sábado, 10 de março de 2012

Regime do MPLA mostra quem manda no país - Orlando Castro


Luanda - Filomeno Vieira Lopes, carismático dirigente do Bloco Democrático, foi hoje brutalmente espancado em Luanda pelos agentes do regime angolano que, por ordem de Eduardo dos Santos, impediram a realização de uma manifestação.

Fonte: altohama.blogspot.com

Quando o partido que governa Angola desde 11 de Novembro de 1975, que tem como seu líder carismático e presidente da República alguém que está no poder há 32 anos, sem ter sido eleito, sente necessidade de usar a razão da força é porque teme a força da razão. De facto, apesar da conivência internacional, a ditadura de Eduardo dos Santos está com os dias contados.

Tal como já fizera em Setembro do ano passado, o regime considera que a situação "inspira cuidados especiais". Diz o MPLA (ou seja o regime) que tal como a UNITA, Também o Bloco Democrático tem um plano para "derrubar o MPLA e o seu líder, José Eduardo dos Santos".


A primeira tentativa de concentração para a manifestação antigovernamental marcada para hoje em Luanda foi, de acordo com as regras da democracia do regime do MPLA, corrida à bastonada pela polícia.

Nada de novo, portanto. O regime de Eduardo dos Santos, presidente (não eleito e há 32 anos no poder) de um país que preside à CPLP, não está com meias medidas e mostra – sem preocupações – que a democracia e a liberdade são coisas de somenos importância.

“Tivemos que dispersar, porque logo que nos começámos a concentrar, a polícia, e civis que consideramos serem agentes à paisana, começaram a bater e a prender”, disse Adolfo Campos, um dos organizadores.

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