sábado, 4 de outubro de 2008

A Crise da economia mundial


Elucidativo para quem, não sendo da área, ainda não entendeu. Inclusive adolescentes.
Pois é, quem defendia que o deus mercado é auto-regulável agora... ...é só socializar o prejuízo!...


A CRISE DA ECONOMIA AMERICANA...Paul comprou um apartamento, no começo dos anos 90, por 300.000dólares financiado em 30 anos. Em 2006 o apartamento do Paul passou avaler 1,1 milhão de dólares. Aí, um banco perguntou pro Paul se elenão queria uma grana emprestada, algo como 800.000 dólares, dando seuapartamento como garantia. Ele aceitou o empréstimo, fez uma novahipoteca e pegou os 800.000 dólares.


Com os 800.000 dólares. Paul, vendo que imóveis não paravam devalorizar, comprou 3 casas em construção dando como entrada algo como400.000 dólares. A diferença, 400.000 dólares que Paul recebeu dobanco, ele se comprometeu: comprou carro novo (alemão) pra ele, deu umcarro (japonês) para cada filho e com o resto do dinheiro comprou tvde plasma de 63 polegadas, 43 notebooks, 1634 cuecas. Tudo financiado,tudo a crédito. A esposa do Paul, sentindo-se rica, sentou o dedo nocartão de crédito.

Em agosto de 2007 começaram a correr boatos que os preços dos imóveisestavam caindo. As casas que o Paul tinha dado entrada e estavam emconstrução caíram vertiginosamente de preço e não tinham maisliquidez...

O negócio era refinanciar a própria casa, usar o dinheiro para compraroutras casas e revender com lucro. Fácil....parecia fácil. Só que todomundo teve a mesma idéia ao mesmo tempo. As taxas que o Paul pagavacomeçaram a subir (as taxas eram pós fixadas) e o Paul percebeu queseu investimento em imóveis se transformara num desastre.Milhões tiveram a mesma idéia do Paul. Tinha casa pra vender como nunca.Paul foi agüentando as prestações da sua casa refinanciada, mais asdas 3 casas que ele comprou, como milhões de compatriotas, pararevender, mais as prestações dos carros, as das cuecas, dos notebooks,da tv de plasma e do cartão de crédito.
Aí as casas que o Paul comprou para revender ficaram prontas e eletinha que pagar uma grande parcela. Só que neste momento Paul achavaque já teria revendido as 3 casas mas, ou não havia compradores ou osque havia só pagariam um preço muito menor que o Paul havia pago. Paulse danou. Começou a não pagar aos bancos as hipotecas da casa que elemorava e das 3 casas que ele havia comprado como investimento. Osbancos ficaram sem receber de milhões de especuladores iguais a Paul.Paul optou pela sobrevivência da família e tentou renegociar com osbancos que não quiseram acordo. Paul entregou aos bancos as 3 casasque comprou como investimento perdendo tudo que tinha investido. Paulquebrou.

Ele e sua família pararam de consumir...Milhões de Pauls deixaram de pagar aos bancos os empréstimos quehaviam feito baseado nos preços dos imóveis. Os bancos haviamtransformado os empréstimos de milhões de Pauls em títulosnegociáveis. Esses títulos passaram a ser negociados com valor deface. Com a inadimplência dos Pauls esses títulos começaram a valer pó.Bilhões e bilhões em títulos passaram a nada valer e esses títulosestavam disseminados por todo o mercado, principalmente nos bancosamericanos, mas também em bancos europeus e asiáticos.Os imóveis eram as garantias dos empréstimos, mas esses empréstimosforam feitos baseados num preço de mercado desse imóvel... Preço quedespencou. Um empréstimo foi feito baseado num imóvel avaliado em500.000 dólares e de repente passou a valer 300.000 dólares e mesmopelos 300.000 não havia compradores.

Os preços dos imóveis eram uma bolha, um ciclo que não se sustentava,como os esquemas de pirâmide, especulação pura. A inadimplência dosmilhões de Pauls atingiu fortemente os bancos americanos que perderamcentenas de bilhões de dólares. A farra do crédito fácil um dia acaba.Acabou.

Com a inadimplência dos milhões de Pauls, os bancos pararam deemprestar por medo de não receber. Os Pauls pararam de consumir porquenão tinham crédito. Mesmo quem não devia dinheiro não conseguiacrédito nos bancos e quem tinha crédito não queria dinheiro emprestado.O medo de perder o emprego fez a economia travar. Recessão ésentimento, é medo. Mesmo quem pode, pára de consumir.O FED começou a trabalhar de forma árdua, reduzindo fortemente astaxas de juros e as taxas de empréstimo interbancários.


O FED tambémcomeçou a injetar bilhões de dólares no mercado, provendo liquidez. Ogoverno Bush lançou um plano de ajuda à economia sob forma dedevolução de parte do imposto de renda pago, visando incrementar oconsumo porém essas ações levam meses para surtir efeitos práticos.Essas ações foram corretas e, até agora não é possível afirmar que osEUA estão tecnicamente em recessão.

O FED trabalhava. O mercado ficava atento e as famílias esperançosas.Até que na semana passada o impensável aconteceu. O pior pesadelo parauma economia aconteceu: a crise bancária, correntistas correndo parasacar suas economias, boataria geral, pânico. Um dos grandes bancos daAmérica, o Bear Stearns, amanheceu, na segunda feira última, quebrado,insolvente.
No domingo o FED, de forma inédita, fez um empréstimo ao Bear, apoiadopelo JP Morgan Chase, para que o banco não quebrasse. Depois disso oBear foi vendido para o JP Morgan por 2 dólares por ação. Há um anoelas valiam 160 dólares.


Durante esta semana dezenas de boatosvoltaram a acontecer sobre quebra de bancos. A bola da vez seria oLehman Brothers, um bancão. O mercado e as pessoas seguem sem saber oque nos espera na próxima segunda-feira.
O que começou com o Paul hoje afeta o mundo inteiro. A coisa podeestar apenas começando. Só o tempo dirá.

CastilhoFinabank CCTVMtel :40834546castilho@finabank.com.brhttp://www.finabank.com.br/


E hoje, dia 15 de Setembro/2008, o Lehman Brothers pediu falencia,desempregando mais de 26 mil pessoas e provocando uma queda de mais de500 (quinhentos ) pontos no Indice Dow Jones, que mede o valorponderado das acoes das 30 maiores empresas negociadas na Bolsa deValores de New York - a maior queda em um unico dia, desde a quebra de1929 ...O dia de hoje, certamente, sera' lembrado para sempre na historia docapitalismo.

Imagem recebida por email. Americanos no Iraque

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