Lisboa – O responsável do
Gabinete Técnico do Comité Provincial do MPLA de Luanda,
Júnior Maurício “Cheu” implicado na morte de Isaías Sebastião Cassule (na
foto) revelou recentemente em tribunal que o seu grupo agiu contra o malogrado
activista em cumprimento de ordens baixadas pelo tenente-general José Peres
Afonso “Filó”.
Fonte: Club-k.net
MPLA tem grupo para raptar cidadãos
O tenente-general “Filó” é o
chefe da Direcção Principal de Contra-Inteligência Militar, também
notabilizado por ser o mais fiel servidor do chefe dos SISM,
general António José Maria. Recentemente ele foi citado como tendo tomado parte
de uma reunião, sob orientação do general Manuel Vieira Dias “Kopelipa”, realizada
na Casa de Segurança da PR, um dia antes das mortes dos activistas. A referida
reunião na qual participaram também os ex- responsáveis da Policia e
SINSE de Luanda, Comissário Dias do Nascimento e António Gamboa Vieira Lopes
visou dar orientações para detenção dos mentores da
programada manifestação de que os malogrados estariam a organizar, no dia 27 de
Maio de 2012, em Luanda.
Em Tribunal, o membro do MPLA, Júnior
Maurício “Cheu” disse, na sua condição de réu, que as
orientações que o seu grupo recebeu do tenente-general “Filó” foram
apenas para espancar Isaías Cassule e de seguida abandona-lo noma zona em
Cacuaco mas por infelicidade o activista acabaria por
falecer.
Isaías Cassule, foi raptado pelo Grupo
Técnico do MPLA, no dia 29 de Maio de 2012, nas mediações do fontenário
da escola Angola e Cuba do Cazenga. O activista foi levado numa viatura
onde seria fortemente espancado ao longo do caminho. Porem de forma a impedirem
que o mesmo gritasse de tanta tortura, os seus algozes colocaram lhe um
plástico na cabeça acabando por morrer asfixiado. Antes de falecer,
ele teria defecado nas calças, porem ao aperceberem-se do mau cheiro, o grupo
do gabinete técnico do MPLA, decidiu desfazer-se do cadáver atirando-o numa
zona do rio Dande habitada por jacarés.
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