fosse uma droga lícita, utilizando-a como estimulante ou sedativo. A excitação também pode se reduzir no caso de se ouvir uma canção mais lenta - afirma.

A relação com o desempenho atlético é apenas um exemplo dos avanços médicos que os cientistas buscam analisar para compreender melhor o incrível poder da música sobre a mente e o corpo. Eles acreditam que essa força é capaz de acabar com dores, reduzir o estresse e aumentar a capacidade cerebral das pessoas.

Redução de estresse

Cada vez mais profissionais da saúde, incluindo a pediatra Linda Fisher, do centro hospitalar da Universidade de Loyola, em Illinois, nos Estados Unidos, utilizam músicas terapêuticas para tratar pacientes em hospitais, hospícios e outras unidades hospitalares.

Linda Fisher explica que as canções tocadas não necessariamente já são familiarizadas com os enfermos.

- A música tem um poder de cicatrização capaz de colocar a pessoa em um estado de tranqüilidade, controlado pelo ritmo e qualidade dos tons que compõem a melodia - avalia.

Estudos realizados no início da década de 1990, no Bryan Memorial Hospital, em Nebraska, e St. Mary's Hospital, no Wisconsin, concluíram que o hábito reduz significativamente a freqüência cardíaca e controla a pressão arterial e a velocidade respiratória de pacientes submetidos à cirurgias.

Em 2007, uma pesquisa na Alemanha indicou que a musicoterapia ajudou a melhorar as habilidades motoras de pacientes que se recuperavam de acidentes vasculares cerebrais. Entre outros efeitos encontrados, o tratamento também pode impulsionar o sistema imunológico, melhorar o foco mental, ajudar a controlar a dor, criar uma sensação de bem-estar e reduzir a ansiedade de pacientes que aguardavam cirurgia.

Em outro estudo recente da escola de enfermagem da Kaohsiung Medical University, em Taiwan, a musicoterapia reduziu a tensão psicológica de grávidas após uma avaliação com 236 mulheres. A pesquisadora Chen Chung-Ei informou que as grávidas apresentaram significativas reduções de estresse, ansiedade e depressão depois de ouviram diariamente durante 30 minutos CDs com músicas infantis, da natureza e de compositores como Beethoven e Debussy. Os resultados foram divulgados no jornal científico Journal of Clinical Nursing.

Música e exercícios

Costas Karageorghis explicou os efeitos da música quando se está praticando atividade física em um ginásio. Primeiro, ela reduz a percepção em cerca de 10% de como a pessoa está se saindo durante a baixa intensidade da atividade. No caso de alta atividade, a música não funciona tão bem porque o cérebro fez com que se preste atenção aos sinais de estresse fisiológico.

Em segundo lugar, a música pode influenciar o humor, elevando potencialmente os seus aspectos positivos, como a energia, entusiasmo e felicidade, e reduzindo a depressão, tensão, fadiga, raiva e confusão.

Em terceiro lugar, a música pode ser usada para definir o ritmo do indivíduo, como no caso do etíope Haile Gebrselassie, que escuta a canção tecno "Scatman" nas competições - o atleta conquistou o ouro nos 10 mil metros dos Jogos Olímpicos de Sidney, em 2000. O último efeito, segundo Karageorghis, é o de que a musicalidade pode superar o cansaço e controlar a emoção durante uma competição.
http://jbonline.terra.com.br/extra/2008/10/19/e191025207.html

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Apocalypse de fundos de investimento now!


Apocalypse de fundos de investimento now!

Nouriel Roubini alerta para possibilidade de fecho das bolsas
O antigo conselheiro sénior do Tesouro dos EUA e professor da Universidade de Nova Iorque Nouriel Roubini alertou hoje para o facto de centenas de fundos de investimento poderem falir em breve, o que poderá levar os responsáveis políticos a encerrar os mercados financeiros por uma semana ou mais, uma vez que a crise irá obrigar os investidores a vender em massa os seus activos.

Pedro Duarte

Ao falar hoje durante a conferência 'Hedge 2008' em Londres, e citado pela agência Bloomberg, Roubini afirmou que "chegámos a uma situação de pânico puro", tendo alertado que "irá haver uma venda massiva de activos", sendo que "centenas de fundos 'hedge' vão falir."

No mesmo evento, o co-CEO da GLG Partners, Emmanuel Roman, previu por seu turno que até 30% dos fundos 'hedge' se vejam forçados a encerrar as suas actividades.

Este mês, responsáveis da política monetária das principais economias do mundo efectuaram cortes coordenados das taxas de juro e injectaram grandes somas de dinheiro nos bancos, de modo a tentar travar a crise, não tendo no entanto decidido suspender as bolsas das sete maiores economias do planeta.

"O risco sistémico tornou-se cada vez maior. Estamos a ver o início de uma 'corrida' a uma grande parte destes fundos", alertou Roubini, que avisou as pessoas para "não se surpreendam se os responsáveis políticos decidam encerrar os mercados por uma semana ou duas nos próximos dias."

A possibilidade do fecho das bolsas foi avançada pela primeira vez no passado dia 10 pelo primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi, que disse que os líderes mundiais estavam a debater o fecho das bolsas mundiais, tendo este no entanto afirmado pouco depois que não queria, na verdade, dizer o que disse.

Nouriel Roubini avisou também que "as coisas estão a tornar-se muito feias nos mercados emergentes. Costumávamos dizer que 'quando os EUA espirram, o resto do mundo apanha uma constipação'. Bem, agora os EUA têm uma pneumonia crónica e persistente, Está a tornar-se numa grande confusão nos mercados emergentes."

Roubini, que também é presidente da empresa de análise RGE Monitor, disse igualmente que "existem cerca de uma dúzia de mercados emergentes que estão agora com problemas financeiros graves. Até uma pequena nação pode ter um efeito sistémico na Economia global", sendo que "o Fundo Monetário Internacional [FMI] não vai ter dinheiro para apoiá-las a todas."

Este responsável precisou ainda que "esta é a pior crise financeira nos EUA, Europa e agora nos mercados emergentes que já vimos em muito tempo. As coisas vão ficar muito piores antes de melhorarem. Temo que o pior esteja ainda à nossa frente."

