eNYF: É difícil saber como a apresentar. Como se define?
Isabel dos Santos (IS): Para me definir começo por dizer que sou a Isabel, alguém que é definitivamente uma empreendedora. Acredito que temos de tomar a iniciativa e de encontrar as nossas próprias soluções.
Isabel dos Santos (IS): Para me definir começo por dizer que sou a Isabel, alguém que é definitivamente uma empreendedora. Acredito que temos de tomar a iniciativa e de encontrar as nossas próprias soluções.
http://portaldalideranca.sapo.pt/
NYF: Também é engenheira, executiva, defensora da sociedade e mãe. Como se sente ao ser a primeira mulher africana bilionária?
IS: Ser uma mulher e dedicar-me ao mundo dos negócios ou do investimento é um pouco desafiante. As mulheres, sejam de que continentes forem, sabem do que estou a falar. Nem todas as portas se abrem para si, não é habitual encontrar o mesmo tratamento e é possível que a ponham à prova. No entanto, se além de ser mulher ainda vem de África é duplamente desafiante. Se ainda por cima é jovem, não tem credibilidade aos olhos dos outros. É difícil mas penso que há uma nova tendência por todo o mundo. Se olhar para as várias economias vemos muitos jovens a começar empresas, a tomar iniciativas e a criar emprego. Acho que as mulheres africanas já lá estão, já chegaram, estamos cá.
NYF: Mas esta questão de ser a primeira mulher africana bilionária, qual a responsabilidade que isso lhe traz?
IS: Enquanto africanos temos a responsabilidade de transformar o potencial, porque toda a gente diz que somos um país potencialmente rico e que potencialmente podemos fazer determinadas coisas. Temos de facto a responsabilidade de transformar este potencial em oportunidades e em factos concretos. Essa é a principal responsabilidade. Depois claro, criar empregos e garantir que as pessoas têm acesso à educação. Enquanto mães temos de garantir que os nossos filhos têm acesso à educação, vão à escola, que são boas pessoas e com os valores certos. É sempre importante ter bons valores e ética no negócio.
NYF: Os jovens procuram sempre ter alguém como referencial, alguém que os inspire. Quem são os seus referenciais?
IS: O meu referencial seria alguém como a minha avó, uma mulher africana que vendia no mercado. Ela acordava extremamente cedo de manhã, garantia que os seus filhos estavam alimentados e que iam para a escola e só depois ia para o mercado vender fruta e vegetais para garantir que havia dinheiro para pagar os custos da sua casa. Como ela temos milhares, milhões dela em todo o continente. São uma força fantástica. São elas quem realmente intervêm na nossa economia.
TPA: Ter seguido engenharia foi influência por parte do seu pai, José Eduardo dos Santos?
IS: O meu pai foi a pessoa que me ensinou a ler e a escrever. É para mim uma grande fonte de inspiração. É um homem extraordinário, muito simples e inteligente. Acho que é hoje uma influencia para mim e para outros jovens angolanos. Sou hoje engenheira porque gosto de matemática, sempre adorei ciências, e segui um pouco as passadas dele, se bem que hoje a minha vida é diferente da dele, mas é sem dúvida um grande homem.
TPA: Quais as principais qualidades que atribui ao seu pai?
IS: Primeiro que tudo é uma pessoa muito paciente, extremamente calma e com uma grande capacidade de ouvir e que se preocupa muito com os outros.
NYF: A Isabel é muito discreta mas sei que está envolvida em áreas muito díspares, como nas telecomunicações, média, banca, entre tantas outras. O que nos pode dizer sobre o seu mundo em termos de negócio?
IS: Todos os negócios têm um começo e geralmente os bons negócios começam por ser pequenos. É preciso ter uma ideia, ser muito determinado e persistente, saber identificar as oportunidades certas. Muitas vezes estas vão acabar por não funcionar e vai ter simplesmente de conseguir prosseguir o seu caminho. Se viver num país como aquele em que tenho a sorte de viver, um país como Angola, onde o crescimento económico tem sido tremendo, em que temos tido um crescimento nos últimos anos de 10%, é possível que as pessoas passem da pobreza à classe média e daí para a classe alta. Angola oferece um excelente ambiente para quem queira começar um negócio.
