segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Um jogo muito perigoso. Fascismo português lança mais uma acha na fogueira de Angola.


«O Governo Português considera estas eleições "uma etapa importante na consolidação da democracia, da estabilidade e do progresso socioeconómico de Angola e saúda também que delas resulte o fortalecimento do pluralismo político".

LUSA

O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) disse hoje à Lusa que o Governo português "enaltece" o civismo do processo eleitoral angolano, que considera uma "etapa importante na consolidação da democracia" e "felicita" o Presidente.
"O Governo português felicita o Presidente José Eduardo dos Santos e o seu partido pela vitória obtida nas eleições de 31 de agosto, de acordo com os resultados provisórios anunciados pela Comissão Nacional de Eleições angolana", disse hoje à Lusa Miguel Guedes, porta-voz do MNE.
De acordo com a mesma fonte, numa altura em que já estão oficialmente escrutinados mais de 90% dos votos em Angola, "o Governo português enaltece a forma ordeira e o elevado sentido cívico com que decorreu o processo eleitoral".
Na mesma declaração, Miguel Guedes afirmou que o Governo Português considera estas eleições "uma etapa importante na consolidação da democracia, da estabilidade e do progresso socioeconómico de Angola e saúda também que delas resulte o fortalecimento do pluralismo político".
Ainda segundo o porta-voz do chefe da diplomacia, o Governo português "vai continuar a reforçar a aliança estratégica" com Angola, a qual traduz uma "relação de respeito, cooperação e parceria para o desenvolvimento, baseada na partilha de valores e interesses comuns".
O Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) ganhou as eleições gerais angolanas com maioria qualificada (72,24 por cento) e José Eduardo dos Santos foi eleito indirectamente Presidente da República, revelam os resultados provisórios divulgados no domingo pelo órgão eleitoral.
Em segundo lugar, nos totais nacionais dos resultados provisórios, surgia a União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), com 18,22% dos votos, e em terceiro a Convergência Ampla de Salvação de Angola (CASA-CE), com 5,6%.
De um total de cerca de 9,7 milhões de eleitores inscritos, estavam escrutinados 8,2 milhões de votos, não tendo sido divulgados dados relativos à abstenção.
À luz destes resultados provisórios, o MPLA renova por cinco anos o mandato no poder, que exerce desde a independência de Angola, em 1975.»

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