In http://diarioeconomico.com/edicion/diarioeconomico/internacional/economia/pt/desarrollo/1177842.html

Os Banqueiros da Nossa Fome. (I)


Os Banqueiros da Nossa Fome. (I)

21.10.2008 - 23h42 - Anónimo, Almada - Portugal
Com 66 anos de vida não há paciência que aguente.Só oiço falar em solidariedade mas a verdade é que não sei onde existe. Já corri seca e meca à procura mas não a encontrei. Alguem me informa onde para? É que o meu marido recebe 480 euros de pensão de invalidez. A renda da casa que era de 250 euros, em poucos anos já vai e 320 euros com os sucessivos aumentos. Compramos medicamentos para ele, porque foi operado ao coração. Eu como sofro de artrite reumatoide, sofro as dores porque não podemos pagar taxas moderadoras e comprar medicamentos nem fazer fisioterapia. Na Caixa Nacional de pensões dizem-me que não tenho direito a reforma, pois só tenho 7 anos de contribuições e precisava de 15. A assistência social diz que não tenho direito porque o meu marido ganha mais que três salários mínimos, segundo umas contas que fizeram. Então como é que fazemos para pagar a comida, a luz, a água. Já não falo em roupa e calçado porque os caixotes do lixo estão sempre às ordens, bem recheados, porque graças ao bom Deus ainda há quem faça vigílias ou grevas e sempre vai conseguindo ganhas uns bons euros. Segundo dizem os direitos e os deveres do casal são iguais, mas como posso cumprir?
In Público última hora


A maldade de todas as fomes terrestres
Maldade de maldades! Dizem os Banqueiros, maldade de maldades! É tudo maldade. Que vantagem tem o esfomeado, depois do trabalho que fez e não recebe o seu salário? Uma geração de esfomeados perece, e outra, e mais outra, e ainda outra perecerá pela fome; mas as terras dos ricos enriquecem-se cada vez mais.

E nasce petróleo, e põe-se o petróleo, renasce e volta sempre para o mesmo dono. A fome ia sempre para Sul, agora já não finge no Norte. Continuamente o pião da fome vai girando, e os seus círculos alargam-se, apertam-se, e a fome volta sempre cada vez mais célere. Todos os esfomeados procuram refúgio no mar e contudo ele não se enche; então, para onde eles vão?! Sempre para o mesmo sítio.

São tantos os esfomeados que ninguém ousa contá-los: os olhos e os ouvidos dos ricos fartaram-se deles. Sempre foi assim, mas agora é demais. O que antes fizemos, tornaremos a fazer: de modo que lhes arruinaremos mais fome. Mas, isto é novo?! Não, não é nada de novo, já o foi e cada vez mais piorará. Parece que ninguém já se lembra. Alguém não quer ter lembrança. Nos tempos próximos, quando todos morrerem à fome, ninguém se lembrará. E fizemos com que as nossas mentes maldosas aumentassem os caudais de esfomeados.

Que existem por cima e por baixo da Terra. A ocupação da fome é a principal instrução dos filhos dos esfomeados, para receberem os primeiros ensinamentos. Atentámos para todas as obras que os esfomeados fizeram sem receberem um salário digno. E eis que tudo era magnanimidade. O que nasce esfomeado, sempre assim permanecerá. Não havendo nada para comerem, facilmente faremos cálculos. Falámos para as nossas mentes maldosas. Eis que enriquecemos com a fome que provocámos. Somos os mais maldosos, os mais ricos, e assim teimaremos, continuaremos, e nenhum houve antes de nós.

E contemplámos com grande contentamento os estragos que causámos. E aplicámos as nossas mentes maldosas a conhecerem as loucuras que ainda faremos. E viemos a saber que existe tal infinidade delas, que a todas utilizaremos. Quantos mais sofrimentos provocarmos, mais nos exultarão. Porque na nossa maldade nunca há cansaço. E o que aumenta em fome, não aumentará em trabalho.

Os prazeres e as riquezas dão imensa felicidade aos maldosos
Dissemos na nossa maldade. Venham, que lhes provaremos com a tristeza. Portanto, gozai a nossa maldade. É tudo de má vontade. Dos famintos dissemos: estão com fome; de que serve a alegria a quem não tem nada para comer? Buscámos na nossa maldade como os nossos cérebros ficariam depois de uma grande enxurrada de vinho. E vimos nisso grande sabedoria e grande elogio à loucura. Achámos que era o melhor para os esfomeados. Para todos os dias da sua vida. Obrigámos todos os esfomeados a trabalharem para nós. E obtivemos grandes riquezas.

Construímos casas e outras obras magníficas. Insistimos nos lançamentos dos restos das nossas comidas para o lixo, jamais as daremos aos pobres. Mas, os famintos recolhem-nas, festejam-nas como grandes banquetes, e ainda nos glorificam. E ousaram-nos fazer uma grandiosa manifestação, porque não lhes pagamos. Mandamos-lhes a polícia em cima e depois obrigamo-los a construírem jardins e a plantarem árvores frutíferas. E sem direito a nada. Apenas um, a fome!
Gil Gonçalves

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

A floresta (II). Uma história verídica


Há coisas que nos acontecem e não sabemos explicar se são sonhos ou realidade.

Mais algumas vezes acompanhei o meu pai para o mesmo local. E quando me aproximava do pinheiro grande e dos lírios, lá estava a criança sozinha a brincar. E sempre a mesma correria, a fuga para junto do meu pai. Comecei a pensar que se tratava de uma brincadeira do meu velho, para me meter medo. Mas ele nunca me falou disso e preferi o silêncio.

Muitos anos depois decidi ir só a esse local. Já tinha esquecido a misteriosa criança, e ao pensar nisso ria-me. Achava que eram somente coisas da juventude. No lugar do banco de pinho onde o meu pai se sentava, existiam agora habitações. Ruas asfaltadas, mais habitações, um supermercado, uma taberna que se tornava barulhenta porque servia vinho. Ao fundo da agora vila, viam-se os pinheiros das minhas aventuras. E rumei para lá, na direcção daquele pinheiro grande, se é que ainda existia.
Continuava lá tudo: o riacho, o pinheiro, os lírios, continuavam incólumes e a criança também.

Aproximei-me e vi que não era uma criança normal. Os cabelos e os seus olhos brilhavam com muita intensidade. O rosto apresentava tonalidades de azul muito claro a muito escuro. Parecia que se movia no ar. Perguntei-lhe:
- Quem és tu?
- Aquele que te espera. Eu sabia que aparecerias mais tarde ou mais cedo.
- Não entendo....
- Sou o último anjo que Jesus Cristo enviou à Terra.

Mas quem me mandou vir aqui outra vez? Pensei desandar e nunca mais voltar, mas tinha que dizer algo, antes que a minha mente implodisse.
- Para falar comigo?!
- Sim, tenho que falar com alguém. Ouve o que tenho para te dizer, e informa todo o Mundo. Meu Pai já não lhes acretita mais. Na verdade estamos todos cansados.