NYF: Está a construir uma impressionante empresa nas telecomunicações, a Unitel. Como vê a expansão e crescimento das telecomunicações e das TIC em África?
IS: As pessoas discutem muito sobre os telemóveis mas penso que as coisas vão estar para além das telecomunicações móveis. Hoje fala-se da fibra, de como conseguirmos conectarmo-nos com extrema rapidez e de uma cidade para outra, porque precisamos dessa rapidez. Por isso mesmo penso que deveremos focar-nos para além da questão dos telemóveis, em especial na fibra e nas ligações de grande velocidade.
NYF: Como define o atual consumidor africano?
IS: Se olharmos com atenção, vemos que o padrão do consumo se modificou. São hoje as cidades quem mais contribui para o PIB, o que significa que deixámos de ser uma sociedade de base rural e com necessidades básicas para sermos uma sociedade de consumidores urbanos com necessidades mais sofisticadas. E isto é válido para toda a África. Se olharmos para as estatísticas demográficas, vemos que uma grande percentagem das pessoas vive nas áreas urbanas e tem necessidades específicas idênticas a qualquer pessoa que viva em qualquer cidade do mundo.
NYF: Partilha com o seu marido, Sindika Dokolo, uma grande paixão pela juventude. Tendo em conta os que são hoje os potenciais líderes do futuro, como poderão estes alcançar o sucesso?
IS: Enquanto jovens, a chave reside no conhecimento. Têm mesmo de aprender, de estudar e de obter um conhecimento muito específico, não um conhecimento geral sobre tudo, mas serem muito específicos e precisos apenas no fazer de uma coisa e fazerem-na extremamente bem. Ao conseguirem fazê-lo dessa forma, terão muitas oportunidades e conseguirão alcançar grande sucesso nas susa vidas profissionais.
TPA: As suas empresas dão emprego e formação a muitos jovens angolanos. Como carateriza os jovens angolanos e que conselhos gostaria de lhes deixar?
IS: O primeiro conselho que lhes dou é de que estudem. Depois de estudarem que arranjem um emprego, sendo que o primeiro emprego é onde irão aprender muita coisa. Com este também poderão criar uma pequena poupança. Assim que tenham uma poupança e uma ideia, precisam de ver se essa ideia já existe. Existindo há que ver se conseguem fazer melhor. Se for o caso devem então ir e empreender, mas o segredo reside em ter uma equipa. Se resolverem fazer alguma coisa têm de ter uma equipa, porque é a equipa que trabalha conjuntamente que cria as grandes empresas, não são as pessoas de uma forma individual.
NYF: O que a faz continuar? Quando se é rico e se tem dinheiro para poder parar e fazer apenas aquilo que se gosta, como é no seu caso a arte e a cultura, o que a faz continuar a trabalhar arduamente todos os dias?
IS: Não me preocupo demasiado com clichés. Tem de se continuar a fazer o que se faz. Se se gosta de trabalhar, trabalha-se. Se se gosta de estar com os filhos, está-se com os filhos. Basicamente tudo se resume a orientar a sua vida pelos seus princípios e valores e a retribuir à sociedade. Há que estar presente e envolver-se, garantido que, onde quer que se viva, se contribui para que esse local se torna num espaço melhor.
NYF: Quanto tempo pensa que demorará a reconstruir totalmente Angola ao nível das infraestruturas?
IS: Trata-se de uma questão que tem vindo a desafiar quer o governo quer a comunidade empresarial e, sem sombra de dúvida, todos os angolanos, porque todos queremos ver as estradas, os portos e os aeroportos concluídos. A boa notícia é que Angola desde 2002 que tem vindo a investir e a desenvolver projetos gigantescos ao nível das infraestruturas. Construímos portos, aeroportos, milhares de quilómetros de estradas, pelo que penso que será mais cedo do que pensamos. Penso que estamos no caminho certo e que muito já está feito.
