A China está a negociar com Angola a
instalação de uma base militar da marinha chinesa para os próximos dez anos,
noticiou o jornal Namibia Times.
O governo chinês quer que a sua marinha
tenha uma presença significativa no Sudoeste de África, onde se situam nações
como Angola, Namíbia e África do Sul.
A base está a ser negociada junto ao
Porto de Luanda, sengundo a Bloomberg, que cita um relatório na Internet.
Segundo o porta-voz do Ministério da Defesa chinês, Geng Yansheng, a notícia do
jornal namibiano não é oficial e foi retirada de um relatório a correr na
Internet, sendo imprecisa, exagerada e, portanto, infundada.
O porta-voz, que deu uma conferência de
imprensa em Pequim esta semana, acabou por não referir que partes do relatório
eram imprecisas ou exageradas. A base de Luanda é uma das 18 que serão
estabelecidas em várias regiões do mundo, segundo órgãos de comunicação social
chineses não identificados pelo jornal.
A Bloomberg, citando o Namibia Times, disse
que a China tem como objectivo construir bases militares da marinha para
reabastecimento, atracação e manutenção em países estrangeiros. Segundo o mesmo
jornal, a marinha chinesa não vai estabelecer bases militares ao estilo
norte-americano.
A intenção, segundo o diário namibiano,
é estabelecer uma série de denominadas Bases de Apoio Estratégico no Exterior,
em conformidade com as regras internacionais prevalecentes. Para além de
Angola, o governo chinês está também em conversações com a Namíbia para colocar
uma base em Walvis Bay.
A porta-voz do Ministério da Defesa
namibiano, a tenente-coronel Monica Sheya, disse que estava ciente e a par das
negociações com a China e, logo que o governo tomasse uma decisão, informaria
os seus cidadãos.
As 18 bases estarão espalhadas por toda
a África e Médio Oriente, com maior concentração no oceano Índico. Paquistão,
Sri Lanca e Mianmar (Norte do oceano Índico); Djibouti, Iémen, Omã, Quénia,
Tanzânia e Moçambique (Oeste do oceano Índico) e Seicheles e Madagáscar, no
centro oceano Índico, anunciou o Namíbia Times.
A intenção do governo chinês é, no
oceano Índico, ter três linhas estratégicas para melhorar a eficácia da China
na responsabilidade de manter a segurança das rotas marítimas internacionais, a
estabilidade regional e mundial, e a sua influência cada vez mais forte em
África, refere o jornal namibiano.
O jornal disse que a China está a
negociar outras bases militares navais em Chongjin, Coreia do Norte, Port
Moresby, na Papua- Nova Guiné, em Sihanoukville, no Camboja, Koh Lanta, na
Tailândia, Sittwe, em Mianmar, Dhaka, no Bangladeche, Gwadar, no Paquistão,
Hambantota, no Sri Lanca, no Djibouti, em Lagos, na Nigéria, em Mombassa, no
Quénia, em Dar es Salaam, na Tanzânia, bem como nas Maldivas e Seicheles.
Expansão/Bloomberg
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