Porque não seguem os nossos ensinamentos, colocam pessoas nos governos, que vos governam com a fome, vos matam, vos escravizam. Já não me respeitam. Ao invés de me amarem, preferem, amam os demónios que vos matam. Escolheram a violência para o vosso dia-a-dia. Fazem sexo desordenado e de preferência com crianças. Elegem ditadores, corruptos, assassinos e ignorantes para vos chefiarem.

Nunca nos céus se viu tanta maldade, falsidade, e os vossos filhos e filhas acham tudo natural… um passatempo… assistir a tudo o que se passa no Mundo. E nas vossas televisões passeiam como numa festa, passatempo, divertimento, cadáveres das pessoas, dos vossos semelhantes tombados, mortos, moribundos como um gigantesco cemitério planetário.

Gil Gonçalves

terça-feira, 21 de outubro de 2008

A origem da grande depressão de 2008 (V). Novela


01.10.2008 - 09h52 - Anónimo, lisboa
convem ler outra vez marx com novos olhos para compreender a crise que vivemos ninguem pense que vai ficar imune ás ondas de choque da crise do sistema financeiro alguns dos paliativos escondem as miserias mas abrem novas fracturas nunca a deco trabalhou tanto e por favor comprem uma lupa e leiam as entrelinhas dos vossos contratos
In
Público última hora

O que rouba e mais corrompe, esse é o chefe, o eleito, o exemplo a seguir. Eis como nasce o terrorismo e de quem o alimenta.

O motorista intervém e explica com um sorriso:
- Móbaile é o telemóvel.
Dei-lhe o meu número, ele retribuiu. Já de saída diz a despedir-se:
- Não esquecerei o que fizeste por mim, depois ligo-te do meu móbaile.
O motorista estacionou o carro. Depois ajudou-me a carregar a minha bagagem. Subimos as escadas de um prédio de quatro andares. Parámos no segundo, abriu a porta e convidou-me a entrar. Depois entregou-me a chave e despediu-se:
- O Dr. Elder mora no primeiro andar. Acho que ele já lhe vai ligar para falar consigo.

Fiquei a observar o apartamento. Era espaçoso, bem arejado e bem arrumado. Tinha uma varanda e vasos com flores. Sempre gostei de as ver à minha volta, porque prendem-me a atenção e são muito cativantes. Tinha ar condicionado na sala e no quarto. O frigorífico e a arca de congelação eram demasiado volumosos para uma pessoa. Abri-os e notei que estavam bem apetrechados. Uma pequena despensa repleta com os mais variados produtos completava os gostos de qualquer glutão. A cozinha era ampla e estava impecavelmente arrumada.

Lembrei-me das célebres constantes falhas de luz e água que são o dia a dia dos africanos. Sorri com uma anedota que não me lembrava onde a li. Abriam-se as torneiras acendia-se a luz. Ligavam-se os interruptores saía água. Bom, vamos lá a ver se há água. Abri a torneira do lava-loiça e o líquido veio forte, de um jacto. Esperei uns momentos para verificar se a pressão se mantinha, o que aconteceu. Liguei um interruptor, a lâmpada acendeu. Bom, tenho água e luz. – Murmurei.

Ocorreu-me um pormenor. E quando não houvesse luz? Percorri todos os cantos e terminei na varanda. Não havia gerador. Ah!.. faltava verificar uma última coisa… o telefone não funcionava... tenho o telemóvel. O telefone fará falta para me conectar à Internet… depois falarei com o Elder.

O telemóvel toca. Atendo a primeira chamada que me fazem… é o Elder.
- Já te instalaste? Estás a gostar do ambiente?!
- Está tudo ok. Depois falamos com mais pormenor.
- Daqui a pouco estarei aí.

Devido ao calor tirei o casaco e a gravata. Liguei o ar condicionado. Dez minutos depois deixou de funcionar. Pensei que se tinha avariado. Liguei um interruptor. A lâmpada não acendeu. Creio que era para me habituar. Afinal não estava na Europa. Com tudo atestado de comida e bebida acho que nem valia a pena sair mais daqui. Batem à porta, abro, é o Elder. Não me deixa falar:
- Já sei, não tens luz. Vi pela campainha, não tocou. Mas o que é que tu queres? Isto aqui é normal. Tens que te habituar. Por aqui já podes ver os custos que uma empresa tem para funcionar. Gerador, combustível, e manutenção. Tanque de água, electrobomba etc… custos elevados. Mas não te preocupes que consegui alugar uma parte da Cidadela desportiva. Preparo uma suite e depois mudas-te. Vou lá instalar uma padaria, esse negócio está a dar, temos que aproveitar. Vou criar mais duas empresas, uma para trabalhar em comunicações e informática, da qual serás o director geral. A outra será uma trading. Como vês trabalho não te falta. Amanhã vamos ter uma reunião nos Caminhos de Luanda. Sabes o que é que quer dizer MPLA?
- Sei. Movimento…
- Não! Menos Pão Luz e Água, e Movimento Popular de Luanda e Arredores, porque só investem em Luanda e nos arredores.
- Elder já te contaram a cena que se passou à saída do aeroporto com…
- Já, já me contaram. Isto está cheio de bandidos por todo o lado. Investir já se torna um risco cada vez mais elevado. A marcha para a grande fome final é inevitável.
- Elder, custa-me a entender com tanto dinheiro…
- Os chineses quando são retirados da vida militar, obrigam-nos a tirar uma especialização, e integram-se na vida civil. Aqui desmobilizam-nos e atiram-nos para o olho da rua… entregues à sua sorte. E com tantos despedimentos que fazem, teremos um exército de um milhão de bandidos. Se juntarmos a isso a Sida, a malária, a tuberculose etc. Teremos…
- Mais um Estado falhado.
- Precisamente… tenho que ir. Logo, vamos jantar aí a um bom restaurante. Se te faltar alguma coisa liga-me. Entretanto serve-te. Sei que é aborrecido ficar sozinho, mas isso será por pouco tempo.
Gil Gonçalves
Imagem: http://www.cpires.com/fotos_do_lobito.html

Colonato do Consórcio Soares da Costa/ Mota Engil


«Consórcio Soares da Costa/ Mota Engil paga salários de miséria aos angolanos»

«Ah!.. agora vou mais ser escravo dos portugueses?!». Desabafo de um Petrofaminto.
Portugueses exportam miséria, analfabetismo e colonialismo. Em Angola saúdam-se, instalam-se e já desejam fabricar outro pôr-do-sol.
É que eles chegam aqui e não mandam. Com desdém, nos comandam, ordenam-nos com o latente complexo de superioridade, digno de iletrados desconjuntados. Tão naturais, tão analfabetos. Espelham o desastre do povo português à deriva, na nau dos quintos de José Sócrates.

