Pretória (Canalmoz) – Os efeitos da crise financeira mundial, que afectaram Angola a partir de 2009, reduziram a taxa média de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) angolano de 17%, em 2008, para 2% a 3% entre 2009 e 2011, afirmou o ministro da Economia, Abraão Pio Gourgel.
Citado pela agência noticiosa angolana Angop, o ministro disse que tal situação ocorreu, apesar dos estímulos do governo às actividades económicas, devido à dependência que o país tem do sector petrolífero, que contribui com 45 a 50% do PIB, e cujas receitas representam mais de 75% das receitas fiscais do Estado e 98% das exportações totais.
Abraão Gourgel, que avançou estes dados por ocasião das II jornadas técnico-científicas da Faculdade de Economia da Universidade Agostinho Neto, referiu que os países emergentes, cujo crescimento depende fundamentalmente de factores internos, mostraram grande capacidade de superar os efeitos da crise que abalou as economias desenvolvidas, porque as suas políticas anti-cíclicas actuam sobre a quase totalidade das suas estruturas produtivas.
Ao fazer uma abordagem em torno do “Impacto da diversificação da economia”, o ministro sublinhou que constituem os eixos principais do ciclo do crescimento do PIB, o acréscimo de competitividade das empresas e a economia angolana, o reforço da formação dos recurso humanos, assim como a criação de empregos.
Ainda sobre o sector petrolífero e a crise económica mundial, Abraão Gourgel realçou que a concentração da economia angolana no petróleo inibe o aproveitamento das demais potencialidades da economia, que poderiam ser dinamizadas com a utilização mais intensiva dos demais recursos naturais do país, como agricultura, energia, exploração mineira, construção e obras públicas, comércio interno e das diversas actividades do sector de serviços. (Redacção / macauhub)
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