segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Selecção de honra frustra sonho de Lito Vidigal e volta mais cedo à casa


Luanda – A selecção nacional sénior masculino de futebol encerrou, tristemente, nesta segunda-feira, 30, a sua participação na taça de África das nações em futebol, ao perder por duas boas sem resposta, frente a selecção da Costa de Marfim, em jogo da terceira jornada do grupo B, realizado em Malabo. A vitória do Sudão diante do Burkina Faso, por 2-1, retirou as hipóteses dos Palancas Negras avançarem para a próxima fase em que marcou presença nas duas últimas edições.

Fonte: Club-k/Sapo
A selecção de honra entrou em campo, sabendo que um empate bastaria para passar a fase seguinte e que em caso de vitória frente aos Elefantes, garantiria o primeiro lugar do Grupo B, continuando a jogar em Malabo. Lito Vidigal resolveu colocar no terreno mais um médio, Dedé, em vez do avançado Flávio. Um reforço do meio-campo mas sem resultados práticos.

A Costa do Marfim, com as "estrelas " todas no banco, entrou pressionante e poderia ter marcado aos 14 minutos, num remate de Wilfried de fora da área que Wilson defendeu para fora. Os marfinenses atacavam muito pelo lado esquerdo, onde Airosa sentia dificuldades para travar Bony Wilfried.

Os Palancas Negras sentiam dificuldades para fazer circular a bola, ao passo que os habituais suplentes dos Elefantes tentavam impressionar o treinador Zahoui. O primeiro remate de Angola aconteceu apenas aos 25 minutos, num tiro de André Macanga de fora da área, mas que saiu por cima.

A Costa do Marfim passou para a frente do marcador aos 33 minutos. Wilfried Bony, em trabalho individual, passou por vários defensores angolanos, cruzou para a área. Miguel atrapalhou-se ao fazer o corte, a bola sobrou para Eboué que só teve de encostar para o golo. Angola pouco fez na primeira parte para marcar. Apenas em lances de bola parada tentava criar perigo mas a defesa dos Elefantes ia resolvendo os problemas.

No segundo tempo seria preciso fazer muito mais para contrariar as coisas, até porque o Sudão estava a vencer o Burkina Faso. Mas o que se viu foi mais do mesmo: a Costa do Marfim sempre mais perigosa, Angola sem ideias, sem criar perigo. Boka, em jogada individual, passou por vários jogadores angolanos e quase fazia golo.

Com Mateus e Djalma muito apagados, Manucho era uma ilha no meio de tantas defesas marfinenses. A Costa do Marfim, sem criar perigo, viria a fazer o 2-0. Massunguna atrasou a bola de cabeça para o guarda-redes Wilson, que saiu da baliza: falha de comunicação entre os dois, a bola a sobrar para Wilfried Bony fazer o golo mais fácil da sua vida.

Lito Vidigal ainda tentou mexer no rumo das coisas, colocando o avançado Nando Rafael para o lugar de André Macanga e depois outro avançado, Love Cabungula, para o lugar do defesa Miguel mas Angola continuava sem fio de jogo, sem criar perigo junto da baliza do guarda-redes Yeboah, substituto de Barry Copa.

A Costa do Marfim continuava a mandar no jogo e poderia ter marcado mais. Primeiro foi Boka a ver Wilson negar-lhe o golo e mais tarde, foi o central Bamba a atirar de cabeça para fora, quando tinha tudo para fazer golo.

Angola poderia ter reduzido: aos 76 minutos Mateus demorou muito no remate e permitiu o corte de um contrário e na sequência do canto, Manucho viu o guarda-redes Yeboah negar-lhe o golo, numa grande defesa após cabeceamento na pequena área.

Sudão levou vantagem sobre Angola na diferença entre golos marcados e sofridos (marcou quatro e sofreu quatro, Angola marcou quatro e sofreu cinco) e garantiu o segundo lugar do grupo, com os mesmos quatro pontos dos Palancas. Nos quartos-de-final joga com a seleção da casa, a Guiné Equatorial, em Bata. Angola, que tinha como objectivo chegar as meias-finais, fica-se pela fase de grupos e regressa à casa mais cedo que o previsto.

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