Luanda. Ontem, 15 de Outubro de 2010, movido talvez por um impulso misterioso, deu-me para escutar a Rádio Mais. Como o noticiário da BBC das 21.30 horas não demorava, faltavam dez minutos, aguardei.
A locutora de serviço da BBC falava do discurso do Presidente, Senhor, José Eduardo dos Santos, na sua pioneira intervenção na Assembleia Nacional, onde dissertou sobre o Estado da Nação. Fiquei muito surpreso, confesso que não queria acreditar, quando a locutora anuncia que Rafael Marques vai tecer comentários sobre os números apresentados pelo Presidente.
De repente, a emissão desaparece, talvez pela intromissão na frequência de algum disco voador. O silêncio inexplicável continuava. Surge um comentador qualquer com um tema a despropósito para entreter a audiência, mas do Rafael Marques nada. Acho que foi abduzido por algum extraterrestre.
Nem uma palavra se ouviu para justificar o corte de tão inóspita censura. Esta continua a ser a democracia do fingir. Quem nunca foi democrata, por mais vestes e disfarces que use, nunca o será. Não são pessoas que nos governam, são deuses.
Entretanto as forças progressistas da Frelimo desejam impor o tempo dos mastodontes, os campos da morte da reeducação.
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