sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

BP do MPLA enaltece órgãos de comunicação do regime e atira-se contra o Folha-8


Luanda - O Bureau Político do MPLA considerou existirem órgãos de Comunicação Social empenhados em cumprir com zelo e dedicação o seu papel, primando pela objectividade, ética e deontologia profissional, que deve ser apanágio da comunicação social, tendo em conta a sua importância primordial na sociedade.

Fonte: Angop Club-K.net
Este pronunciamento está contido numa nota de imprensa desse órgão partidário a que a Angop teve hoje (quinta-feira) acesso, na qual realça que esta conclusão surgiu da sequência da análise que tem feito à situação política, económica e social do país, tendo igualmente analisado o desempenho da Comunicação Social pública e privada, nos últimos tempos.
“Neste momento, em que se preparam as terceiras eleições na história do país, depois de 1992 e de 2008, o Bureau Político enaltece o esforço de órgãos, quer públicos quer privados, que, com elevado espírito patriótico e alto sentido de responsabilidade, fazem, no dia-a-dia, um jornalismo com base na verdade, contribuindo para a democratização do país, o desenvolvimento e a reconciliação da família angolana”, lê-se na nota.
Entretanto, o Bureau Político não pode deixar de manifestar a sua indignação e total repulsa em relação à postura do semanário Folha 8 que, reiteradas vezes, expõe, de forma abusiva, a imagem de altos dirigentes do Estado, dando-lhes um tratamento que extravasa os limites do tolerável, procurando a reacção dos visados, de modo a colocar-se cobardemente numa posição de vítima.
Considera que o facto de tentar fazer futurologia com ilustração de imagens reais não configura, apenas, uma violação ao direito ao bom nome dos visados, enquanto cidadãos e enquanto dirigentes do país, mas de crime passível de responsabilização, nos termos da lei.
O Bureau Político do MPLA deplora o facto de o semanário Folha 8, na sua vã tentativa de protagonismo “doentio”, esquecer, deliberadamente, que o livre exercício do direito à informação e à liberdade de imprensa tem como limite o respeito pelos direitos, liberdades e garantias dos cidadãos, direitos estes de igual forma protegidos constitucionalmente.
No documento exorta, assim, os órgãos competentes do Estado a assumirem as suas responsabilidades, para que a liberdade de imprensa, constitucionalmente consagrada, não seja usada para atingir, sem qualquer pudor e estimulados por interesses inconfessos dos seus autores, direitos fundamentais dos cidadãos.
O Bureau Político do MPLA reitera o seu comprometimento com a liberdade de imprensa, um principio pelo qual um Estado democrático assegura a liberdade de expressão aos seus cidadãos, quer individualmente quer associados, através dos órgãos de Comunicação Social, ao mesmo tempo que condena a falta de ética e deontologia profissional, bem como o exercício irresponsável do Jornalismo que, em nada, dignifica a classe.
Imagem: ELMUNDO.ES

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