segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Os Banqueiros da Nossa Fome. (II)


17.09.2008 - 14h34 - kualker, Blabla
Qual brutal crescimento da população, qual brincadeiras com comida, o que se produz dá e sobra largamente para tornar obesa toda a população mundial, o assunto é outro. Por exemplo 85 000 000 000, só hoje na American Internacional Group (AIG), dados…para engordar meia dúzia, convenhamos que é comida que se farta, mais 135 000 000 000 ontem FED, BCE e Banco de Inglaterra, para espalhar por mais meia dúzia de Bancos, fora o resto que se deu nos últimos meses e aí têm a população mundial farta e anafada...por favor não digam disparates...morre-se de fome porque meia dúzia quer, não por questões exotéricas e filosóficas, por que se QUER é premeditado e nós os ditos Ocidentais, os tais do 1º mundo, vamos pagar caro, ai vamos muito caro, caríssimo este crime. (ponto)
In
Público última hora

Somos muito aguados, incompreensivelmente a água escasseia. Como os esfomeados revoltados queriam destruir o que construímos, carregamos-lhe com a polícia de choque e muita pancadaria levaram, e mais castigos lhes demos. Obrigamo-los a construírem grandes tanques de água para regarem as nossas fazendas. Com imenso exército de esfomeados, não nos dificultou o recontratar escravos e escravas, pois que os haviam em abundância.

E reproduziram-se muitos escravos e escravas que aproveitámos para guardarem as vacas e ovelhas que já lhes tínhamos perdido a conta. Nunca ninguém ousou enriquecer tanto como nós. E depositámos nos bancos estrangeiros o petróleo, diamantes, e as jóias das províncias. E especulámos tanto, tanto nos fundos de investimento, que a certa altura parecíamos os donos do Mundo. Contratámos cantores e cantoras forasteiros, pagos com barris petrolíferos, para delícia dos nossos ouvidos. E ficámos muito poderoso, e aumentámos muito mais as nossas riquezas.

Teimámos em manter a nossa milenar maldade. E tudo quanto quisemos conseguimos. Não privámos a nossa alma maldosa de trabalhos demoníacos. E esta foi a nossa maior alegria. E olhámos para todas as más obras que fizemos nas nossas vidas. E tudo era maldade, grande malvadez de espírito. E vimos que havia grande proveito para os que nos rodeavam. Então passámos à contemplação da maldade. Seguimos e imitámos todos os outros antes de nós. Faremos pior que eles. E isso deu-nos grande contentamento. Então vimos que a maldade governa o mundo, e que isto excede as trevas.

Os olhos do maldoso pairam em todo o lado. As trevas dos loucos acompanham-nos. Pelo que, dissemos nos nossos corações diabólicos. Porque procurámos mais a maldade? Então dissemos sem coração, que também isto não é novidade. Porque sempre haverá mais lembrança dos maldosos, que se sentem felizes em ver os que governam a morrerem de fome. E que no futuro total esquecimento haverá dos que não têm nada para comer. Pelo que abençoamos esta vida e tudo o que roubámos. E vimos que isto não nos foi trabalhoso. Porque nunca fizemos nada de útil.

Sentimo-nos muito alegres ao sabermos que depois de nós, não deixaremos nada. Destruiremos tudo para que os nossos seguidores não gozem o que nos pertenceu. Quem sabe se não serão daqueles pobres bondosos, que não gostam de riquezas? E que depois a distribuirá?! Isto é que é grande maldade. Olhámos para a maldade do nosso coração, e ele disse-nos: não dêem essa esperança a alguém que ficará com os vossos bens, em que não trabalhou debaixo do solo. Porque, um maldoso trabalha sem sabedoria e ciência. Também isto não é contrariedade. Porque, que restará a um homem que trabalhou honestamente durante a sua vida? E existe alguma grande fortuna ganha honestamente? Exceptuando as lotarias e quejandos claro! Porque, todos os dias, os que roubam os miseráveis esfomeados, o seu coração não descansa.

Não dormem, porque ocupados onde farão os próximos roubos. Também isto não é novidade. Não é mau para o homem que come e bebe, e que goza a sua alma do mau trabalho que fez!?. Tudo isto vem da mão do subprime. Quem pode comer ou gozar melhor do que nós? Quem quiser comer terá que roubar. Porém, a polícia espreita para disparar, porque quem tem fome, não tem direito a comer. Porque ao homem que é mau, dá o subprime maldade. Ao faminto dá-lhe o trabalho de procurar comida nos caixotes do lixo. Mas, isto vai ficar tão medonho, que dificilmente se recolherá comida nas lixeiras. Esperem que eles amontoem e armazenem para depois lhe tirarmos. Isto é o dom da eternidade.
Gil Gonçalves

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