Lisboa - O novo Director-Geral da Emissora Católica de Angola “Ecclesia”, Padre Quintino Kandandji censurou esta segunda-feira, 19, duas noticias do Magazine da Radio Diocesana de Benguela, um espaço de informação generalista produzido pela Radio Diocesana de Benguela que passa , todas as segundas, entre às 9 e 10 horas naquela estação emissora.
Fonte: Club-k.net
Padres cada vez mais próximos ao regime
A primeira noticia fazia referencia ao espaço cívico "QUINTAS DE DEBATE" promovido pela Organização Não Governamental OMUNGA, que versou sobre o tema “A intolerância política em Angola e suas implicações”, que teve como orador, o docente universitário e político, Nelson Pestana “Bonavena”.
Durante a prelecção, o político do Bloco Democrático, teceu duras criticas ao regime do MPLA, sobretudo ao seu líder. Para Nelson Pestana “Bonavena”, José Eduardo do Santos exerce o poder sem legitimidade durante 32 anos, por isso, não devia tomar decisões que possam interferir directamente na vida política e social e económica de Angola.
“O que mais me preocupou foi o facto do tribunal supremo dizer que durante esse tempo todo não houve poder, e que José Eduardo dos Santos não é poder. Como não é puder?” questionou o político, para mais adiante afirmar, “Ele José Eduardo dos Santos, dispõem do nosso petróleo, dispõem das nossas vidas; faz leis, obriga-nos ao cumprimento delas como não é puder? Porque a lei constitucional a de 92 dizia que qualquer angolano legitimamente eleito só poderia ficar 15 anos, como é que um angolano que nunca foi eleito, pode ficar mais que 15 anos? Assim ele nunca organiza eleições” opinou “Bonavena.”
Já a segunda noticia fazia referencia ao acto político provincial para saudar os 46 anos da fundação da UNITA, orientado pelo antigo Secretário-Geral e deputado Abílio Kamalata Numa, ocorrido sábado, 17 na sede do município do Cubal. No discurso, Kamalata Numa acusou, o Presidente da Republica, José Eduardo dos Santos de ter contratado mercenários com propósitos de repelirem as manifestações anti-governamentais. Como prova, o político do maior partido na oposição citou os incidentes ocorridos nas manifestações do dia, 10, ocorridas nas cidades de Luanda e Benguela, onde dezenas pessoas com realce para o Secretario Geral do partido bloco Democrático, Filomeno Vieira Lopes.
“Essa história, de pegar num doutor, você parte o braço com mercenário que você recrutou, companheiros as últimas pontes que permitem a reconciliação nacional estão a partir, alertou o político do Galo Negro., tendo acrescentado que "o doutor Filomeno, merece respeito por aquilo que tem feito por este país, não é um criminoso, não é ladrão, é um patriota que lutou e continua a lutar para o bem deste povo e não pode ser partido o braço por um tipo qualquer, por um caenche qualquer, só porque José Eduardo dos Santos mandou bater.”
Abílio Kamalata Numa, disse ainda que o regime liderado por José Eduardo dos Santos, está perto do fim e em breve poderá conhecer o mesmo destino que os regimes da LIBIA, EGPTO E TUNISIA, isto apesar de ainda receber algum apoio de alguns países do ocidente.
"Kadhafi já foi filho bonito de muita gente. Esses dirigentes da Itália, da França muitos deles se fizeram eleger com os dinheiros que o Kadhafi andava enviar. Mas quando as coisas começaram a mudar, a comunidade Internacional foi a primeira a saltar do barco. Mesmo se o petróleo for a força de protecção dos indivíduos que oprimem agora país, um dia desses qualquer, isso vai mudar de figura" .
De recordar, que na semana da manifestação do dia, 10, em Luanda dezenas de jovens organizadores do evento deslocaram-se a sede da radio ecclesia, onde solicitaram um encontro com o director o padre Quintino Kandandji para pedir esclarecimento do porque aquela estação não estava a passar noticias relacionadas com a manifestação. Em resposta o padre Quintino Kandaji disse apenas que estava a cumprir ordens superiores.
