segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

MPLA assume que não tem horizonte para eleições autárquicas




Luanda - O MPLA ainda não definiu um horizonte temporal para a realização das primeiras eleições autárquicas no país porque há uma série de pressupostos que antes devem ser resolvidos, disse o presidente do Grupo Parlamentar do MPLA, Virgílio de Fontes Pereira, em declarações à imprensa, no último fim-de-semana, em Luanda.

Fonte: Angop

Questionado sobre o assunto, o político frisou que tais pressupostos passam pela discussão pelos órgãos de direcção do seu partido, as estruturas intermédias e de base do mesmo, as orientações saídas do V Congresso Extraordinário do partido, realizado de 4 a 6 de Dezembro, e pela definição de estratégias em termos concretos.
Contudo, Virgílio de Fontes Pereira aclarou que as eleições autárquicas não podem cair de “pára-quedas” porque o país vem de uma situação de pós-conflito armado, em função da qual a sua realidade é diferente de uma nação normal, do ponto de vista de participação política dos cidadãos.
“Angola não pode ter um percurso de ciclos de eleições que seja de um país normal”, asseverou, o político, ao mesmo tempo que ajuizou os angolanos a encararem as coisas com realismo e objectividade, e não darem passos que possam comprometer os ganhos já alcançados.
Na óptica do líder do Grupo Parlamentar do partido que sustenta o Governo, as eleições autárquicas devem juntar-se aos proventos obtidos com sacrifício de muitos angolanos, nomeadamente a paz, a reconciliação nacional e o crescimento económico.
Relativamente às eleições gerais de 2017, o deputado referiu que o MPLA traçou um conjunto de acções, algumas das quais recenseadas pelo Presidente do partido, José Eduardo dos Santos, no seu discurso pronunciado na sessão de encerramento do Congresso.
“As tarefas enumeradas pelo Presidente e outras não mencionadas, mas que constam dos documentos fundamentais do partido, devem ser organizadas e executadas para que se garanta um bom desempenho no pleito de 2017”, sublinhou.
Segundo Virgílio de Fontes Pereira, tais tarefas passam por um envolvimento das instituições do Estado que têm responsabilidade para os actos eleitorais, como o Poder Judiciário, o Parlamento, a Comissão Nacional Eleitoral (CNE), a Sociedade Civil e a Imprensa.
“Toda a sociedade deve envolver-se nas tarefas inerentes à preparação dos processos eleitorais, para que as eleições sejam tidas como livres, justas, transparentes e democráticas”, almejou o chefe do Grupo Parlamenta do maior partido na Assembleia Nacional.

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