Acusação é de
camponesas do Quilómetro 44.
Manuel José
VOA
Tiraram-lhes a terra em troca de
promessas vazias, acusam mais de 200 camponesas da zona do quilometro 44, Icolo
e Bengo, reclamam pelas suas lavras destruídas há dois anos na área de Mbanza
Quitele por elementos ligados à Administração local.
As senhoras queixam-se que na altura
houve a promessa que receberiam parcelas de terras para cultivar numa outra
área porque ali o Governo construiria vários empreendimentos,para beneficio das
próprias camponesas mas passados dois anos tudo ficou pela promessa.
As camponesas cultivavam aquelas terras
que ficam a 44 quilómetros de Luanda, desde 1985, e em 2012 foram surpreendidas
por homens que apareceram em nome do Governo com tractores e destruíram todas
as culturas ali existente.
"Entraram com maquinas niveladoras,
cavaram um grande buraco e pegaram as mangueiras, mandioqueiras, cajueiros atá
a casa dos camponeses enterraram”, disse Domingas Sabino que acrescentou que
uma camponesa morreu devido a essas acções.
“Com desgosto uma senhora caiu e acabou
por morrer", contou Domingas Sabino que questionou a utilidade de um
seminário realizado recentemente pelo Governo sobre o problema dos terrenos.
"Houve o seminário sobre terras, na
segunda-feira, mas na ultima sexta-feira voltaram as máquinas aqui na área para
destruir as nossas culturas e até à data presente continuam a destruir,
somos 209 camponesas", afirmou.
As camponesas pedem ajuda ao Presidente
da Repúlica, para resolver a situação. "Gostaríamos pedir ao Presidente da
República José Eduardo dos Santos para apelar aos administradores municipais a
que removam estes projectos de condomínio que só nos prejudicam”, disse Joana
da Silva.
“Deixem o povo com suas lavras a
trabalhar a vontade", conclui.
A VOA tentou contactar a Administração
local mas sem qualquer sucesso
Sem comentários:
Enviar um comentário