E o nosso petróleo beberemos. Os nossos diamantes comeremos. Nas torres e condomínios, cagaremos. E aos nossos arcos, flechas e tangas voltaremos.
- Lwena!
- Diga!
- Querida, prepare-se, porque isto está a ficar tão mal, tão mal, que para sobrevivermos, iremos para um rio aí algures no Norte. Lá ancoraremos e construiremos a nossa casinha. Reviveremos as… Aventuras de Tarzan e Lwena.
- Ya! Vá você, não conte comigo!
Como é possível num país analfabeto existirem muitos, muitos doutores?!
E a seguir ao subprime, elabora-se outra conferência berlinense, e repartem-se as sobras despojadas da africana inclemência. Na África angolana não há viver, há sofrer.
Esta gente contenta-se com pouco, diz um português.
Com pouco?! Mas, eles já não têm nada. Esclarece outro português.
Olho encimada e vejo mais alto
Um céu, uma montanha que todos os dias
Quero alcançar
Depois sinto que ainda não sou capaz
Falta-me o equilíbrio, a harmonia da tolerância
Uma infinidade de carinhos. Como procurar
A equidade nos seres humanos e dificilmente a encontrar
Perversos na noite negra, cada vez mais escura
Saio do subdesenvolvimento construindo estádios de futebol
Um país faz-se com livros, com futebóis não
Um país de futebolistas, cheio de pés, vazio de cabeças
A bola é redonda, as mentes quadradas, obtusas
Encostam muralhas no meu cérebro para bloquear as suas funções
Injectam-me informação contrariada, para que me mova ao contrário
As explosões das granadas musicais, das festas, farras da surdez neurónica, patológica
Idiotas de mentes fechadas, que nunca se abrem
Carreguei e descarreguei muito sal para a Europa
Muita liberdade para alguns, pouca, insignificante para nenhuns
Que restou dos russos e cubanos, comunismo para mais alguns anos
Gil Gonçalves
- Lwena!
- Diga!
- Querida, prepare-se, porque isto está a ficar tão mal, tão mal, que para sobrevivermos, iremos para um rio aí algures no Norte. Lá ancoraremos e construiremos a nossa casinha. Reviveremos as… Aventuras de Tarzan e Lwena.
- Ya! Vá você, não conte comigo!
Como é possível num país analfabeto existirem muitos, muitos doutores?!
E a seguir ao subprime, elabora-se outra conferência berlinense, e repartem-se as sobras despojadas da africana inclemência. Na África angolana não há viver, há sofrer.
Esta gente contenta-se com pouco, diz um português.
Com pouco?! Mas, eles já não têm nada. Esclarece outro português.
Olho encimada e vejo mais alto
Um céu, uma montanha que todos os dias
Quero alcançar
Depois sinto que ainda não sou capaz
Falta-me o equilíbrio, a harmonia da tolerância
Uma infinidade de carinhos. Como procurar
A equidade nos seres humanos e dificilmente a encontrar
Perversos na noite negra, cada vez mais escura
Saio do subdesenvolvimento construindo estádios de futebol
Um país faz-se com livros, com futebóis não
Um país de futebolistas, cheio de pés, vazio de cabeças
A bola é redonda, as mentes quadradas, obtusas
Encostam muralhas no meu cérebro para bloquear as suas funções
Injectam-me informação contrariada, para que me mova ao contrário
As explosões das granadas musicais, das festas, farras da surdez neurónica, patológica
Idiotas de mentes fechadas, que nunca se abrem
Carreguei e descarreguei muito sal para a Europa
Muita liberdade para alguns, pouca, insignificante para nenhuns
Que restou dos russos e cubanos, comunismo para mais alguns anos
Gil Gonçalves
1 comentário:
Gil,
Pior, é venderem tudo em nome do povo.
Pelo que vemos, perderam o norte, estão sem direcção.
Já não sabem o que fazem.
Minha esperança é que mui breve:
Os ventos da História vão mudar.
E sem dó serão julgados,ainda que já cá não esteja para ver.
A justiça vai chegar.
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