quinta-feira, 26 de junho de 2008

Pagãos


Os Petrofamintos finalizaram a inaptidão da religião da vida interior. Deus expandiu o céu e a terra, depois contratou o Demónio para criar o Homem. Por isso: os animais selvagens vivem nas cidades, os animais civilizados nas selvas. Aperfeiçoam utensílios, inventam, renovam descobertas. Surgem novas doenças, novas epidemias. Rematam-se cada vez mais, com novas armas.

Alarmado, certifico que não evoluímos: fabricamos os filhos conforme preceituado na antropologia física. Não alterámos: beijamo-nos e acariciamo-nos antropologicamente. Não há nada de novo no ovo cósmico.

Desbravadores do roubo e da morte, inicio e fim do idealismo subjectivo. Então, que utilidade tem o ser humano? Nascer, destruir, matar. Um louco manso apelidou-o Homo sapiens. O nome correcto é: Homo Credo quia absurdum, (Homem creio por ser absurdo).

Deus é a imaginação do Homem. Só existe quando necessário, aparece e desaparece. Sempre fomos e seremos pagãos. Falta-nos coragem para o confessar.
Gil Gonçalves

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