Polícia prendeu
cerca de mil imigrantes indocumentados na última semana em Angola.
Coque Mukuta
VOA
A policia angolana prendeu
na última semana cerca de mil estrangeiros, provenientes de Portugal,
China e vários países africanos. A acção foi classificada pelas
autoridades de Luanda como um esforço para dissuadir os imigrantes ilegais que
trabalham em Angola.
Depois de mais de 300 cidadãos chineses
terem sido presos pela polícia angolana, a imprensa estrangeira revelou que a
embaixada chinesa em Luanda pediu, em carta às autoridades nacionais, um
tratamento humano dos expatriados chineses.
Ao que se sabe, a maioria dos chineses
já foi libertada, estando detidos apenas 30 por não terem apresentado
documentos.
Entretanto, a Câmara do Comércio da
China apresentou um protesto formal junto do Ministério angolano do Interior e
da polícia alegando também brutalidade policial.
Os Serviços de Migração Estrangeiros
ainda não se pronunciaram sobre os supostos maus-tratos que os mais de 900 mil
estrangeiros sofrem nas prisões angolanas.
A Voz da América esteve ontem na Cadeia
do 30 para averiguar a informação, mas as entidades no local não aceitaram
prestar qualquer informação.
Alguns estrangeiros, no entanto, acusam
agentes policiais de lhes pedir até 15 mil Kwanzas em troca da liberdade.
As cadeias angolanas têm chamado a
atenção devido a actos de violência realizados por oficiais prisioneiros,
facto que, inclusive, já levou à despromoção de altas patentes dos Serviços
Penitenciários.
O executivo angolano tem sido apontado
por organizações internacionais de violarem gravemente os direitos humanos e
espancarem manifestantes domésticos
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