sexta-feira, 14 de março de 2014

O que se passa com intelectuais angolanos? Marcolino Moco



Rafael Marques devia estar morto se se vivesse numa ditadura em Angola? Palavras atribuídas ao professor Paulo Carvalho? Eu conheço o Paulo e já o aplaudi em tantas posições moderadas mas firmes em relação ao regime que nos rege, particularmente desde um pouco depois da morte do Dr. Jonas Savimbi. Embora as minhas críticas pessoais viessem um pouco antes disso. Afinal não podemos ser todos iguais, porque não pudemos ver os fenómenos da mesma maneira. Já há tempos senti em palavras atribuídas a Pepetela esta mesma sensação de recuo para quem escreveu o irónico mas real-maravilhoso "Jaime Bunda". Mas se o que se disse sobre a relativização da arbitrariedade cometida contra o miúdo "Nito Alves" for verdade ...na altura eu pus as mãos à cabeça. Agora é o Paulo? Se estas coisas não são desmentidas eu começo a acrescentar às minhas já antigas preocupações, novas preocupações. Vá lá nesta mesma altura um intelectual jovem ergue a sua voz em sentido contrário: chama-se Onjaki. Gente de gerações mais velhas, acredito que não fizemos tão mal como seres humanos que temos algum direito de termos errado num passado próximo ou longínquo que agora vamos todos nos decidir juntar à maldade eterna. Que lógica é essa no século XXI que justificaria a morte de um defensor da vida, com os seus equívocos como homem, é certo, como o Rafael Marques de Morais, mesmo num regime ditatorial de facto? Professor Paulo de Carvalho a banalizar assim a vida? Por enquanto prefiro não acreditar
Marcolino Moco. Facebook

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