Antes navegavam com as naus e redescobriram-nos. Agora, substituíram-nas por outras metálicas, aéreas, com asas que claro, voam. E chegam rápidos, como num tiro de canhão. E de chegados, já não é em porto franco, é num aeroporto.

Trazem-nos novas bugigangas, o renovar dos ultrajes, e a ciência do mais atrasado país da Europa. Como seria salutar se a Espanha se dignasse provinciar Portugal, e lá colocar um sagaz governador. Porque Portugal deixou de existir, perdeu-se de futebol em futebol.
Assim, os portugueses vão-se tornando párias, inúteis, ciganos errantes, judeus de impossível convivência. Que, onde chegam só fazem merda, bacorada. Que triste ver mais um povo a caminho da extinção.
Gil Gonçalves


Angola, Benguela
Consórcio Soares da Costa/ Mota Engil paga salários de miséria aos angolanos
José Manuel, em Benguela

«Depois de terem apresentado em Setembro uma carta reivindicativa à direcção do consórcio português, onde os trabalhadores exigiam o aumento dos salários e melhorias das condições sociais, foram surpreendidos com uma reunião dia 12 do mesmo mês, onde foi apresentada uma nova tabela salarial já com aumentos mas sem consenso, ao abrigo da Lei nº 20 que prevê negociações com os representantes dos trabalhadores até se chegar a um acordo como afirmou, o primeiro secretário sindical António Segunda e o Secretário Provincial do Sindicato da Construção Albano Kalei.

Fruto da sua inexperiência os líderes sindicais, rubricaram o documento sobre a nova tabela, mas a insatisfação continua. “Fomos obrigados a assinar o documento, mas os aumentos não chegam, a vida está muito cara, o subsídio de alimentação passou para duzentos kwanzas, um prato na praça custa quinhentos kwanzas, às vezes temos que trazer fuba de casa, e como não há emprego temos de aguentar”, lamentou o líder sindical.

De acordo a lei da greve vigente, só depois de seis meses é que os trabalhadores poderão apresentar uma nova carta reivindicativa. Até lá terão que conviver com os actuais salários. Em contraste com os salários dos angolanos, os cerca de 40 portugueses presentes na obra ganham quinze vezes mais. “Nós ouvimos de um dos portugueses que eles ganham três mil dólares mas eles fazem o mesmo trabalho que nós na carpintaria e ferraria”, afirmou o líder sindical para quem uma obra orçada em quase 25 milhões de dólares deveria contemplar salários que dignificasse socialmente os angolanos que nela trabalham.

Sobre esta matéria o Sindicato Provincial da Construção tem insistido junto das empresas do ramo para contratarem fornecedores de alimentação como fez a Odebrecht depois de viver vários movimentos grevistas, para que os trabalhadores tenham refeições condignas.
Segundo Albano Calei os actuais subsídios por algumas empresas como a do consórcio Soares da Costa/Mota Engil, avaliado em duzentos kwanzas, faz com que os trabalhadores na hora do almoço recorram a simples refeição composta por banana, pão e água o que tem estado a originar sérios problemas de saúde devido à intensidade dos serviços a que são submetidos diariamente. Fontes contactadas pelo AGORA sobre o assunto, afirmaram que os salários baixos praticados por empresas estrangeiras em Angola no âmbito da reconstrução do país, são da inteira responsabilidade do Governo angolano.

Para as nossas fontes, as mesmas empresas, em particular as portuguesas, pagam em Portugal salários de base aos seus trabalhadores, incluindo estrangeiros, que vão de 500 a 600 euros e mais de mil para postos de encarregados.

Mas as avultadas comissões e benesses pessoais que auferem os negociadores angolanos nas empreitadas em curso no país são, no entender das fontes do AGORA os responsáveis pelo encarecimento das obras, por um lado, e pelos magros salários dos angolanos, por outro, o que contraria o discurso do governo sobre o combate à pobreza.
Num país onde não existe um sindicalismo forte e profissional, um Tribunal de Contas e outros órgãos fiscalizadores do Estado funcionais e isentos, facilita o comportamento das empresas portuguesas, residindo os seus interesses apenas na salvaguarda dos lucros, acrescentaram as nossas fontes.

A falta de respeito dos encarregados de obras comprovadas no uso frequente de palavras obscenas para com os angolanos é a outra dor de cabeça para o Sindicato da Construção. Recentemente, segundo Albano Kalei, ocorreu um tumulto nas obras da construção da nova ponte sobre o rio Cutembo, no município do Chongoroi, a cargo da empresa brasileira Camargo Correia, onde os trabalhadores locais quase chegavam a agredir alguns encarregados de obras por se terem sentido ofendidos moralmente. O mal-estar assumiu outras proporções devido à intervenção do comando municipal local da polícia.

A nossa reportagem contactou o responsável das obras do consórcio Soares da Costa/Mota Engil para falar sobre o assunto, mas este afirmou que a sua direcção em Luanda estava autorizada para se pronunciar sobre a matéria em causa.
In Agora nº 601 de 18 de Outubro de 2008. Jornal semanário privado publicado em Luanda, Angola.
Imagem: http://www.cpires.com/fotos_de_benguela.html



A seguir, o que resta do divino vai ruir


Que colossal desilusão, mas, aconteceu alguma luta de libertação?

Eis um governo dos especuladores imobiliários e para os especuladores imobiliários.
Os luandenses são exímios construtores. Desbastam o tempo a erguerem paredes e a derrubá-las.
Esta democracia Bantu é um sistema político moderno que se caracteriza por matar tudo á fome. Não pensam com a cabeça, pensam com os pés e as mãos. Já ultrapassámos o capítulo da selvajaria.
Aberração é consentir que marxistas-leninistas no poder nos invoquem direitos humanos e democracia.


Eras como o pranto das flores, que conservo no canto
Alcova do nosso recanto. Quando enlevados, abraçados
Encalhados na ventania que anunciava os primeiros pingos
Da agitação atmosférica próxima. Depois bem regados, enregelados
Como era possível dois desaparecerem, e ficar um só corpo?
Ainda não consigo entender, para onde ia
O que acontecia ao outro ser

O meu sonho, os outros sonhos, terminaram
Só os pesadelos começaram, recomeçaram. Não há porvir
A seguir, o que resta do divino vai ruir
Perco muito tempo à procura das nossas palavras perdidas
Quando revivo o passado no ferro de engomar
Cada peça de roupa retrata momentos dos dias

Depois de tudo terminar, alimentamos o lamentar
Onde tudo começa e acaba só a morte o sabe

Para encontrar o amor vencido, o paraíso da morte está sempre aberto, desperto

Gil Gonçalves

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Subprime, BCP, Sonangol, Mota-Engil, darfurizam Angola


Para sobreviver o que interessa é vender seja o que for. Se morreu ao comer, é porque tinha que morrer. O único pedaço de terra que temos garantido é o da morte. Incompreensivelmente, em vida não temos esse direito. Por isso, uma cova nos espera.

