sexta-feira, 4 de junho de 2010

Generais Do Regime Em Crispação


Destaques

Sexta, 04 Junho 2010 02:49
Luanda - O alegado mau ambiente que se instalou nas altas patentes do exercito angolano esta a ganhar visibilidade acompanhada de analises que apresentam o próprio chefe de Estado Maior General das Forças Armadas (CEMGFA), general Francisco Furtado como fonte da falta de coesão entre os mesmos. (No mês passado a segurança elaborou um “assessment” com tema idêntico).

Fonte: CLUB-K.NET

Furtado alvo de criticas internas
Factos verificados e que denotam ambiente impróprio:
- O general Furtado incompatibilizou-se com o seu adjunto, Geraldo Sachipengo “Nunda”. Informação, por confirmar, alega na seqüência do ambiente clima menos bom, o comandante-em-chefe, JES terá chamado atenção de Francisco Furtado.

- Francisco Furtado esta em rotura com o Chefe do Serviço de Inteligência Militar (SIM) general António José Maria. Este, tido como muito rígido no trabalho e que o lhe terá avaliado pela negativa a sua gestão. (No mês passado a segurança militar preparou um “assessement” registrando casos de conflitos no generalato).

- O general Furtado desentendeu-se com o Vice- Ministro da defesa, general Agostinho Fernandes Nelumba “Sanjar”. O mau estar, entre ambos surgiu quando Francisco Furtado ascendeu para CEMGFA, passando a ter atitudes de desfeitas, para com o seu antecessor.
- O CEMGFA é criticado por uma corrente do estado maior integrada por majores e Coronéis. Estes queixam-se de atitudes menos sensíveis por parte do mesmo. Por sua vez, os oficiias generais levantam “velhos fantasmas” segundo a qual o mesmo nunca esteve habilitado para o posto de liderança do exercito. Julgam-lhe por não ter passado por uma academia de quadros em vias de ascender a oficial general. ( Furtado passou por uma escola de cadetes em Cuba no inicio da carreira militar).
De acordo com informações em meios militares, o general Francisco Pereira Furtado foi escolha ou “imposição” do general Manuel Hélder Vieira Dias “Kopelipa”. Furtado era comandante da frente sul no Lubango. (Retribuiu o gesto de “Kopelipa” ao mover a queixa de crime de in insubordinação militar que determinou ao julgamento de Fernando Miala). A patente a quem os oficias generais indicaram para o posto é o general Mateus Ângelo “Vietname”, que melhor estava posicionado na linha de sucessão. JES afastou-lhe nomeado Vice-Ministro da Assistência e Reinserção Social.

De uma maneira geral o exercito angolano é assolado por ambiente de clivagens, espelhadas nas seguintes constatações ou apurações:
- Há nos oficias militares sentimento de injustiça, face a forma que foi recentemente afasto o comandante da zona militar norte em Cabinda, general Jack Raúl. O mesmo esteve próximo de ser exposto a despromoção ou despatenteamento seguido da reforma compulsiva. (Esta desempregado actualmente).. Jack Raúl foi afastado no seguimento do ataque da FLEC contra a seleção do Togo e caluniado de ser cúmplice da causa separatista. Um empresário identificado por Polaco levou intrigas ao governador Mawete João Baptista citando o general como a pessoa que lhe tinha alertado que o regime iria começar a prender os activistas dos direitos humanos no enclave e que o mesmo deveria se ausentar.

- Relatos segundo a qual o afastamento do ex – Chefe de Estado da Marinha, Almirante António Feliciano dos Santos “Paxi” (nomeado adido de defesa em Washington), constitui um desprestigio tendo em conta que estava estatutariamente na linha de sucessão para o cargo de CEMGFA. Com ele foi também afastado o então Chefe Adjunto da Direcção de Armamento e Tropas Blindadas do Estado-Maior do Exército, Brigadeiro Augusto do Nascimento (Foi nomeado Adido de Defesa de Angola na Rússia)
- Acentuação da demonstração de ausência de confiança face aos generais provenientes do extinto exercito da UNITA. Há registro de afastamento dos mesmos em violação aos acordos de paz entre o Governo e o “Galo Negro”. Antes das eleições de 2008, o regime teria afastado o comandante da VII Região centro em Benguela, general Lucas Paulo "Kananay" e de seguida enviado para Rússia estudar. Em meios militares, próximos a UNITA, argumentou-se que um “general como Kananay que passou por acadêmicas marroquinas, não precisa de ir a Rússia estudar”. A hostilização aos oficias provenientes da UNITA foi acompanhada com acusações segundo a qual os mesmo teriam na altura das eleições, meios como viaturas para campanha eleitoral da UNITA, no interior do país.
- Crescente criticas sobre o pacote de lei constitucional. Há reclamações segundo a qual o regime importou de Portugal um projeto lei para Angola ao qual os mesmo invocam que esta a “ferir sensibilidades militares”.

- Tendência em compararem-se com os militares afectos a casa militar da Presidência da Republica. Observam que as promoções, a nível das funções, são automaticamente acompanhadas com a promoção da patente. Alegam também que os salários dos elementos da Casa Militar é superior aos seus. Por exemplo, um soldado da UGP ou da USP com a patente de sargento pode ter como salário cerca de 125 mil kwanzas ao passo que um com a mesma patente estando nas FAA ganha apenas cerca de kz 50 mil.

De acordo com a apreciação feita em círculos da inteligência militar, o mau estar entre generais do regime não ameaça a estabilidade do exercito angolano nem os precipita a atentarem contras as mesmas (como gesto de discórdia). Em comparação ao que acontece na Guiné invoca-se que os angolanos nunca se insurgiriam a estes actos indisciplinar tendo em conta ao poder financeiro a que são favorecidos. (Nos outros país, os generais são pobres e não habilitados).

2 comentários:

Diogo15 disse...

O comandante em chefe tem que tomar uma posicao.

Diogo15 disse...

Este regime um dia vai ter que terminar.