quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

EUA estimam que JES deixe o poder com 85 anos


Washington – Os Estados Unidos da America estimam que José Eduardo dos Santos (JES) poderá resistir por mais uma década a frente dos destinos de Angola e prevêem dois cenários para o seu eventual abandono do cargo de Presidente da República que seria, desaparecimento físico ou saída aos 85 anos impulsionado pelo factor idade.

Fonte: Club-k.net
Dizem que os seus interesses não são o do MPLA
A estimativa consta no “Intelligence assessment”, delineado a margem de uma conferência à porta fechada (off the record) promovida, no passado dia 17 de Janeiro, em arredores do distrito de Virginia pelo Conselho Nacional de Inteligência do Departamento de Estado de Estado Norte Americano que analisou Angola no após Eduardo dos Santos.

O “Intelligence assessment” dá conta que os americanos não acreditam nas historias de que JES deseja, nos próximos anos, passar o poder para um substituído, em caso de vitoria do seu partido. Por outro lado, argumentam que o mesmo poderá se manter por mais 15 anos no poder. Tal afirmação é apoiada em analises segundo a qual o preço do petróleo ira manter-se alto nos próximos 10 anos e que com a conexão com a China altamente saudável, as redes de patrocínio irão manter o Presidente José Eduardo dos Santos por mais uma década e meia a frente dos destinos de Angola.

O “assessment” observa que o Presidente da Republica apoiou-se agora em figuras sem “eleitorado solido”, tendo por outro lado, concluindo que está cada vez mais claro que os interesses do MPLA não coincidem necessariamente com os de José Eduardo dos Santos. A argumentação é acompanhada de uma lista contendo as diferenças entre os interesses de ambos, de JES e MPLA.

Quanto a sua relação com os militares, o “Intelligence assessment” apresenta a guarda presidencial como sendo a chave da sua sobrevivência. A oposição angolana com destaque para UNITA, é, por exemplo, apresentada como estando em desvantagem para fazer frente ao partido no poder. A apreciação respeitante a oposição política, dividi a visão dos “experts” americanos que acompanham o dossiê Angola. As manifestações (desencadeadas por jovens), são citadas pelos americanos como iniciativas que poderão constituir uma “grande ameaça”, ao regime de José Eduardo dos Santos.

De lembrar que as discussões promovida pela “Inteligência” americana foi realizada no sentido de colher “inputs”, para redefinição da política norte americana para com Angola e foi acompanhada por Theresa Whelan, que no Conselho Nacional de Inteligência responde pelos assuntos africanos

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