Luanda - O MPLA ainda não definiu um horizonte
temporal para a realização das primeiras eleições autárquicas no país porque há
uma série de pressupostos que antes devem ser resolvidos, disse o presidente do
Grupo Parlamentar do MPLA, Virgílio de Fontes Pereira, em declarações à
imprensa, no último fim-de-semana, em Luanda.
Fonte: Angop
Questionado sobre o assunto, o político
frisou que tais pressupostos passam pela discussão pelos órgãos de direcção do
seu partido, as estruturas intermédias e de base do mesmo, as orientações
saídas do V Congresso Extraordinário do partido, realizado de 4 a 6 de
Dezembro, e pela definição de estratégias em termos concretos.
Contudo, Virgílio de Fontes Pereira aclarou
que as eleições autárquicas não podem cair de “pára-quedas” porque o país vem
de uma situação de pós-conflito armado, em função da qual a sua realidade é
diferente de uma nação normal, do ponto de vista de participação política dos
cidadãos.
“Angola não pode ter um percurso de
ciclos de eleições que seja de um país normal”, asseverou, o político, ao mesmo
tempo que ajuizou os angolanos a encararem as coisas com realismo e
objectividade, e não darem passos que possam comprometer os ganhos já alcançados.
Na óptica do líder do Grupo Parlamentar
do partido que sustenta o Governo, as eleições autárquicas devem juntar-se aos
proventos obtidos com sacrifício de muitos angolanos, nomeadamente a paz, a
reconciliação nacional e o crescimento económico.
Relativamente às eleições gerais de
2017, o deputado referiu que o MPLA traçou um conjunto de acções, algumas das
quais recenseadas pelo Presidente do partido, José Eduardo dos Santos, no seu
discurso pronunciado na sessão de encerramento do Congresso.
“As tarefas enumeradas pelo Presidente e
outras não mencionadas, mas que constam dos documentos fundamentais do partido,
devem ser organizadas e executadas para que se garanta um bom desempenho no
pleito de 2017”, sublinhou.
Segundo Virgílio de Fontes Pereira, tais
tarefas passam por um envolvimento das instituições do Estado que têm
responsabilidade para os actos eleitorais, como o Poder Judiciário, o
Parlamento, a Comissão Nacional Eleitoral (CNE), a Sociedade Civil e a
Imprensa.
“Toda a sociedade deve envolver-se nas
tarefas inerentes à preparação dos processos eleitorais, para que as eleições
sejam tidas como livres, justas, transparentes e democráticas”, almejou o chefe
do Grupo Parlamenta do maior partido na Assembleia Nacional.
Sem comentários:
Enviar um comentário