Porque uma vez que o Povo, o Povo angolano, tenha nas suas mãos os meios de produção, este povo pode distribuir, de uma maneira equitativa o rendimento nacional.
O operário trabalha durante anos e anos, e quando já não tiver força para trabalhar não tem mais nada.
Mas, para utilizar essas máquinas, é preciso conhecer, é preciso saber, é preciso estudar.
É porque o país, para poder avançar, precisa de ter quadros que sejam capazes de aprender a utilizar as ferramentas que temos no País.
A produção só aumenta se as máquinas forem boas e se os operários forem bons. Nós hoje podemos pôr tractores em cada cooperativa, será que cada cooperativa tem um condutor de tractores? Será que tem um mecânico? Não, ainda não. Chegamos a um momento em que não podemos avançar sem que haja qualificação dos quadros.
Quem não estuda é um inútil, fica estagnado, da categoria não passa.
Agostinho Neto. 5 De Fevereiro de 1977. Discurso na assembleia de militantes em Ndalatando
Se nós não temos um contabilista numa empresa, vamos encontrar um contabilista. E não digamos primeiramente, que ele é burguês ou que é pequeno-burguês. Nós queremos é as contas. Em primeiro lugar queremos as contas – e desde que ele as faça honestamente não há razão nenhuma para ele ficar afastado.
Houve a certo momento em 1962 um fraccionismo, que foi conduzido por Viriato da cruz, nome que não é desconhecido dos camaradas, mas que produziu a divisão do Movimento, por não querer submeter-se a essas regras de centralismo democrático. Quando se discutia um problema, no Comité Director, ele assumia, sempre uma atitude contra a maioria.
Mais recentemente, (1965/66) um outro grande fraccionismo, que se baseou na tribo, que é o Chipenda. Era membro dirigente do MPLA, estava connosco no Comité Director e, certa altura, foi mobilizar a gente da sua tribo – ele é natural do lobito. Pensava ele que poderia ser o chefe dos umbundos
«Revolta Activa», chefiado por Gentil Viana. Da mesma maneira, dentro do movimento, formou um grupo para combater a Direcção do movimento. Claro que hoje está preso.
Nós temos de combater, sempre e com firmeza, qualquer tentativa de fraccionismo. Isto não pode ser admitido numa organização democrática como a nossa em que há democracia, da base ao topo.
Se esse grupo não se convencer com a crítica, é necessário neutralizá-lo imediatamente.
Agostinho Neto. 5 De Fevereiro de 1977. Discurso na assembleia de militantes em Ndalatando.
Mas teremos de nos esforçar para ver quem é que, no seio do MPLA, pode de facto ter essa honra de pertencer ao Partido. Quem é que terá essa capacidade revolucionária, capacidade política, para poder pertencer ao partido.
Mas será que estamos, de facto, a utilizar toda a nossa inteligência, toda a nossa capacidade de análise para resolver este problema? Eu creio que não.
Será que nós podemos fazer aquilo que queremos? Ou não podemos?
E se a nossa capacidade é pequena o que é que vamos fazer para resolver?
Por vezes, os problemas «acabam» com um telegrama, que se envia à capital e depois fica-se à espera, quando nós próprios sabemos que a capital também não pode resolver esse problema.
Só o poder político não chega, porque fica-se sempre dependente doutrem.
Há inúmeros camiões, automóveis, avariados. Será que nós não podemos cuidar melhor dos carros?
Agostinho Neto. 5 De Fevereiro de 1977. Discurso na assembleia de militantes em Ndalatando.
No MPLA, nós somos um e temos regras para a vida da Organização. Não somos diversos. Somos um ou devemos ser um.
Portanto, quando nós dizemos fraccionismo, significa que alguém dentro da Organização, dentro do país, quis formar grupos que fossem diferentes do MPLA. Ora neste país, o único Movimento que existe é o MPLA e quem defender outro Movimento qualquer, não pode ser tolerado.
Devo dizer aos camaradas – agora já o posso dizer – que alguns deles, alguns que andam fugidos – ou os que estão sob investigação – chegavam às reuniões e, em vez de discutir os problemas que eram inscritos na ordem de trabalho, pegavam num livro e punham-se a ler à socapa. Muitas vezes, tinham sono, dormiam, talvez porque tivessem reuniões de mais.
Primeiramente foi o grupo que se chamava «Comités Henda». Foi eliminado. Depois eram os «Comités Amílcar Cabral». Foram eliminados. Apareceram depois alguns deles, indivíduos que pertenciam a esses dois grupos apareceram numa outra organização chamada «Oca – Organização Comunista de Angola» e também foram eliminados.