Cinquenta e três vice-ministros? É para se descontrolarem uns aos outros.
Hoje, apesar de ter arriscado a minha vida para ver uma quadrilha de generais petrolíferos, diamantíferos no poder, sorrio com essas coisas da luta de libertação. Que parvoíce, que perda de tempo. Jamais existem lutas de libertação. Existem sim novas subtilezas de dominação, de escravidão. A escravocracia Negra continua a passagem do testemunho da outra, a Branca. A diferença é mínima, escureceu muito.
E o número da Besta é 8164.

Gil Gonçalves

Português Lx - finzar@gmail.com escreveu o seguinte no www.angonoticias.com:
"Entendo estas afirmações como uma forma de tranquilizar as pessoas, mas seria interessante saber quais são os bancos correspondentes estrangeiros e em que produtos investiram esses bancos, porque é notório que os principais Bancos de Investimento estão em grandes dificuldades e por essa razão estamos a assistir intervenções estatais nesses bancos.

Além disso ainda ninguém conseguiu determinar a real magnitude do buraco e das ramificações que os produtos derivados geram no sistema financeiro, aliás são conhecidas situações de investidores que investiram em produtos financeiros sem saber que estavam a investir em produtos estruturados ligados ao sub-prime devido a grande complexidade como estes produtos foram construídos.

Neste contexto de crise seria importante questionar a politica económica de Angola, principalmente, qual a utilidade de adquirir participações financeiras qualificadas em empresas estrangeiras sem ter possibilidade de exercer o controlo efectivo sobre a sua gestão?
A titulo, de exemplo, qual a utilidade do investimento da Sonangol no BCP?
Alguém sabe dizer quanto dinheiro se perdeu nessa participação financeira?
(Refiro-me à sua desvalorização)
Alguém sabe qual foi o benefício deste investimento na economia real angolana?

Será lógico investir milhões de euros numa participação financeira só para ter um lugar na administração mas não ter nenhum voto na matéria? Não seria mais interessante, investir o excesso de liquidez de alguns sectores angolanos na aquisição de médias empresas que permitam o controlo efectivo dessas empresas.

A titulo de exemplo, qual a utilidade de investir milhões de euros numa Mota-Engil para ter 5% ou 6% do seu capital, quando se pode adquirir uma construtora de média dimensão e ter o seu controlo efectivo, além de que existem muitas empresas médias com um alto nível de know-how, tecnologia e de recursos humanos, tendo essas empresas acesso privilegiado ao mercado angolano em 5 ou 6 anos poderiam ser empresas de grande dimensão e além disso de capital angolano.
Não será altura de repensar a estratégia económica num pais excessivamente dependente do petróleo, sem indústria, sem empresas, cuja procura interna é totalmente alimentada pelas importações?

Porque esta politica de ter participações financeiras em grandes empresas cotadas apenas vai prolongar a exploração da economia angolana pelas grandes multinacionais, não se vai traduzir em desenvolvimento".
(in www.angonoticias.com/full_headlines_.php?id=21348)
E Wilson Dadá no Morro da Maianga

EDIFER Angola. Um dos maiores Grupos Destruidores Portugueses




Pânico no «Prédio da Rikauto»

Edifer, a desgraça da incompetência e irresponsabilidade portuguesas. A revelação que Portugal está apenas a um degrau de estado-falhado, pois já é um estado-burro. Eis mais um exemplo de falsos engenheiros e arquitectos. Se fizerem uma triagem como deve ser no GPL, Governo da província de Luanda, verão que existem documentos falsos do Instituto Superior Técnico, trocados pela instituída gasosa. É isto… a sementeira de José Sócrates… que coisa mais sórdida.

O prédio da Rikauto, pisado de inclinado, simboliza Angola a cair, e Portugal a descair. Portugueses, que vindos da miséria e aqui chegados rapidamente enriquecem. Badamerdas, gatos-pingados com salários de 4.000, 5.000 euros, e nós sempre na mendicidade. Pode isto acabar, ficar bem?! Nunca, jamais! Muita confusão, tumultos aí vem. Pobres portugueses analfabetos, chacota da União Europeia.
É por este e outros crimes abomináveis praticados pelo Ocidente que o terrorismo se fortifica e: O terrorismo e o Santo Islão vencerão, e a Europa e particularmente Portugal capitularão.
Gil Gonçalves

17.10.2008 - 01h37 - joão, portugal
Exactamente isso.Como ninguém comenta estas notícias.Se fosse futebol, teríamos aqui 200 ou muitos comentários.O que esperar dos políticos se, somos nós a dizer "amén" a toda esta calamidade.

17.10.2008 - 07h41 - Osga, Parede
Temos as desigualdades que todos conhecemos em relação aos nossos parceiros europeus, e há que pensar, que muitas das empresas que davam emprego, deslocaram-se para países onde a mão de obra é mais barata, casos da industria têxtil, e de algumas multinacionais. No mundo globalizado é assim que funciona, quem pode, porque vende para vários mercados, produz na Ásia, onde os ordenados são miseráveis, onde não há qualquer respeito pelo ser humano, e quando se pergunta ás pessoas que lidam com essas realidades, se conseguem viver com isso, a resposta é a que obtive recentemente:"no princípio custa, depois habituamo-nos e já não ligamos", pois assim vai o mundo e as consciências. Sabia-se que um dia isto ia acabar mal, o capitalismo SELVAGEM não pode gerar nada de positivo, e os resultados estão á vista. Nunca houve tanto, distribuído por tão poucos, mas temos de pensar nas próximas gerações, e o que não se pode mudar de um dia para o outro, pode -se ir mudando dia a dia, se houver bom senso. Ter esperança, pode ajudar, pensar positivo também.
Público última hora

Pânico no «Prédio da Rikauto»
Rui Albino

Depois de já ter fragilizado as estruturas de base do edifício, com a escavação do solo, a EDIFER (é dela que falamos) tem estadoa criar um grande problema que poderá custar a vida de muita gente que lá reside. A obra já tinha sido embargada, mas alguém no GPL decidiu levantar a interdição e os resultados são estes…

Os moradores do edifício de médio porte que se situa numa esquina do entroncamento entre as ruas Rei Katyavala e Comandante Kwenha, também conhecido por «Prédio da Rikauto», estão em pânico, devido à sua
queda iminente, por fragilização das suas estruturas de sustentação, como consequência duma obra a cargo da construtora portuguesa EDIFER, no espaço contíguo. Eles correm assim um sério perigo de vida. Com três andares, o edifício comporta 11 apartamentos e vibra constantemente para desespero dos seus moradores, que responsabilizam o empreiteiro que realiza as obras de escavação por tal situação.

