quinta-feira, 19 de junho de 2008

Meditando. Água


A falta de água já almejou uma semana. Não escasseia como habitualmente, rareia intensamente, imensamente. E intriga-nos porque ninguém fala, esclarece o que se passa. São as peças teatrais da repetição exclusiva marxista-leninista até á exaustão.

A vizinha esclareceu que não há água porque as empresas das destruições civis desviou-a para as suas obras. Se isto for verdade, decerto tratar-se-á da mais ignóbil monstruosidade das empresas das obras deles, porque para nós nunca serão, do crime da especulação imobiliária.

Que saibamos, nem Mugabe fez isto ao seu povo. Matar, exterminar pela sede um povo. O terror revive-se neste campo de concentração. Sem água, sem se saber porquê, todos os boatos são imprevisíveis. E se for para provocar uma revolta da população? Quem estará por detrás disto? Serão os assíduos controladores de tudo! Petróleo e diamantes sim, democracia, pão, água e luz não. Vamos ensaiar o beber petróleo e comer diamantes.

Eis que julgar e condenar jornalistas é fácil. E quem nos mata pela sede, e sem água nos provoca epidemias, nos faz reviver nos campos de concentração nazis e soviéticos, nunca, jamais serão julgados e condenados?

E uma bela e esplendorosa coisa acaba de acontecer: É que, para lá do Cacuaco e do Benfica, e depois mais além, sempre á beira-mar, toda a orla marítima será só deles, privatizada por eles, os Senhores do Petróleo. O petróleo é dos maus, mais valioso que a água. É a única mais-valia e valor acrescentado.

Creio que o mais acertado é conjecturar que são tantos, e alguns tão imensos, edifícios que a água não consegue percorrer os circuitos habituais. Tá-se muito mal, vamos bazar para onde?

Não são necessárias manipulações genéticas para produzir monstruosidades.
Gil Gonçalves
Imagem: Digital Net

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