quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Millennium Bcp/ Teixeira Duarte SA (II)


Neocolonialismo exemplar

Vem de Portugal aldrabões
Roubarem-nos terrenos e farinha
Passados tempos já dizem
Esta Luanda é toda nossa, é minha
In António Aleixo, com texto adpatado.

Exactamente como refazem, o colonialismo e os seus pais internos também faziam. E caíram, caem inexoravelmente. O Millennium Bcp/ Teixeira Duarte SA já não se lembram disso. Lembro-lhes quem os apoiam: é evidente que A Santíssima Trindade, JA, Jornal de Angola, RNA, Rádio Nacional de Angola, TPA, Televisão Pública (Popular) de Angola… e o arcanjo LAC, Luanda Antena Comercial, que escondem, lhes salvaguardam na informação, nos secretos esconderijos da desinformação o que realmente acontece.

Mas, há muitas parabólicas, e as pessoas ganham consciência para a revolta democrática triunfal. Assim como as greves antes da independência, a UNTA, União Nacional dos Trabalhadores Angolanos, orientava greves selvagens para derrubar rapidamente o poder colonial mas, agora dificilmente se autorizam, dizem-nas teimosamente ilegais. E quando a população se extinguir, o finamento da revolução triunfará, se extinguirá.

Enquanto a luta dos professores persegue umas gotitas de um poço petrolífero, Estaline ressuscita e prende-os. Até os dias, os neocolonialistas nos destruíram para trabalharem, colonizarem-nos as noites para torres, prédios e condomínios nelas edificarem. Perdemos o direito, a liberdade de dormir, de sonhar. E impõem-nos a barulheira infernal nocturna que é sempre pródiga dos analfabetos. Porque será que os neocolonialistas destoam tanto analfabetismo?

Porque já não facturam nos mares, as caravelas aterraram-se, e betonar a brutalidade é preciso. Criaram, recriaram-se no ambiente deles, novos colonatos perfeitamente neocoloniais. Antes dele recomeçar, se fundar, singrar, é mister acabar com ele, o neocolonialismo. São revolucionários de bolsas cambiais, de encher os bolsos profundos.

Não é possível, nem viável, um povo que destruiu o seu país, arvorar-se que vai reconstruir outro. Enquanto os governantes daqui e dalém mar se abraçam sorridentes nas cimeiras dos palácios das falsas promessas. Que as nossas vidas vão melhorar. Que cá em baixo, nas ruas encalhadas nas tempestades negreiras, a ralé pensa de maneira obtusa. As barrigas não pensam, logo, a violência desaba, sempre iminente.

Nas políticas da fome muito mal sustentadas, tudo se resolve com cacetadas e pauladas. No mar, no navio é: os primeiros a fugir são os ratos. Em terra é: queremos pão, água e luz. E quem isto não conseguir, deve de imediato se demitir.

Não, não é um barril, é um paiol! O ambiente é um paiol de pólvora que a qualquer momento se incendeia e faz BUM!!!

Somos portugueses, destruímos Portugal, agora apostamos, revitalizamos… vamos destruir também Angola.

De vez em quando os Brancos têm grandes depressões económicas, a África Negra tem-nas quotidianamente.

Gil Gonçalves




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