quarta-feira, 23 de junho de 2010

A Ocidente do Paraíso (73). Sob pretexto que era das Testemunhas de Jeová, prenderam o homem durante vários dias.


Sem quadros fazíamos o que podíamos para manter a empresa. Mantinha-me convicto que Agostinho Neto tinha quadros suficientes para substituir a falta dos portugueses. Era apenas uma questão de tempo.
Entretanto foram nomeados dois quadros do pessoal que restavam para dirigirem a mecânica e o escritório da oficina. Este não demorou lá muito tempo. Sob pretexto que era das Testemunhas de Jeová, prenderam o homem durante vários dias. Acreditámos que estaria morto. Mas ele depois apareceu e contou-nos o que se passou:
- Durante os dias que estive preso raramente comia ou bebia água. Batiam-me com uma catana, deixaram-me as costas bem amassadas.
E levantava a camisa e mostrava as marcas das chapadas da catana. Facilmente descobrimos os motivos que levaram à prisão do homem. Um militante apoderou-se do seu carro. Outro ficou com as receitas da oficina.

Dois outros trabalhadores também foram nomeados. Um para o departamento de alfaias agrícolas, outro para os combustíveis e lubrificantes. As peças dos tractores desapareciam misteriosamente. Os combustíveis e lubrificantes eram roubados à vista de toda a gente. O MPLA tinha informação destes comportamentos, e muito risível, como sanção foram mais tarde ocupar funções na Sede do Partido, alegando que não eram roubos mas sim ordens do Partido, porque já não existia propriedade privada e tudo era do povo.

De vez em quando caía uma granada próxima de nós. Duas delas foram mesmo dentro das nossas instalações. Que fazer? Como diria Lenine. Com a UNITA e FNLA fora de Luanda, graças ao apoio dado ao MPLA pelos comunistas portugueses, a data da independência aproximava-se.

A Tina decidiu fazer-me uma ofensiva geral com todas as armas que possuía. Chamou-me a sós e levantou a saia. Mostrou-me a sua vagina rodeada de farto cabelo escuro e encaracolado que lembrava as flores do mistério da mitologia bantu. No centro, o sulco pronunciado e castanho parecia um chocolate angolano muito apetecível que não se saboreia, come-se.
- Querido, não é bonita? Não gostas?!
- Sim, é muito bonita… parece um chocolate.
- Logo à noite vai ter no meu quarto... fico à tua espera.

Fui ter com ela conforme combinado. Bati à porta. Ela abriu-a e desculpou-se:
- Espera mais um bocado. Estou a ver se consigo adormecer a minha filha. Parece que está desconfiada. Quando vires a porta aberta é o sinal.
Esperei e o sinal não tardou, chegou. Entrei e ela fechou a porta. Estava apenas com um saiote transparente e com as mãos poisadas no seu sexo, mas viam-se claramente alguns locais cabeludos que não conseguia esconder. Sentámo-nos na cama. Cruzou as pernas e ficou a olhar-me talvez receosa da minha reacção. Tentei retirar-lhe as mãos das pernas mas ela não aceitou. Fiz-lhe pressão para descruzar as pernas mas resistiu. Insisti e ela murmurou:
- Estou com vergonha.
Tentei mexer-lhe nas mamas mas recusou:
- Não gosto que me mexam nas mamas.
Agarrei-lhe os seios e tentei chupar os mamilos:
- Não, não, nas mamas não quero. Já disse. Fico muito chateada quando me mexem nas mamas.
- Porquê querida?
- Não sei explicar. Nunca gostei disso. Não faças barulho senão ela acorda.
Deitou-se, abriu as pernas num convite irrecusável. Enquanto fazíamos amor, tentava tocar-lhe nos seios. Afastava as minhas mãos com força. Depois do devaneio amoroso terminado perguntou-me:
- Gostaste?
- Gosto muito de chocolate.
- E eu gosto muito de leite. És um brincalhão. Tens aqui muito chocolate. Vê lá se não estragas os dentes. Agora vai-te embora, porque se a minha patroa sabe não vai gostar.

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