quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Os nacionalistas das contas bancárias


David Mendes desafia José Eduardo dos Santos a processá-lo
Luanda - O líder do Partido Popular (PP), David Mendes, desafiou José Eduardo dos Santos a processá-lo judicialmente por difamação, caso entenda que é falsa a revelação sobre uma conta bancária com 37 milhões de dólares, no Panamá, que diz pertencer ao Presidente da República.

Fonte: VOA
Num panfleto que circula em Angola, o Partido Popular, dirigido por Mendes, afirma que "o Banque Internationale du Luxemburg, em documento assinada pelos seus directores A. Roelants, J. Rieter e J. Bodoni declara que o beneficiário e dono da Panamarian Company “Camparal Inc.” com as contas bancárias números 275748 e 275903 é o Sr. José Eduardo dos Santos – Luanda , Angola" -- lê-se no panfleto.

Adianta que: "a Policia Francesa confirma que a COMPARAL de José Eduardo dos Santos é representada pelo senhor Elísio de Figueiredo. E que na conta da CAMPARAL (de Eduardo dos Santos) tinha USD 37.112.567,46."

Revela, ainda, que a empresa petrolídera angolana, Sonangol, transferiu 700 milhões de dólares para contas de angolanos influentes, cujos nomes promete revelar em breve.

Numa entrevista à Voz da América (VOA) David Mendes afirma ter documentos para sustentar estas revelações, mas não quis dizer onde os obteve "para não por em causa" as suas fontes.

Adianta, todavia, que como advogado está certo da veracidade dos documentos: "Não trazia a público coisas sem sustentação", disse Mendes à VOA.

Insiste que não está a fazer uma afirmação leviana e que tem em seu poder provas de "toda a triangulação financeira".

Por outro lado, desafia o Presidente da República a processá-lo: "Se José Eduardo dos Santos vier a público dizer que não é verdade, vamos exigir que faça uma queixa por difamação e queremos que a procuradoria investigue", sublinha Mendes garantindo estar na posse de documentos que provam o que diz.

O presidente do PP, diz ter recebido ameaças "e pessoas da minha familia também", assim como o secretário do seu partido em Benguela, ao passo que o secretário no Moxico foi preso.

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