NYF: Pode Angola contribuir para uma crescente paz e estabilidade noutros países africanos e pretende Angola ser mais ativa de futuro ao nível do continente?
IS: Angola tem tido estabilidade, segurança e paz, e estes três fatores têm contribuído para o crescimento económico, que por sua vez se tem traduzido num aumento das infraestruturas, num integrar das pessoas e num providenciar de novas oportunidades de negócio. Há hoje muitos investidores e líderes empresariais angolanos que procuram outras zonas de África para investir, pelo que acredito que virá a ser no futuro um crescimento e um investimento comum entre várias zonas de África.
NYF: Se eu quisesse investir em Angola, qual o conselho que me daria? Em que áreas me aconselharia a investir e que caminhos seguir para o fazer?
IS: Trata-se de um país com imenso potencial e oportunidades que vão desde a atividade mineira à pesca, da tecnologia à indústria farmacêutica. Temos também um ambiente muito favorável ao investimento, com benefícios fiscais para quem investe no país, apoio e aconselhamento bancário a investidores estrageiros, com todas as grandes consultoras internacionais a operarem no país e com grandes conhecimentos sobre a forma de trabalhar e a realidade de Angola e que poderão guiar o investimento.
TPA: Quais as situações que recorda especialmente na sua vida com o seu pai, José Eduardo dos Santos?
IS: É sempre difícil escolhermos quais os momentos mais importantes da nossa vida. Todos temos os nossos marcos de referência, como o primeiro dia em que fomos à escola. Lembro-me desse dia. O meu pai era Ministro das Relações com o Exterior, que na época se chamava Negócios Estrangeiros. Ele levou-me à escola, deixou-me lá e tive de ficar à espera até me ir buscar. Como esse houve outros, como no acompanhar de todos os seus passos políticos. Ele foi o homem que conquistou a paz para Angola, para todos nós, e isso como família foi muito importante. Todos nós sentimos muito orgulho nisso.
TPA: O seu nome não é Isabel só por ser. Existe um motivo para se chamar assim. Quer partilhá-lo?
IS: O meu pai nasceu no São Paulo, onde vivia a minha avó Jacinta com o meu avô Eduardo. A sua primeira filha chamava-se Isabel. A minha avó saía muito cedo para ir trabalhar e quem tomava conta do meu pai era a minha tia Isabel. Por este respeito, carinho e orgulho que teve na sua irmã mais velha deu-me o mesmo nome dela.
Fontes: New York Forum Africa; TPA n
NYF: Também é engenheira, executiva, defensora da sociedade e mãe. Como se sente ao ser a primeira mulher africana bilionária?
IS: Ser uma mulher e dedicar-me ao mundo dos negócios ou do investimento é um pouco desafiante. As mulheres, sejam de que continentes forem, sabem do que estou a falar. Nem todas as portas se abrem para si, não é habitual encontrar o mesmo tratamento e é possível que a ponham à prova. No entanto, se além de ser mulher ainda vem de África é duplamente desafiante. Se ainda por cima é jovem, não tem credibilidade aos olhos dos outros. É difícil mas penso que há uma nova tendência por todo o mundo. Se olhar para as várias economias vemos muitos jovens a começar empresas, a tomar iniciativas e a criar emprego. Acho que as mulheres africanas já lá estão, já chegaram, estamos cá.
NYF: Mas esta questão de ser a primeira mulher africana bilionária, qual a responsabilidade que isso lhe traz?
IS: Enquanto africanos temos a responsabilidade de transformar o potencial, porque toda a gente diz que somos um país potencialmente rico e que potencialmente podemos fazer determinadas coisas. Temos de facto a responsabilidade de transformar este potencial em oportunidades e em factos concretos. Essa é a principal responsabilidade. Depois claro, criar empregos e garantir que as pessoas têm acesso à educação. Enquanto mães temos de garantir que os nossos filhos têm acesso à educação, vão à escola, que são boas pessoas e com os valores certos. É sempre importante ter bons valores e ética no negócio.
