quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Dom Rui Ferreira Especulador


Em matéria recente, Maka Angola expôs um negócio realizado pelo presidente do Tribunal Constitucional, Rui Ferreira, na compra do imóvel Dom Quixote, em Luanda, que alberga o clube noturno com o mesmo nome.
O constitucionalista e empresário das noites luandenses exige um pagamento cerca de cinco milhões de dólares do sócio a quem supostamente defraudou. Parte do valor, US $2.2 milhões, reportam-se a juros moratórios cobrados a 75 porcento ao ano, sobre o valor de compra do imóvel, avaliado em US $550 mil. Por obras de beneficiação, o réu Rui Ferreira pede uma indemnização de dois milhões de dólares, e mais o valor pago pelo edifício, que equivale a uma residência mediana de três quartos.
Rui Ferreira e o seu sócio António Lisboa Santos, na qualidade de sócio-gerente da sociedade comercial Organizações Lisboa Santos (OLS) assinaram, a 19 de Fevereiro de 2007, uma declaração irrevogável em como o primeiro adquiriria, com fundos próprios, o edifício à Sociedade Comercial Mota & Irmão.
Como parte do acordo, a OLS amortizaria a dívida ao comprador Rui Ferreira no prazo de quatro anos, com o pagamento de prestações mensais, findo os quais Rui Ferreira transmitiria a propriedade do imóvel para a referida sociedade.
Após várias tentativas ignoradas de contacto com Rui Ferreira, para discussão sobre a transferência da titularidade do imóvel, nos termos acordados, o sócio António Lisboa Santos apresentou queixa ao Tribunal Provincial de Luanda, onde o juíz-presidente do Tribunal Constitucional passou à condição de réu.
Por sua vez, Rui Ferreira acusa a gerência da OLS de o ter enganado por altura da celebração do acordo de parceria entre ambos, na qual dividiam as quotas do Dom Quixote e os lucros a meias. No entanto, no contrato firmado a 29 de Agosto de 2002, António Lisboa Santos assume-se como “administrador legítimo e detentor do Clube Dom Quixote”, sem evocação da legítima propriedade do edifício.

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