A poucas horas da sua tomada de posse permanece a
dúvida sobre se Eduardo dos Santos vai convidar os líderes da oposição que
contestam a sua eleição como Presidente da República
Venâncio Rodrigues VOA
LUANDA
— A poucas horas da cerimónia de investidura do cabeça de lista eleito do MPLA
, permanece a dúvida sobre se José Eduardo dos Santos vai convidar os líderes
da oposição que contestam a sua eleição como Presidente da República no pleito
de 31 de Agosto.
O
assunto está a merecer as mais variadas análises havendo quem
defenda que Eduardo dos Santos devia, mesmo assim, convidar os líderes da
UNITA, CASA-CE e PRS para fazerem parte da cerimónia do empossamento
marcado para amanhã, no largo da República, em Luanda.
Até ao fim da tarde de terça-feira, nenhum dos líderes em causa, tinha sido convidado formalmente pelos serviços protocolares do Presidente da República embora tivessem circulado informações, não confirmadas dando conta que a distribuição dos convites estava atrasada.
Na segunda-feira, o líder da CASA-CE disse que só depois de receber o convite é que iria reflectir se aceitaria ou não participar da cerimónia, o que levanta desde já, a questão de se saber se a oposição aceitaria ou não um convite de Eduardo dos Santos.
O jurista, Lindo Bernardo Tito, disse à Voz da América que Eduardo dos Santos não está obrigado a convidar quem não quer, da mesma forma que a oposição não está legalmente obrigada a aceitar.
Contudo, o também político angolano entende que, do ponto de vista de ética política, todos deviam ser convidados e ninguém devia declinar o convite.
Lindo Bernardo Tito apresenta as implicações políticas para os dois cenários.
“No quadro da ética política e da democracia o convite devia ser feito. Os partidos também não deviam eticamente declinar o convite desta natureza porque é anti-democrático. Eu acho que Presidente está evitar que uma eventual recusa da oposição produza facto político na tomada de possa, diante da opinião pública e da imprensa. Mas é uma faca de dois gumes porque, se convidada, a oposição não aparecer despoleta–se outro facto noticioso, e não convidando dá também a ideia de José Eduardo dos Santos está consciente que não foi eleito de forma regular.”
Até ao fim da tarde de terça-feira, nenhum dos líderes em causa, tinha sido convidado formalmente pelos serviços protocolares do Presidente da República embora tivessem circulado informações, não confirmadas dando conta que a distribuição dos convites estava atrasada.
Na segunda-feira, o líder da CASA-CE disse que só depois de receber o convite é que iria reflectir se aceitaria ou não participar da cerimónia, o que levanta desde já, a questão de se saber se a oposição aceitaria ou não um convite de Eduardo dos Santos.
O jurista, Lindo Bernardo Tito, disse à Voz da América que Eduardo dos Santos não está obrigado a convidar quem não quer, da mesma forma que a oposição não está legalmente obrigada a aceitar.
Contudo, o também político angolano entende que, do ponto de vista de ética política, todos deviam ser convidados e ninguém devia declinar o convite.
Lindo Bernardo Tito apresenta as implicações políticas para os dois cenários.
“No quadro da ética política e da democracia o convite devia ser feito. Os partidos também não deviam eticamente declinar o convite desta natureza porque é anti-democrático. Eu acho que Presidente está evitar que uma eventual recusa da oposição produza facto político na tomada de possa, diante da opinião pública e da imprensa. Mas é uma faca de dois gumes porque, se convidada, a oposição não aparecer despoleta–se outro facto noticioso, e não convidando dá também a ideia de José Eduardo dos Santos está consciente que não foi eleito de forma regular.”
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