Agostinho Neto. 12 De Junho de 1977. Discurso sobre o fraccionismo.
Gil Gonçalves
O operário trabalha durante anos e anos, e quando já não tiver força para trabalhar não tem mais nada.
Mas, para utilizar essas máquinas, é preciso conhecer, é preciso saber, é preciso estudar.
É porque o país, para poder avançar, precisa de ter quadros que sejam capazes de aprender a utilizar as ferramentas que temos no País.
A produção só aumenta se as máquinas forem boas e se os operários forem bons. Nós hoje podemos pôr tractores em cada cooperativa, será que cada cooperativa tem um condutor de tractores? Será que tem um mecânico? Não, ainda não. Chegamos a um momento em que não podemos avançar sem que haja qualificação dos quadros.
Quem não estuda é um inútil, fica estagnado, da categoria não passa.
Agostinho Neto. 5 De Fevereiro de 1977. Discurso na assembleia de militantes em Ndalatando
Se nós não temos um contabilista numa empresa, vamos encontrar um contabilista. E não digamos primeiramente, que ele é burguês ou que é pequeno-burguês. Nós queremos é as contas. Em primeiro lugar queremos as contas – e desde que ele as faça honestamente não há razão nenhuma para ele ficar afastado.
Houve a certo momento em 1962 um fraccionismo, que foi conduzido por Viriato da cruz, nome que não é desconhecido dos camaradas, mas que produziu a divisão do Movimento, por não querer submeter-se a essas regras de centralismo democrático. Quando se discutia um problema, no Comité Director, ele assumia, sempre uma atitude contra a maioria.
Mais recentemente, (1965/66) um outro grande fraccionismo, que se baseou na tribo, que é o Chipenda. Era membro dirigente do MPLA, estava connosco no Comité Director e, certa altura, foi mobilizar a gente da sua tribo – ele é natural do lobito. Pensava ele que poderia ser o chefe dos umbundos
«Revolta Activa», chefiado por Gentil Viana. Da mesma maneira, dentro do movimento, formou um grupo para combater a Direcção do movimento. Claro que hoje está preso.
Nós temos de combater, sempre e com firmeza, qualquer tentativa de fraccionismo. Isto não pode ser admitido numa organização democrática como a nossa em que há democracia, da base ao topo.
Se esse grupo não se convencer com a crítica, é necessário neutralizá-lo imediatamente.
Agostinho Neto. 5 De Fevereiro de 1977. Discurso na assembleia de militantes em Ndalatando.
Mas teremos de nos esforçar para ver quem é que, no seio do MPLA, pode de facto ter essa honra de pertencer ao Partido. Quem é que terá essa capacidade revolucionária, capacidade política, para poder pertencer ao partido.
Mas será que estamos, de facto, a utilizar toda a nossa inteligência, toda a nossa capacidade de análise para resolver este problema? Eu creio que não.
Será que nós podemos fazer aquilo que queremos? Ou não podemos?
E se a nossa capacidade é pequena o que é que vamos fazer para resolver?
Por vezes, os problemas «acabam» com um telegrama, que se envia à capital e depois fica-se à espera, quando nós próprios sabemos que a capital também não pode resolver esse problema.
Só o poder político não chega, porque fica-se sempre dependente doutrem.
Há inúmeros camiões, automóveis, avariados. Será que nós não podemos cuidar melhor dos carros?
Agostinho Neto. 5 De Fevereiro de 1977. Discurso na assembleia de militantes em Ndalatando.
No MPLA, nós somos um e temos regras para a vida da Organização. Não somos diversos. Somos um ou devemos ser um.
Portanto, quando nós dizemos fraccionismo, significa que alguém dentro da Organização, dentro do país, quis formar grupos que fossem diferentes do MPLA. Ora neste país, o único Movimento que existe é o MPLA e quem defender outro Movimento qualquer, não pode ser tolerado.
Devo dizer aos camaradas – agora já o posso dizer – que alguns deles, alguns que andam fugidos – ou os que estão sob investigação – chegavam às reuniões e, em vez de discutir os problemas que eram inscritos na ordem de trabalho, pegavam num livro e punham-se a ler à socapa. Muitas vezes, tinham sono, dormiam, talvez porque tivessem reuniões de mais.
Primeiramente foi o grupo que se chamava «Comités Henda». Foi eliminado. Depois eram os «Comités Amílcar Cabral». Foram eliminados. Apareceram depois alguns deles, indivíduos que pertenciam a esses dois grupos apareceram numa outra organização chamada «Oca – Organização Comunista de Angola» e também foram eliminados.
Agostinho Neto. 12 De Junho de 1977. Discurso sobre o fraccionismo.
Gil Gonçalves
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