terça-feira, 5 de outubro de 2010

Ameaça de piratas somalis cada vez mais próxima de Moçambique


O país vai defender a costa marítima com os recursos que dispõe

– diz o chefe do Estado-Maior General das FADM, Paulino Macaringue, em entrevista ao Canalmoz

Maputo (Canalmoz) – O chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM), Paulino Macaringue, assumiu a preocupação de Moçambique face às constantes ameaças dos piratas somalis à costa oriental da África, incluindo às águas dos países banhados pelo Oceano Índico, nomeadamente as águas territoriais moçambicanas.
Segundo a imprensa internacional, a Marinha de Guerra tanzaniana abortou três tentativas de ataques a embarcações envolvidas na pesquisa de petróleo naquele país vizinho. Os confrontos aconteceram, a semana passada, o último dos quais na terça-feira, 28 de Setembro, numa região junto à fronteira com a província de Cabo Delgado, a norte de Moçambique, denominada Mtwara.
O Canalmoz ouviu o chefe do Estado-Maior General sobre a capacidade das Forças Armadas de Defesa de Moçambique de fazerem face a esta ameaça às águas territoriais nacionais. Macaringue assumiu a existência da ameaça, mas recusou-se a particularizar a questão como se fosse um caso isolado, de Moçambique. Preferiu tratar o assunto como uma “ameaça regional” a todos os países “banhados pelo Oceano Índico”.
“A pirataria está a ser ameaça à navegabilidade dos países do Oceano Índico e Moçambique é banhado por este. Não se pode individualizar. Toda a região está a ser ameaçada”.
Quando questionámos o nosso interlocutor sobre acções multilaterais ou bilaterais que, eventualmente, estejam a ser desenvolvidas pelos países da costa oriental da África, visando precaver os estados da ameaça dos piratas, o general Macaringue disse: “estamos a cumprir com a nossa responsabilidade nas águas nacionais”.
“Se a Tanzania fez alguma acção é também a sua responsabilidade nas águas nacionais de Tanzania. O que há é coordenação e troca de informações, porque o mar não se compadece com as fronteiras, é preciso que a informação circule, para que sejam partilhadas as estratégias de actuação”, acrescentou o chefe do Estado-maior General das Forças Armadas de Defesa de Moçambique.
Quanto aos recursos humanos, materiais, tecnológicos, que Moçambique dispõe para o controlo da costa nacional contra a ameaça de piratas, o general Macaringue disse que “as Forças Armadas irão defender o país com os recursos que dispõem”.
“Até os Estados Unidos da América, que são a maior potência mundial, não têm os recursos necessários para fazer face ao tipo das ameaças actuais. Temos o que o país pode dar. Qualquer governo tem as forças armadas que o país pode sustentar. Neste momento, com aquilo que nós temos, fazemos e faremos o máximo para garantir a segurança nacional”, disse Paulino Macaringue em conclusão.

(Borges Nhamirre) 2010-10-05 06:43:00

2 comentários:

José Sousa disse...

Muito bem!
Adoro as suas postagens, e esta é uma delas!
Esta é mais uma forma de me manter informado sobre a terra que aprendi a amar. Boa continuação e conheça os meus Blogues em:

www.congulolundo.blogspot.com
www.angolaeseusfilhos.blogspot.com

Felicidades e um Abração

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