quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Grupo denominado por 'al-Qaeda'. Gang brasileiro divertia-se a esquartejar vítimas

A polícia do estado brasileiro da Paraíba, nordeste do país, prendeu 42 pessoas acusadas de fazerem parte de uma facção criminosa extremamente perigosa e que chocou até os agentes pela crueldade que empregava nas suas acções. A marca registada da gang, que se auto-intitulava 'al-Qaeda', como a organização islâmica extremista, era o esquartejamento das suas vítimas em rituais que mais pareciam uma festa.

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Segundo a polícia da Paraíba, os criminosos faziam questão de desmembrar as muitas pessoas que matavam, por serem suas inimigas ou por encomenda, e faziam desse macabro acto um momento de diversão entre eles. Os esquartejamentos eram filmados e fotografados, e os assassinos, em jeito de reportagem, narravam em meio a piadas e gargalhadas cada parte do corpo que era desmembrado, como mostram escutas telefónicas feitas pela polícia com autorização da justiça nos telemóveis de alguns dos membros da gang.
"O boy arrancou o pescoço dele agora, homem. E os dedos. Os boys tão botando dentro de um saco. Tão deixando o cara igual a uma galinha, todo cortadinho", narra um dos criminosos para um cúmplice, que está preso numa penitenciária de João Pessoa, a capital do estado da Paraíba, mas que, apesar disso, consegue acesso a um telemóvel. Noutra gravação, durante o desmembramento de pelo menos duas vítimas, um outro assassino diz a um comparsa, rindo, "deixa tudo picadinho aí, deixa esse bicho aí e e vai tirar fotos daquele outro modelo."
De acordo com o inspector Cristiano Jacques, chefe da grande operação, denominada  "Esqueleto", que resultou na prisão dos principais membros da facção, a 'al-Qaeda' da Paraíba, além de controlar boa parte do tráfico de droga na região, foi responsável por pelo menos 60% de todos os homicídios ocorridos em João Pessoa e cidades da área metropolitana nos últimos anos. O grupo, além dos membros em liberdade, era formado por 17 criminosos já presos, que, mesmo de dentro da prisão, ordenavam crimes e participavam nas acções via telemóvel.

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