NYF: Os jovens procuram sempre ter alguém como referencial, alguém que os inspire. Quem são os seus referenciais?
IS: O meu referencial seria alguém como a minha avó, uma mulher africana que vendia no mercado. Ela acordava extremamente cedo de manhã, garantia que os seus filhos estavam alimentados e que iam para a escola e só depois ia para o mercado vender fruta e vegetais para garantir que havia dinheiro para pagar os custos da sua casa. Como ela temos milhares, milhões dela em todo o continente. São uma força fantástica. São elas quem realmente intervêm na nossa economia.
TPA: Ter seguido engenharia foi influência por parte do seu pai, José Eduardo dos Santos?
IS: O meu pai foi a pessoa que me ensinou a ler e a escrever. É para mim uma grande fonte de inspiração. É um homem extraordinário, muito simples e inteligente. Acho que é hoje uma influencia para mim e para outros jovens angolanos. Sou hoje engenheira porque gosto de matemática, sempre adorei ciências, e segui um pouco as passadas dele, se bem que hoje a minha vida é diferente da dele, mas é sem dúvida um grande homem.
TPA: Quais as principais qualidades que atribui ao seu pai?
IS: Primeiro que tudo é uma pessoa muito paciente, extremamente calma e com uma grande capacidade de ouvir e que se preocupa muito com os outros.
NYF: A Isabel é muito discreta mas sei que está envolvida em áreas muito díspares, como nas telecomunicações, média, banca, entre tantas outras. O que nos pode dizer sobre o seu mundo em termos de negócio?
IS: Todos os negócios têm um começo e geralmente os bons negócios começam por ser pequenos. É preciso ter uma ideia, ser muito determinado e persistente, saber identificar as oportunidades certas. Muitas vezes estas vão acabar por não funcionar e vai ter simplesmente de conseguir prosseguir o seu caminho. Se viver num país como aquele em que tenho a sorte de viver, um país como Angola, onde o crescimento económico tem sido tremendo, em que temos tido um crescimento nos últimos anos de 10%, é possível que as pessoas passem da pobreza à classe média e daí para a classe alta. Angola oferece um excelente ambiente para quem queira começar um negócio.
NYF: Está a construir uma impressionante empresa nas telecomunicações, a Unitel. Como vê a expansão e crescimento das telecomunicações e das TIC em África?
IS: As pessoas discutem muito sobre os telemóveis mas penso que as coisas vão estar para além das telecomunicações móveis. Hoje fala-se da fibra, de como conseguirmos conectarmo-nos com extrema rapidez e de uma cidade para outra, porque precisamos dessa rapidez. Por isso mesmo penso que deveremos focar-nos para além da questão dos telemóveis, em especial na fibra e nas ligações de grande velocidade.
NYF: Como define o atual consumidor africano?
IS: Se olharmos com atenção, vemos que o padrão do consumo se modificou. São hoje as cidades quem mais contribui para o PIB, o que significa que deixámos de ser uma sociedade de base rural e com necessidades básicas para sermos uma sociedade de consumidores urbanos com necessidades mais sofisticadas. E isto é válido para toda a África. Se olharmos para as estatísticas demográficas, vemos que uma grande percentagem das pessoas vive nas áreas urbanas e tem necessidades específicas idênticas a qualquer pessoa que viva em qualquer cidade do mundo.
NYF: Partilha com o seu marido, Sindika Dokolo, uma grande paixão pela juventude. Tendo em conta os que são hoje os potenciais líderes do futuro, como poderão estes alcançar o sucesso?
IS: Enquanto jovens, a chave reside no conhecimento. Têm mesmo de aprender, de estudar e de obter um conhecimento muito específico, não um conhecimento geral sobre tudo, mas serem muito específicos e precisos apenas no fazer de uma coisa e fazerem-na extremamente bem. Ao conseguirem fazê-lo dessa forma, terão muitas oportunidades e conseguirão alcançar grande sucesso nas susa vidas profissionais.
