O Conselho Presidência da CASA-CE reunido no dia 20 de Setembro de 2012,
depois de passar em revista as situações atinentes ao processo eleitoral,
analisou com bastante preocupação a execução do arresto judicial, no aeroporto
Sá Carneiro da aeronave do tipo Boeing 777 da companhia aérea nacional TAAG,
utilizando o voo DT 656, numa acção intentada pelo cidadão português de nome
Manuel Lapas Correia que reclama uma dívida contraída pelo Governo Angolano em
1996, através de fornecimento de diversos bens alimentares, mobiliário e
colchões para quartéis das Forças Armadas Angolanas, a qual emite a seguinte
posição:
1- Manifesta sua solidariedade profunda com os passageiros e a
tripulação da aeronave em causa e deplora o momento humilhante e vergonhoso a
que foram submetidos, ao serem inesperadamente privados de viajarem para
Luanda, com transito em Lisboa.
2- O Conselho Presidencial da CASA-CE considera que a execução de
arresto judicial de mais um património do Estado angolano, veio provar que o
actual governo não tem sabido proteger, exercendo uma gestão patriótica e
responsável, os interesses nacionais.
3- O Conselho Presidencial da CASA-CE considera ainda que não é
admissível, até intolerável a gestão ruinosa do Governo Angolano que põem em
causa permanentemente o bom nome do nosso Estado;
4- O Conselho Presidencial da CASA-CE considera que é injustificável,
jurídica e politicamente a atitude do Governo de Angola, o facto de ter
permitido colocar o nosso Estado na condição de burlador dum cidadãos português
que, no âmbito do exercício do seu direito de liberdade comercial, forneceu de
boa fé material imprescindível para a logística das Forças Armadas Angolanas
que na época serviu para a manutenção do exercito, quando diariamente
assistimos comportamento esbanjadores dos recursos de todos nós, a exemplo da
actual aquisição de viaturas de marca jaguar para determinados magistrados;
5- É ultrajante para Angola e os Angolanos que o Governo do Presidente
Eduardo dos Santos não seja capaz de pagar cerca de trezentos e cinquenta mil
euros, quando os dirigentes e seus familiares directos investem milhões de
dólares, muito dos quais desviados dos cofres do estado, no país de execução do
arresto.
6- É por causa deste e outros comportamentos que a CASA-CE continuará
firmemente o seu combate para edificação de um Estado verdadeiramente
Democrático e de Direito onde os dirigentes sejam meros gestores da coisa
pública ao serviço de todos e não simples aproveitadores das funções do Estado
para o beneficio próprio.
Luanda, 20 de Setembro 2012
TUDO POR ANGOLA
UMA ANGOLA PARA TODOS
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