segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Espanha. Juiz processado por ordenar inquérito aos crimes do regime fascista de Franco


Pretória (Canalmoz) – Milhares de pessoas manifestaram ontem nas ruas de Madrid o seu apoio ao juiz Baltasar Garzón, que está a ser julgado por violação da Lei da Amnistia ao ter ordenado um inquérito aos crimes do regime ditatorial do Francisco Franco que vigorou em Espanha entre 1936 e 1975.
Entre a multidão, havia políticos socialistas, líderes sindicais e artistas. A palavra de ordem foi “Garzón, amigo, o povo está contigo”. O juiz, agora a trabalhar para o Tribunal Penal Internacional, pode ser condenado a uma pena máxima de 20 anos.
Entre os manifestantes contava-se Fernando León, que em declarações ao jornal El Pais afirmou estar ainda à procura do pai. León recordou que “Estava sentado ao colo do meu pai quando veio um falangista com uma arma e disse que tinha que o levar. Fuzilaram-no sete dias depois, com mais 22 pessoas, entre eles cinco mulheres e um menino de 14 anos”.
Em 1998, o juiz Garzón emitiu um mandado de captura contra o antigo ditador chileno, Augusto Pinochet, pelo facto de cidadãos espanhóis terem sido mortos e torturados durante a vigência do seu regime.
Garzón também moveu acções judiciais contra líderes militares da Argentina, relacionadas com o desaparecimento de cidadãos espanhóis durante o regime de ditadura militar que vigorou neste país de 1976 a 1983. (Redacção / El Pais)


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