Luanda - O Movimento Revolucionário angolano convocou
para este sábado uma manifestação em protesto contra as agressões às
vendedeiras ambulantes, as conhecidas "zungueiras", por parte da
polícia.
* Coque Mukuta
Fonte: VOA
Fonte: VOA
É que, apesar das denúncias da Human Rights Watch, os
maus-tratos continuam.
O movimento integrado por jovens surgiu quando um cidadão anónimo marcou uma manifestação para dia 7 de Março de 2011, e, desde então, tem desenvolvido vários protestos contra a governação do presidente José Eduardo dos Santos.
Na sequência dessas iniciativas, dois activistas,
Alves Kamolingue e de Isaías Cassule, desapareceram e depois as autoridades
confirmaram a sua morte por homens da segurança do Estado.
Ainda no ano passado, a guarda presidencial atingiu
mortalmente o militante da Casa-CE Hibert Ganga, quando colava panfletos a
exigir informações sobre o paradeiro daqueles dois activistas.
Neste momento, e ainda na sequência da morte de
desaparecimento daqueles activistas, nove elementos ligados ao aparelho
governativo e à segurança do Estado encontram-se detidos e o antigo chefe dos
serviços secretos Sebastião Martins foi exonerado.
Este sábado os jovens voltam às ruas de Luanda para
manifestar contra as agressões que a polícia nacional tem infringido às
zungueiras, como disse à VOA um dos assinantes do memorando a ser entregue no
governo da província de Luanda, António Caquienze.
“As zungueiras são muito mal-tratadas e por isso este
sábado nós vamos manifestar para exigir ao governo que não bata mais as nossas
mães”, anunciou Caquienze.
A organização Human Rights Watch (HRW) condenou o
governo angolano pelas agressões contra as vendedeiras mas os maus-tratos
continuam.
“O governo tem de parar de bater nas zungueiras porque
se continuar nós podemos fechar as três entradas da cidade de Luanda”, disse
António Caquisse, membro do Movimento Revolucionário angolano sobre a
manifesta.
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