TPA: As suas empresas dão emprego e formação a muitos jovens angolanos. Como carateriza os jovens angolanos e que conselhos gostaria de lhes deixar?
IS: O primeiro conselho que lhes dou é de que estudem. Depois de estudarem que arranjem um emprego, sendo que o primeiro emprego é onde irão aprender muita coisa. Com este também poderão criar uma pequena poupança. Assim que tenham uma poupança e uma ideia, precisam de ver se essa ideia já existe. Existindo há que ver se conseguem fazer melhor. Se for o caso devem então ir e empreender, mas o segredo reside em ter uma equipa. Se resolverem fazer alguma coisa têm de ter uma equipa, porque é a equipa que trabalha conjuntamente que cria as grandes empresas, não são as pessoas de uma forma individual.
NYF: O que a faz continuar? Quando se é rico e se tem dinheiro para poder parar e fazer apenas aquilo que se gosta, como é no seu caso a arte e a cultura, o que a faz continuar a trabalhar arduamente todos os dias?
IS: Não me preocupo demasiado com clichés. Tem de se continuar a fazer o que se faz. Se se gosta de trabalhar, trabalha-se. Se se gosta de estar com os filhos, está-se com os filhos. Basicamente tudo se resume a orientar a sua vida pelos seus princípios e valores e a retribuir à sociedade. Há que estar presente e envolver-se, garantido que, onde quer que se viva, se contribui para que esse local se torna num espaço melhor.
NYF: Quanto tempo pensa que demorará a reconstruir totalmente Angola ao nível das infraestruturas?
IS: Trata-se de uma questão que tem vindo a desafiar quer o governo quer a comunidade empresarial e, sem sombra de dúvida, todos os angolanos, porque todos queremos ver as estradas, os portos e os aeroportos concluídos. A boa notícia é que Angola desde 2002 que tem vindo a investir e a desenvolver projetos gigantescos ao nível das infraestruturas. Construímos portos, aeroportos, milhares de quilómetros de estradas, pelo que penso que será mais cedo do que pensamos. Penso que estamos no caminho certo e que muito já está feito.
NYF: Pode Angola contribuir para uma crescente paz e estabilidade noutros países africanos e pretende Angola ser mais ativa de futuro ao nível do continente?
IS: Angola tem tido estabilidade, segurança e paz, e estes três fatores têm contribuído para o crescimento económico, que por sua vez se tem traduzido num aumento das infraestruturas, num integrar das pessoas e num providenciar de novas oportunidades de negócio. Há hoje muitos investidores e líderes empresariais angolanos que procuram outras zonas de África para investir, pelo que acredito que virá a ser no futuro um crescimento e um investimento comum entre várias zonas de África.
NYF: Se eu quisesse investir em Angola, qual o conselho que me daria? Em que áreas me aconselharia a investir e que caminhos seguir para o fazer?
IS: Trata-se de um país com imenso potencial e oportunidades que vão desde a atividade mineira à pesca, da tecnologia à indústria farmacêutica. Temos também um ambiente muito favorável ao investimento, com benefícios fiscais para quem investe no país, apoio e aconselhamento bancário a investidores estrageiros, com todas as grandes consultoras internacionais a operarem no país e com grandes conhecimentos sobre a forma de trabalhar e a realidade de Angola e que poderão guiar o investimento.
TPA: Quais as situações que recorda especialmente na sua vida com o seu pai, José Eduardo dos Santos?
IS: É sempre difícil escolhermos quais os momentos mais importantes da nossa vida. Todos temos os nossos marcos de referência, como o primeiro dia em que fomos à escola. Lembro-me desse dia. O meu pai era Ministro das Relações com o Exterior, que na época se chamava Negócios Estrangeiros. Ele levou-me à escola, deixou-me lá e tive de ficar à espera até me ir buscar. Como esse houve outros, como no acompanhar de todos os seus passos políticos. Ele foi o homem que conquistou a paz para Angola, para todos nós, e isso como família foi muito importante. Todos nós sentimos muito orgulho nisso.
