quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Deusa Kilimanjaro


Sim! Elevo-te, levanto-te, até mais não querer, Sempre mais, mais e mais. Vamos!
Sim! Levantamo-nos, elevamo-nos, até aos cumes do Kilimanjaro e Evereste. E por lá fiquemos eternamente a adorar as sobras do mundo do amor.

E que mais tarde naveguemos em cavalos de maresia, espumados por mareantes, e voemos sob os oceanos, e não mais voltemos. Naveguemos! Naveguemos! Levita-me no teu íntimo. Já não há longes, tudo está tão desaproximado, mergulhado, tão fora das nossas almas, tão desalmadas.

E que mais tarde, quando alguém subir, que nos encontre congelados, abraçados, ainda enlevados… amados. E que todos sigam as pegadas do santuário do nosso amor.

E ficarmos célebres porque éramos o único par que restou da especulação amorosa, pavorosa.

Depois veio uma onda gigantesca de trevas e a Terra escureceu, dos radares desapareceu. Ela nunca mais se moveu.

Ficou à deriva espacial (!)

Gil Gonçalves
Imagem: http://www.rosanevolpatto.trd.br/deusaneith.html

1 comentário:

Anónimo disse...

Eu... Aceito. Vamos?
Basta só que me Digas quando iniciamos.
É que preciso comprar um babydol.
Um Babydol rendado, cheio de tules cor de rosa cheio de flores e laços.
Diz-me quando começamos, para que mande preparar um sarapatel, uma bebinca, umas castanhas e chocolates para o nosso Jantar. É que o encontro será por demais longo.
Diz-me quando, para que peça ao Pai do Céu chuva, chuva em abundância sobre a telha da nossa casa e coloque o disco na vitrola para que toque aquela música.
Diz-me por favor quando começamos para que peça sol para a manhã do dia seguinte ao visitarmos o mar os nossos corpos nús, nos deleitemos com as caricias do sol do vento e da areia fina sobre os nossos corpos cansados de tanto amar.
Vem, estou verdadeiramente...
Estou ansiosa e sedenta

Carente...
Vem...