De resto, na manhã da última terça-feira, fomos alertados por um cidadão aí residente sobre um alvoroço que lá se havia instalado devido a mais um estremeção que a estrutura do prédio havia registado, a anunciar que o desabamento está para breve, se nada for feito para travar a obra da EDIFER. Indiferente, a empresa portuguesa tem estado a fazer escavações numa área de vários metros quadrados que atingiram já a base do «Prédio da Rikauto», com sérios danos na sua estrutura de sustentação, tanto assim que já é possível divisar-se a olho nu uma inclinação acentuada do edifício na direcção do buracão, sendo que a queda pode acontecer a qualquer instante.

Como quem diz, é uma tragédia anunciada. A situação já vem de longe, desde que a EDIFER começou a fazer as fundações para a construção de um suposto hotel e outros equipamentos comerciais, sendo que o «Prédio da Ricauto» tem estado a ceder devido à acção das ondas vibratórias decorrentes das escavações. Informações obtidas nesse dia pelo Semanário Angolense dão conta de que uma comissão de moradores fora já criada há uns tempos para fazer chegar as suas reclamações junto do Governo Provincial de Luanda no sentido de se embargar as obras. Tal fora conseguido em altura não especifi cada, mas a situação reverteu-se novamente depois de algum «chico-esperto» do GPL ter decidido levantar a interdição, sem que a construtora portuguesa tivesse feito antes alguma coisa que evitasse colocar o prédio vizinho da sua empreitada em perigo. Desde o levantamento da interdição, a situação ficou mais complicada e muito mais perigosa, uma vez que as fissuras nas juntas de dilatação, que são já um sinal de alerta, aumentam na mesma proporção do avanço das escavadoras da construtora portuguesa no terreno ao lado. «Quanto mais escavam, mais o prédio vibra», disse uma residente do edifício em perigo, à
conversa com este jornal.

No local, conseguimos apurar também que o problema do prédio já é bastante conhecido pelo GPL, de tal modo que há uns tempos havia decidido evacuar os seus moradores por quatro dias. «O prédio está a ruir, mas as obras continuam e nós, os moradores, estamos preocupados com as nossas vidas e não entendemos o que se passou no governo provincial a ponto dele levantar o embargo da obra sem mais nem menos», lamentou uma das nossas fontes.

Áurea Cohen, uma senhora que trabalha numa loja situada no edifício, disse à nossa reportagem que o prédio mexe constantemente, principalmente quando ao lado se está a escavar. «O medo é tanto que ninguém trabalha sossegadamente», sublinhou.
«Parece que os portugueses não estão a perceber, mas o nosso prédio está mesmo a vir abaixo. Nota-se pela inclinação, mesmo a olho nu.O mais grave é que as instituições governamentais estão a fazer vista grossa ao perigo que nós corremos, deixando as coisas andar», disse, indignado, um dos moradores do «Prédio da Rikauto» com quem conversamos. «Estamos em pânico », confessou. Embora não haja qualquer placa a explicar a natureza do empreendimento, o Semanário Angolense obteve informações avulsas de que se trata de um projecto da empresa «ImporÁfrica», que conta com fi nanciamento de um banco comercial angolano.

Instados a fornecer pormenores a propósito, os funcionários da empreiteira lusa presentes na altura em que lá estávamos recusaramse a fazê-lo. Até ao fecho desta edição, a situação manteve-se.

Fonte: Semanário Angolense

SA

domingo, 19 de outubro de 2008

X-Files. Zona da memória no cérebro também permite imaginar futuro


X-Files. Zona da memória no cérebro também permite imaginar futuro
Kathleen McDermott

As regiões do cérebro relacionadas com a memória e com a habilidade para recordar imagens vividas em experiências passadas também permitem a cada pessoa projectar o futuro, revela um estudo da Universidade de Washington.

Para este estudo, divulgado na publicação on-line de Janeiro da revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences, os investigadores da Washington University in Saint Louis usaram técnicas de ressonância magnética para obter imagens latentes no cérebro e mostrar que recordar o passado e visionar o futuro são processos que funcionam em padrões similares, precisamente nas mesmas regiões do cérebro.

Os autores salientam que a habilidade do ser humano para recordar experiências do passado é estudada há mais de cem anos, mas até recentemente têm sido poucas as pesquisas sobre os processos cognitivos que permitem outras formas de atravessar o tempo com a mente, como a habilidade de se imaginar ou de se "ver claramente" a participar num evento futuro.

"No nosso dia-a-dia, gastamos provavelmente mais tempo a projectar o que iremos fazer no dia seguinte ou mais tarde do que a recordar, mas pouco é sabido acerca de como damos forma a essas imagens mentais sobre o futuro", disse Karl Szpunar, autor do estudo e aluno de doutoramento em psicologia da Universidade de Washington.

"As nossas descobertas sustentam a ideia de que a memória e o futuro do pensamento estão altamente relacionados e ajudam a explicar por que é que o pensamento sobre o futuro pode ser impossível sem memórias", acrescentou.

Visionar o futuro

O estudo permite começar a compreender como a mente humana confia na recolha de dados vividos em experiências anteriores para se preparar para desafios futuros, sugerindo que visionar o futuro pode ser um pré-requisito essencial para muitos processos de planeamento.

No estudo, os investigadores usaram técnicas de ressonância magnética para captar os padrões de actividade do cérebro de estudantes universitários aos quais eram dados 10 segundos para revelar uma imagem mental viva acerca de si próprio ou de uma celebridade famosa a participar numa escala de experiências comuns da vida.

Aos participantes foi pedido que recordassem dados sobre o passado, tais como ficar perdido, passar tempo com um amigo ou ir a uma festa de aniversário, que se vissem a si próprios a experienciar tais actos no futuro ou para retratarem uma celebridade, tal como o ex-presidente norte-americano Bill Clinton, a participar nestes eventos.

Comparando imagens da actividade do cérebro em resposta às sugestões de determinado evento como uma recordação ou uma projecção futura, os investigadores encontraram uma sobreposição completa entre as regiões do cérebro usadas para recordar o passado e aquelas que são usadas para imaginar o futuro - cada região envolvida na recordação do passado foi usada também no visionamento do futuro.

