segunda-feira, 10 de março de 2014

Governador perde irmã em consequência dos assaltos em Luanda



Luanda – Apesar da refutação do crescimento da criminalidade no país, como alegam os principais responsáveis da Polícia Nacional, este fenômeno – praticado na maior parte das vezes por jovens, sem qualquer oportunidade do primeiro emprego – continua a deixar em luto milhares de famílias angolanas.

Fonte: Club-k.net

Há escassos dias (isto é no dia 25 de Fevereiro do corrente), uma irmã do governador provincial de Luanda, Bento Francisco Bento, de nome Adélia Bento perdeu a vida dias depois de ter sido baleada por dois meliantes que comboiavam a sua viatura numa motorizada. O facto teve lugar na rua António Barroso, localizada no distrito da Maianga, em Luanda.

A malograda fora baleada com um tiro no dia 13 do mesmo mês, quando saia do banco levantar dinheiro. Adélia morreu dias depois quando ainda recebia assistência medica medicamentosa na clínica Girassol, pertencente a petrolífera angolana.

O Club-K soube que antes de ser atingida no abdômen, a vítima teria correspondido a vontade dos meliantes, entregando a sua carteira onde continha valores monetário. Até ao momento, os efectivos da Direcção Provincial de Investigação Criminal (DPIC) continuam encalço dos autores do crime. Já Adélia Bento deixa viúvo e três filhos.

De realçar que recentemente o ministro da Defesa, Cândido Pereira dos Santos Van-Dúnem, augurou que a Polícia Nacional redobre os seus esforços na perspectiva de combater persistentemente a criminalidade que, "infelizmente, tem atingido níveis preocupantes".

Conquanto, em 2013, o director do Gabinete de Estudos, Informação e Análise da Polícia Nacional, comissário Arnaldo Manuel Carlos, alertou que os dados estatísticos referentes à criminalidade em Angola, apontavam uma tendência de aumento de crimes, resultante de factores de natureza económica e social.

A 21 de Fevereiro do corrente ano, sob a proposta dos partidos da oposição, a Assembleia Nacional debateu as causas e formas de prevenção do fenómeno da criminalidade no país. Durante a sessão o presidente daquele órgão, Fernando da Piedade Dias dos Santos, defendeu a necessidade de, o Estado criar medidas de carácter social que visem educar a sociedade sobre a necessidade de combater os crimes.

Os relatórios das comissões de especialidade da Assembleia Nacional referem que, em 2013, foram registados 41.022 crimes, contra 41.749 do ano anterior, o que equivale a uma diminuição em 1, 74 por cento. O relatório revela ainda que, em 2013, a incidência da criminalidade foi de 196,3 crimes por 100 habitantes.

Foram ainda detidos, em 2013, a nível do país 36.103 cidadãos, e as províncias que registaram o maior número de presos foram as do Bié, Benguela, Luanda, Lunda Norte, Moxico e Huambo. Os crimes de furto, ofensas corporais, homicídios voluntários, violações, posse de estupefacientes, ameaças, condução ilegal, roubo de viaturas e burlas foram os mais frequentes.

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