domingo, 8 de junho de 2008

Mukanda do Brasil. A grande guerra da fome vem aí


Com a devida vénia a:
http://www.noticiaslusofonas.com/view.php?load=arcview&article=21076&catogory=Brasil


Três quartos da riqueza na mão de 10% dos brasileiros


Três quartos da riqueza do Brasil estão nas mãos de 10 por cento da população e os pobres tendem a pagar mais impostos do que os ricos, revela um estudo hoje divulgado pelo Instituto de Pesquisa Económica Aplicada (IPEA).


"Mesmo com as mudanças no regime político e no padrão de desenvolvimento, a riqueza permanece pessimamente distribuída entre os brasileiros. É um absurdo uma concentração assim", afirma o presidente do IPEA, Márcio Pochmann, ao diário brasileiro Folha de São Paulo, que hoje avança as conclusões do estudo.

Este relatório, a ser apresentado hoje ao Conselho de Desenvolvimento Económico e Social (CDES), destina-se a fornecer elementos para a discussão da reforma tributária no Brasil.

O levantamento indica que, no global, 10 por cento dos brasileiros têm 75,4 por cento da riqueza do país, registando-se entre as maiores cidades brasileiras uma maior concentração em São Paulo (73,4 por cento) e menor no Rio de Janeiro 62,9 (por cento).

No final do século XVIII, ainda enquanto colónia portuguesa, os dados disponíveis indicam que os 10 por cento mais ricos concentravam 68 por cento da riqueza no Rio de Janeiro.

"O dado mostra que o Brasil, a despeito das mudanças políticas, continua sem alterações nas desigualdades estruturais. O rico continua pagando pouco imposto", afirma Pochmann ao diário brasileiro.

A propósito da diferença da carga tributária entre ricos e pobres, o estudo indica que os menos abonados chegam a pagar até 44,5 por cento mais impostos.

A solução proposta pelo IPEA para amenizar o problema é uma tributação exclusiva sobre os brasileiros mais ricos.

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