Por outro lado, estas redes neurais associadas ao tempo mental pessoal mostraram significativamente menos actividade quando os participantes imaginaram cenários a envolver o ex-presidente norte-americano Bill Clinton.

Imagens menos vivas

Os investigadores sugerem que isto ocorreu porque os participantes não tiveram nenhuma memória pessoal de interacção directa com Clinton e, assim, todas as imagens dele derivaram das redes neurais responsáveis pela memória semântica, que apresentam a cultura geral de cada um acerca do mundo, tendo os participantes relatado que as imagens mentais que tinham do ex-presidente norte-americano "eram menos vivas".

Kathleen McDermott, investigadora do Laboratório da Memória e da Cognição da Universidade de Washington e colaboradora nesta investigação, salienta que o estudo é importante porque demonstra que a rede de neurónios que tem subjacente o pensamento futuro não está isolada no córtex frontal do cérebro, como alguns especulam.

Em segundo lugar, segundo McDermott, os padrões de actividades dentro desta rede neural sugerem que os contextos espacial e visual do futuro que imaginamos é muitas vezes uma manta de retalhos conseguida através do ajuste das nossas experiências passadas similares, incluindo memórias de movimentos específicos do corpo e de mudanças de perspectivas visuais.

"Os resultados deste estudo oferecem uma tentativa de resposta a questões acerca da utilidade evolucionária da memória", conclui McDermott, acrescentando que "pode ser que a razão pela qual nós podemos recordar o nosso passado ao detalhe seja a de que esta série de processos é importante para podermos visionar os cenários futuros".

http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=17259&op=all

Mistérios da medicina. Cérebro em parafuso


Estudo: excesso de calorias deixa cérebro em parafuso

Comer demais deixa o cérebro em parafuso, desencadeando uma série de danos que podem levar à diabetes, a distúrbios cardíacos e outras doenças, disseram pesquisadores dos EUA.

» Taxistas londrinos teriam 'GPS cerebral'
» Estudo mostra ato cerebral de lembrar
» Estudo mostra como o cérebro vê

O excesso de calorias parece ativar um acesso habitualmente adormecido do sistema imunológico, cujas células então atacam e destroem invasores inexistentes, segundo Dongsheng Cai e seus colegas da Universidade de Wisconsin-Madison, em artigo na revista Cell.

Isso pode explicar por que a obesidade provoca tantas doenças e ajudar a preveni-la. Estima-se que em 2007 havia pelo menos 1,8 bilhão de pessoas acima do peso no mundo. Medicamentos existentes contra a obesidade têm resultados limitados e fortes efeitos colaterais.

Em ratos, a equipe de Cai tentou explicar estudos que vincularam a obesidade a inflamações crônicas no corpo todo. Esta inflamação está presente em diversas doenças associadas à obesidade, como os problemas cardíacos e a diabete. Eles obtiveram um composto conhecido como IKKbeta/NK-kappaB. Células imunológicas, como os macrófagos e leucócitos, usam essa substância, mas os cientistas a localizaram no hipotálamo, uma parte do cérebro que está associada ao metabolismo.

"O hipotálamo é a 'sede' da regulação energética", escreveram eles no artigo. Normalmente, mesmo em alta concentração no hipotálamo, o IKKbeta/NK-kappaB, permanecia inativo, o que mudava quando os ratos recebiam uma dieta rica em gorduras. Nessas situações, o organismo ignorava os sinais da leptina, um hormônio ligado à regulação do apetite, e da insulina, que ajuda a transformar o alimento em energia.

Estimular o IKKbeta/NK-kappaB fez os ratos comerem mais, e suprimi-lo fez os ratos comerem menos. Cai acredita ter encontrado um "interruptor" para doenças provocadas pelo excesso de alimentação. "O IKKb/NF-kB do hipotálamo pode sustentar toda a família de doenças modernas induzidas pela supernutrição e a obesidade", escreveu o grupo.

Cai não sabe por que esse composto estaria no cérebro e no sistema imunológico, mas suspeita que seja resultado de uma evolução muito antiga em animais primitivos, desprovidos do sistema imunológico sofisticado dos animais modernos, como ratos e humanos.

"Presumivelmente, ele teve algum papel em guiar a defesa imunológica", disse Cai por telefone. "Na sociedade de hoje em dia, este acesso está mobilizado por um desafio ambiental diferente - a supernutrição."

Desativando um gene por meio da engenharia genética, os ratos comiam normalmente, sem se tornarem obesos. Isso é impossível em pessoas, mas Cai acha possível que surja uma droga ou mesmo uma terapia genética (quando um vírus ou outro vetor leva um DNA corretor para o organismo, um tipo de tratamento ainda muito experimental).

Reuters

http://noticias.terra.com.br/ciencia/interna/0,,OI3228643-EI298,00-Estudo+excesso+de+calorias+deixa+cerebro+em+parafuso.html

Os Papas. São Lino


A Igreja Católica Apostólica Romana identifica São Lino como o segundo Papa, seguindo ao apóstolo São Pedro. Tertuliano indica São Clemente I como o sucessor de Pedro. No entanto, todos os outros autores são unânimes ao referir Lino como o segundo bispo de Roma, ainda que varie muito a data apontada para o início do seu pontificado. Muitas fontes indicam a data de 67, enquanto que Eusébio de Cesareia indica 69, a Enciclopédia Católica refere 64, o Liber Pontificalis sugere 56 e o Catálogo liberiano refere 55. A discrepância pode ser explicada pelo facto de Lino poder já ter sido ajudante de Pedro durante a vida deste - o que pode levar alguns autores a anteciparem-se. Foi Papa de onze a quinze anos. O "Catálogo liberiano" indica uma duração de pontificado de 12 anos , 4 meses e doze dias.

Pouco se sabe sobre a sua vida. Supostamente, terá nascido em Volterra na Toscânia. De acordo com o enciclopedista Zedler, a sua mãe chamava-se Cláudia, e o seu pai Herculeanus. Todos os textos que antes eram atribuídos a Lino são hoje considerados apócrifos e com uma grande dose de ficção. O decreto (que persistiu durante muito tempo) que obrigava as mulheres a cobrirem a cabeça no templo terá sido da sua autoria (baseado em São Paulo). Entre os textos apócrifos atribuídos a Lino está um relato sobre a morte dos apóstolos Pedro e Paulo - hoje é unânime a opinião de que não são da sua autoria (terá sido escrito no século VI).

