segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Inteligência Americana debate Angola “pós- JES”


Washington – O Conselho Nacional de Inteligência do Departamento de Estado Norte Americano promoveu, no passado dia 17 de Janeiro, em Virgínia, uma conferência à porta fechada (off the record) que abordou fundamentalmente cenários e novas dinâmicas após a saída do Presidente José Eduardo dos Santos do poder. Entre outros temas, o encontro tratou também das “Perspectivas de Influência de Angola em África”.

Fonte: Club-k.net
EUA prepara-se para redefinir política para com Angola
Theresa Whelan, que no Conselho Nacional de Inteligência responde pelos assuntos africanos, fez a abertura da conferência e acompanhou os trabalhos.

Dividido em dois painéis, a iniciativa juntou acadêmicos e especialistas em questões de Angola e africanas. O primeiro painel teve como tema abrangente “Compreender o MPLA”. Os oradores discorreram sobre três prismas da questão, nomeadamente a política, económica e de segurança. A primeira parte discutiu o legado de José Eduardo dos Santos, as perpectivas para a sua sucessão, as reformas políticas, bem como se produziu uma análise comparativa com outros países produtores de petróleo. A segunda e a terceira partes foram animadas com discussões sobre o futuro da economia angolana e o papel das instituições militares e de segurança nos próximos anos. O segundo painel apresentou perspectivas sobre as eleições de 2012, o papel da UNITA e de outros grupos de influência nos próximos tempos.

A referida conferência foi realizada no sentido de colher contribuições destinadas à redefinição da política norte-americana para com Angola. O Conselho Nacional de Inteligência invoca que em 2010, a secretária de Estado Hillary Clinton concluiu um acordo com o governo angolano para estabelecer uma Parceria de Diálogo Estratégico entre EUA - Angola e, por essa razão, organizou a conferência com vista a apoiar o desenvolvimento de uma orientação política que fortaleça o diálogo estratégico entre ambos os país.

As autoridades norte-americanas referem ainda que esta iniciativa pretende, também, contribuir para a formulação de políticas abrangentes e de antecipação ao crescimento da influência angolana no campo diplomático, econômica, bem como do seu poder militar no continente Africano e suas implicações para os interesses dos EUA.

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