Alguns funcionários daquela estação emissora estão descontentes com o ambiente de censura que se vive, e como solução defendem a demissão do actual director por estar a mostrar incompetência de se impor diante dos pedidos dos bispos da CEAST, em particular os de Luanda. Segundo fonte, devido o pacto que estabeleceram com o poder em troca de algumas benesses e outros comungarem com os princípios do regime.
Fonte: Club-k.net
Padres cada vez mais próximos ao regime
A primeira noticia fazia referencia ao espaço cívico "QUINTAS DE DEBATE" promovido pela Organização Não Governamental OMUNGA, que versou sobre o tema “A intolerância política em Angola e suas implicações”, que teve como orador, o docente universitário e político, Nelson Pestana “Bonavena”.
Durante a prelecção, o político do Bloco Democrático, teceu duras criticas ao regime do MPLA, sobretudo ao seu líder. Para Nelson Pestana “Bonavena”, José Eduardo do Santos exerce o poder sem legitimidade durante 32 anos, por isso, não devia tomar decisões que possam interferir directamente na vida política e social e económica de Angola.
“O que mais me preocupou foi o facto do tribunal supremo dizer que durante esse tempo todo não houve poder, e que José Eduardo dos Santos não é poder. Como não é puder?” questionou o político, para mais adiante afirmar, “Ele José Eduardo dos Santos, dispõem do nosso petróleo, dispõem das nossas vidas; faz leis, obriga-nos ao cumprimento delas como não é puder? Porque a lei constitucional a de 92 dizia que qualquer angolano legitimamente eleito só poderia ficar 15 anos, como é que um angolano que nunca foi eleito, pode ficar mais que 15 anos? Assim ele nunca organiza eleições” opinou “Bonavena.”
Já a segunda noticia fazia referencia ao acto político provincial para saudar os 46 anos da fundação da UNITA, orientado pelo antigo Secretário-Geral e deputado Abílio Kamalata Numa, ocorrido sábado, 17 na sede do município do Cubal. No discurso, Kamalata Numa acusou, o Presidente da Republica, José Eduardo dos Santos de ter contratado mercenários com propósitos de repelirem as manifestações anti-governamentais. Como prova, o político do maior partido na oposição citou os incidentes ocorridos nas manifestações do dia, 10, ocorridas nas cidades de Luanda e Benguela, onde dezenas pessoas com realce para o Secretario Geral do partido bloco Democrático, Filomeno Vieira Lopes.
“Essa história, de pegar num doutor, você parte o braço com mercenário que você recrutou, companheiros as últimas pontes que permitem a reconciliação nacional estão a partir, alertou o político do Galo Negro., tendo acrescentado que "o doutor Filomeno, merece respeito por aquilo que tem feito por este país, não é um criminoso, não é ladrão, é um patriota que lutou e continua a lutar para o bem deste povo e não pode ser partido o braço por um tipo qualquer, por um caenche qualquer, só porque José Eduardo dos Santos mandou bater.”
Abílio Kamalata Numa, disse ainda que o regime liderado por José Eduardo dos Santos, está perto do fim e em breve poderá conhecer o mesmo destino que os regimes da LIBIA, EGPTO E TUNISIA, isto apesar de ainda receber algum apoio de alguns países do ocidente.
"Kadhafi já foi filho bonito de muita gente. Esses dirigentes da Itália, da França muitos deles se fizeram eleger com os dinheiros que o Kadhafi andava enviar. Mas quando as coisas começaram a mudar, a comunidade Internacional foi a primeira a saltar do barco. Mesmo se o petróleo for a força de protecção dos indivíduos que oprimem agora país, um dia desses qualquer, isso vai mudar de figura" .
De recordar, que na semana da manifestação do dia, 10, em Luanda dezenas de jovens organizadores do evento deslocaram-se a sede da radio ecclesia, onde solicitaram um encontro com o director o padre Quintino Kandandji para pedir esclarecimento do porque aquela estação não estava a passar noticias relacionadas com a manifestação. Em resposta o padre Quintino Kandaji disse apenas que estava a cumprir ordens superiores.
Alguns funcionários daquela estação emissora estão descontentes com o ambiente de censura que se vive, e como solução defendem a demissão do actual director por estar a mostrar incompetência de se impor diante dos pedidos dos bispos da CEAST, em particular os de Luanda. Segundo fonte, devido o pacto que estabeleceram com o poder em troca de algumas benesses e outros comungarem com os princípios do regime.
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