As fontes também não concordam quanto à data da sua morte. Muitos sugerem que terá morrido em 79, enquanto que o Liber Pontificalis propõe 67; Zedler, 78 e Eusébio de Cesareia 81. Muitas fontes — especialmente o Liber Pontificalis (Santo Ireneu não o faz) — referem que morreu como mártir. Não havia, no entanto perseguições na altura da morte de Lino, o que torna o martírio improvável. O seu dia é comemorado, não obstante, a 23 de Setembro - o dia desse suposto martírio segundo o Liber Pontificalis. A mesma obra defende que Lino foi enterrado na Colina do Vaticano. No século VII foi encontrada uma inscrição junto ao confessionário de São Pedro que, cria-se, continha o nome de Lino. Parece ser, no entanto, certo que que este epitáfio terá sido lido de forma incompleta ou incorrecta.

http://www.jornallivre.com.br/203337/tudo-sobre-papa-lino.html

sábado, 18 de outubro de 2008

Meditando. Acabar com eles


Qualquer abuso de qualquer ditadura ou qualquer desmando do poder ou de quem nele está, ou dele se serve, deve ser de imediato combatido.
Nem que para isso seja necessária uma guerra. Porque agora, nesta guerra repentina, seremos poucos a sucumbir mas, se os deixarmos governar eternamente as vitimas serão milhões… incontáveis.

Não acredito, nunca acreditarei, nunca confiarei em generais analfabetos.

Gil Gonçalves

Sem consentir, tornei-me escrava do Senhor


Tudo que os humanos fazem tem defeitos. E o número da besta é 8164.
A maneira mais fácil de enganar, de viver num mundo de ilusões, é prometer às pessoas… oferecer-lhes a liberdade e a felicidade. Mas, tudo não passa de grosseiras mentiras. Ninguém é capaz de oferecer a liberdade e a felicidade a outro qualquer.

O segredo do enriquecimento é facílimo. Basta deixar os trabalhadores três, seis meses, um ano, anos sem vencimentos.
Já adquiri a certeza de que a utilidade mais saliente das igrejas, é fazerem barulho, importunarem impunemente os espíritos sedentos com o troar do vozearão interminável nas mentes sãs, que não têm direito ao descanso Divino.

Quando um regime impõe a corrupção, e a única coisa que funciona é um palácio presidencial, que valor tem os acordos, convenções e relações internacionais?!
Inventou-se a democracia, para destruir tudo com liberdade.



Estarei sempre a pairar na magia das nossas montanhas
Renovarei os Caminhos e lá nos encontraremos
Com, ou sem as feridas das rochas invectivadas
Onde os caminhos são difíceis de encontrar
Mas, lá encontrarei o amor
E dançarei ao som do vento

Apesar de abandonada, do meu paraíso afastada
Era abastada, agora na miséria fechada
Os humanos são a nossa perdição
Leves, fabricados sem peso, como o desonesto pão

Sou Negra, porque as naus eram Brancas
Apresentaram-me nos círculos, dos circos das Ocidentais praias
Como mulher elefante, elegante
Os missionários deram-me boas lições, nas missões
Obediente, submissa e temente a Deus
Sem consentir, tornei-me escrava do Senhor
E serva de muitos senhores

Gil Gonçalves

Angola, a outra invasão silenciosa (FIM)


cns.pt » oportunidades de carreira Angola » Formulário de candidatura


A CNS agradece, desde já, o seu interesse no nosso Formulário de Candidatura. Áreas de candidatura. Assinale por favor todas as áreas a que se candidata:
Arquitectura
Urbanismo
Engª Biofísica. Engª Civil – Sanitária. Engª Civil – Hidráulica. Engª Civil – Vias de Comunicação. Engª Civil – Dimensionamento de Sistemas Estruturais. Engª Geográfica. Engª Electrotécnica – Projectos Alta e Baixa Tensão

Dados Pessoais
Nome completo: (Max. 80 chrs.). Morada: (Max. 250 chrs.) Cód.Postal: (Max. 20 chrs.) Telefone: (Max. 20 chrs.)
Telemóvel: (Max. 20 chrs.) email: País:
Data de nascimento:
Sexo: Masculino Feminino
Estado civil: Solteiro Casado Divorciado União de Facto
Tem carta de condução: Sim Não
Está consciente que esta oferta de emprego implica emigrar para Angola?
Sim Não
Está disponível para viver em Angola? Sim Não

Esta sua aposta profissional é encarada como provisória ou definitiva? Como vai ser a sua vida em Angola? Tem família? Pretende levar a família consigo? Pretende constituir família em Angola? Enfim, como encara o seu futuro em conjunção com esta perspectiva profissional? Por favor, teça alguns comentários.

(Max. 500 chrs.)

Razão pela qual se candidata: (Max. 300 chrs.)

Habilitações Académicas
Nível de escolaridade máximo que possue: 12º Ano Bacharelato Licenciatura Mestrado Doutoramento
Por favor preencha os dados referentes aos graus académicos relevantes que possui: (Max. 200 chrs.)

Outras Habilitações
Outras actividades; por exemplo, participação em conferências, congressos, seminários, etc. (Max. 200 chrs.)

Experiência Profissional
Por favor preencha os dados referentes à experiência profissional relevante que possue:
Período a organização (Max. 100 chrs.)
projectos em que participou (Max. 200 chrs.)

função desempenhada/responsabilidades (Max. 200 chrs.)
Período a organização (Max. 100 chrs.)
projectos em que participou (Max. 200 chrs.)

função desempenhada/responsabilidades (Max. 200 chrs.)
Período a organização (Max. 100 chars.)
projectos em que participou (Max. 200 chars.)

função desempenhada/responsabilidades (Max. 200 chars.)
Período a organização (Max. 100 chars.)
projectos em que participou (Max. 200 chars.)

função desempenhada/responsabilidades (Max. 200 chars.)

Pontos fortes; por exemplo, boa capacidade de comunicação, espírito de iniciativa, capacidade de organização, etc (Max. 200 chars.)

Possui experiência de ensino/formação, se sim qual? (Max. 200 chars.)

Possui curso de Formação Inicial de Formadores: Sim Não

Ano: Entidade: (Max. 40 chars.)

Assinale a sua disponibilidade
para iniciar a sua colaboração em Angola: Imediata 3 Meses 6 Meses 1 Ano

Assinale a sua preferência em termos de trabalho:
Educação/Formação (ensino secundário/superior) Consultoria/Estudos
Ambos
Identifique as áreas de trabalho/áreas científicas
em que pretende desenvolver a sua actividade: (Max. 200 chars.)

Condições remuneratórias pretendidas:
(Max. 200 chars.)
Escreva as questões que gostaria de ver respondidas
na próxima fase desta selecção: (Max. 200 chars.)

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