As minhas passadas seguem o habitual ritmo compassado da luta continua… do cantar de José Afonso:
Ó cantador alegre
Que é da tua alegria?
Tens tanto para andar
E a noite está tão fria
Degeneração moral é vista como inevitável na ausência de controlos sociais contra ganância e competição. William Golding
O homem aprendeu a dominar, a piorar, amarrou a Natureza. Julgou-a como um banco de fundos ilimitados. Saques, saques a fundos perdidos. Finalmente abandonou-a, divorciou-se, desamou-a. A Natureza domina o homem, ele surge nela como planta daninha. Está a mais, não faz parte da equipa. Deus criou os homens para divertimento. Sorri, vendo-os exterminarem-se com as armas que todos os dias inventam. Hipocritamente inventaram a esperança, a espera contínua da morte. Dizem carregados de profunda maldade, que é a ultima coisa que resta. É a maldade sem limites. Matam-se, e depois choram os mortos.
Oh, esta saudade, esta tristeza do alvor da perdida Natureza. Para quê tantos instrumentos sofisticados, se basta observar formigas, para prever as inclemências do tempo que nos desassossegam. Desentendo porquê, os seres humanos estão sempre muito ocupados. Falta-lhes tempo para observar uma árvore. As religiões estão ultrapassadas, nada mais têm a desdizer, temos que as substituir por aquelas que amam a Natureza.
O alarde altipotente: vamos trabalhar, viver, conviver diariamente com a hipocrisia e a vigarice? Não é possível desumanizar assim! Temos que refutar, reabituar, resgatar a insolvência da nossa sobrevivência. Lutar antes do entardecer. A limpeza de alma da Natureza ciclicamente destrói os homens. Poupa alguns para recomeçar o ciclo do deixar o circo pegar fogo. Os elementos da Natureza conscientizam-se: «eis que retomam a multiplicação, um nunca acaba, vão hostilizar, cometer as atrocidades anteriores arquivadas no déjà-vu. Quanto baste, acabamos com eles».
Gil Gonçalves
Ó cantador alegre
Que é da tua alegria?
Tens tanto para andar
E a noite está tão fria
Degeneração moral é vista como inevitável na ausência de controlos sociais contra ganância e competição. William Golding
O homem aprendeu a dominar, a piorar, amarrou a Natureza. Julgou-a como um banco de fundos ilimitados. Saques, saques a fundos perdidos. Finalmente abandonou-a, divorciou-se, desamou-a. A Natureza domina o homem, ele surge nela como planta daninha. Está a mais, não faz parte da equipa. Deus criou os homens para divertimento. Sorri, vendo-os exterminarem-se com as armas que todos os dias inventam. Hipocritamente inventaram a esperança, a espera contínua da morte. Dizem carregados de profunda maldade, que é a ultima coisa que resta. É a maldade sem limites. Matam-se, e depois choram os mortos.
Oh, esta saudade, esta tristeza do alvor da perdida Natureza. Para quê tantos instrumentos sofisticados, se basta observar formigas, para prever as inclemências do tempo que nos desassossegam. Desentendo porquê, os seres humanos estão sempre muito ocupados. Falta-lhes tempo para observar uma árvore. As religiões estão ultrapassadas, nada mais têm a desdizer, temos que as substituir por aquelas que amam a Natureza.
O alarde altipotente: vamos trabalhar, viver, conviver diariamente com a hipocrisia e a vigarice? Não é possível desumanizar assim! Temos que refutar, reabituar, resgatar a insolvência da nossa sobrevivência. Lutar antes do entardecer. A limpeza de alma da Natureza ciclicamente destrói os homens. Poupa alguns para recomeçar o ciclo do deixar o circo pegar fogo. Os elementos da Natureza conscientizam-se: «eis que retomam a multiplicação, um nunca acaba, vão hostilizar, cometer as atrocidades anteriores arquivadas no déjà-vu. Quanto baste, acabamos com eles».
Gil Gonçalves
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