domingo, 29 de janeiro de 2012

Ban Ki-moon pede aos líderes africanos que respeitem direitos dos homossexuais



Secretário-geral das Nações Unidas apelou aos líderes africanos que respeitem a homossexualidade que é ilegal em quase todos os países do continente.

O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, apelou hoje aos líderes africanos reunidos na abertura da cimeira da União Africana, em Addis Abeba, para que respeitem os direitos dos homossexuais.
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"Uma forma de discriminação ignorada ou mesmo sancionada por muitos Estados há demasiado tempo tem sido a discriminação baseada na orientação sexual ou na identidade de género", disse Ban Ki-moon na capital da Etiópia.

O secretário-geral da ONU lamentou que os governos tratem as pessoas como cidadãos de segunda classe e como criminosos.

"Enfrentar as discriminações é um desafio, mas não devemos abandonar as ideias da declaração universal" dos direitos humanos, acrescentou Ban Ki-moon, para quem "o futuro de África depende também do investimento nos direitos cívicos, políticos, económicos sociais e culturais".

A homossexualidade é ilegal em quase todos os países africanos, com exceções como a África do Sul, e a discriminação contra os homossexuais é comum.
Obama apela a luta contra homofobia

No Uganda, o parlamento quer há meses endurecer a legislação contra a homossexualidade - já punível com longas penas de prisão - admitindo mesmo a pena de morte em casos de reincidência.

No início de dezembro, o presidente dos EUA, Barack Obama, apelou a todos os organismos no estrangeiro que assegurem que a diplomacia americana e a ajuda financeira ao desenvolvimento promovem a luta contra a homofobia.

Já no final de outubro, o primeiro-ministro britânico, David Cameron, ameaçara excluir dos programas de ajuda do Reino Unido os países que não reconheçam os direitos dos homossexuais.


18.ª cimeira da União Africana

A 18.ª cimeira da União Africana começou hoje em Addis Abeba e deverá ser dominada por uma batalha pelo poder interno.

O tema da reunião é o comércio intra-africano, que não representa mais do que 10% das trocas do continente.

Mas o assunto dominante deverá ser a eleição do novo presidente do seu órgão executivo, tendo os Estados-membros de escolher entre o atual líder, o gabonês Jean Ping, e a sul-africana Nkosazana Dlamini-Zuma, ex-ministra dos negócios estrangeiros e ex-mulher do Presidente Jacob Zuma.
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