TPA: O seu nome não é Isabel só por ser. Existe um motivo para se chamar assim. Quer partilhá-lo?
IS: O meu pai nasceu no São Paulo, onde vivia a minha avó Jacinta com o meu avô Eduardo. A sua primeira filha chamava-se Isabel. A minha avó saía muito cedo para ir trabalhar e quem tomava conta do meu pai era a minha tia Isabel. Por este respeito, carinho e orgulho que teve na sua irmã mais velha deu-me o mesmo nome dela.
Fontes: New York Forum Africa; TPA n
Isabel dos Santos nasceu em Bacu, RSS do Azerbaijão, em
1973. Empresária angolana, considerada a mulher mais rica e poderosa de África
segundo a revista Forbes, a sua fortuna alcançou a marca dos mil milhões de
dólares no início de 2013, passando a três mil milhões de dólares, em menos de
um ano. Filha do presidente angolano José Eduardo dos Santos e da sua primeira
esposa, Tatiana Kukanova, de origem russa, na altura cidadã soviética e antiga
campeã de xadrez, Isabel dos Santos estudou engenharia elétrica no King's
College de Londres.
Começou as suas atividades na capital de Angola, Luanda, no início de 1990, e trabalhou na qualidade de engenheira gestora de projeto na empresa Urbana 2000, pertencente ao grupo Jembas. Na Ilha de Luanda, abriu em 1997, aos 24 anos, o Miami Beach Club, um dos primeiros clubes da noite na capital. Os negócios de Isabel dos Santos cresceram rapidamente, participando em várias holdings adquirindo propriedades e participações de empresas em Angola e no estrangeiro, nomeadamente em Portugal. A partir de 2008 Isabel dos Santos começou a investir em áreas como as da hotelaria, petróleo, diamantes, bancos e telecomunicações. Com a empresa angolana Condis, Isabel dos Santos fechou um acordo de parceira em Abril de 2011 com a portuguesa Sonae para o desenvolvimento conjunto de uma operação de exploração da atividade de retalho em Angola sob a insígnia Continente. É investidora na Ciminvest SA, uma companhia que detém participação na companhia angolana de cimento Nova Cimangola e é presidente da Cruz Vermelha de Angola .
Em Portugal, detém importantes participações, nomeadamente através da Santoro Finance no Banco Português de Investimento e Banco BIC Português e a cujo Conselho de Administração pertence, bem como noutras empresas, nomeadamente a Galp Energia e a ZON OPTIMUS, através da Unitel International Holdings e Esperanza Holding.as ligações de grande velocidade".
Começou as suas atividades na capital de Angola, Luanda, no início de 1990, e trabalhou na qualidade de engenheira gestora de projeto na empresa Urbana 2000, pertencente ao grupo Jembas. Na Ilha de Luanda, abriu em 1997, aos 24 anos, o Miami Beach Club, um dos primeiros clubes da noite na capital. Os negócios de Isabel dos Santos cresceram rapidamente, participando em várias holdings adquirindo propriedades e participações de empresas em Angola e no estrangeiro, nomeadamente em Portugal. A partir de 2008 Isabel dos Santos começou a investir em áreas como as da hotelaria, petróleo, diamantes, bancos e telecomunicações. Com a empresa angolana Condis, Isabel dos Santos fechou um acordo de parceira em Abril de 2011 com a portuguesa Sonae para o desenvolvimento conjunto de uma operação de exploração da atividade de retalho em Angola sob a insígnia Continente. É investidora na Ciminvest SA, uma companhia que detém participação na companhia angolana de cimento Nova Cimangola e é presidente da Cruz Vermelha de Angola .
Em Portugal, detém importantes participações, nomeadamente através da Santoro Finance no Banco Português de Investimento e Banco BIC Português e a cujo Conselho de Administração pertence, bem como noutras empresas, nomeadamente a Galp Energia e a ZON OPTIMUS, através da Unitel International Holdings e Esperanza Holding.as ligações de grande velocidade".
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